sexta-feira, 21 de julho de 2017

Mau humor dos pais prejudica desenvolvimento emocional dos filhos

Fonte: Portal Raízes
http://www.portalraizes.com/o-mau-humor-do-pai-prejudica/

Mau humor do pai prejudica o desenvolvimento emocional dos filhos
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nietzsche disse: “Aquele que não tem pai, deve procurar ser um”. O filósofo se referia ao fato de que os pais são tão importantes para o desenvolvimento dos filhos como são as mães. De fato, o amor e a rejeição de qualquer um dos pais podem afetar profundamente o equilíbrio emocional, a autoestima e a saúde mental de seus filhos.

Os estudos que consideram a ausência do pai descobrem problemas de adaptação dos filhos, assim como surgem comportamentos destrutivos e de riscos à medida que os filhos crescem. Óbvio que a presença e a compreensão do pai têm efeito contrário: facilitam a adaptação da criança e promovem um desenvolvimento psicológico saudável.
O estado mental do pai afeta diretamente seus filhos

Pesquisadores da Universidade de Michigan realizaram um estudo em que analisaram a importância dos pais na vida dos filhos. No curso da investigação, eles analisaram as informações de 730 famílias de todo o país. Estes psicólogos se concentraram em analisar os efeitos do estado emocional paterno com a consequente depressão e a ansiedade dos filhos. Assim, concluíram que estes problemas afetavam muito a relação dos pais com os filhos e, portanto, influíam diretamente no desenvolvimento deles.

Obviamente que se trata de um resultado previsível, algo assim como descobrir água quente próxima de um vulcão extinto. O mais interessante foi que o estado mental dos pais tinha implicações de longo prazo na vida de seus filhos. Sobretudo as relacionadas com as habilidades sociais como o autocontrole e a capacidade de trabalhar em equipe.

Por exemplo, foi verificado que quando os pais sofriam depressão durante os primeiros anos da vida de seus filhos, a depressão do pai podia afetar mais o desenvolvimento dos filhos do que a depressão ou a ansiedade materna. Nesse estudo também se comprovou que um nível elevado de estresse do pai, quando seus filhos têm de 2 a 3 anos, é particularmente danoso para o adiantamento cognitivo e da linguagem.

O mais curioso é que estes problemas surgiram independentemente da influência positiva que a mãe possa exercer. Entretanto, como se esperava, a influência dos pais foi mais evidente nos meninos do quem nas meninas. Provavelmente porque o filho se identifica mais com a figura paterna e, por isso, o seu comportamento é mais afetado.
Os danos provocam a ausência do amor paterno

Nos últimos anos, os psicólogos começaram a estudar mais profundamente o papel dos pais no desenvolvimento infantil. Assim, surgiram diferentes estudos que destacam a importância da figura paterna. Os psicólogos perceberam que quando as crianças que têm um pai que se envolve ativamente em sua educação, se mostram mais seguros para se descobrir e são mais estáveis emocionalmente à medida que crescem. Também apresentam um melhor desempenho acadêmico e desenvolvem maiores habilidades sociais.

Recentemente, alguns psicólogos da Universidade de Connecticut, analisaram os dados de 36 estudos que envolveram 10.000 pais e seus filhos e filhas. Estes pesquisadores queriam entender como um pai distante ou frio pode afetar o desenvolvimento de seus filhos. Os psicólogos descobriram que os filhos que se sentiam rejeitados por seus pais mostraram sinais de ansiedade e insegurança, assim como o comportamento mais agressivo e hostil.

Os resultados apresentados tornam claro de que os pais são tão importantes para o bem-estar psicológico de seus filhos como as mães, e que têm uma enorme responsabilidade no desenvolvimento cognitivo e emocional dos filhos.
Como melhorar o estado emocional dos pais?

A paternidade não é uma missão simples, sobretudo para os pais de “primeira viagem”. É normal que os pais, igual às mães, tenham seus medos, inseguranças e inquietações. A isto se soma o fato de que muitos pais se sentem obrigados a se mostrar fortes, e a ser o apoio emocional de suas parceiras, de modo que se sentem mais propensos a se sentirem emocionalmente mais sobrecarregados. Na verdade, esta situação os levam ao estresse elevado, situação em que será maléfica aos pequenos.
Como reconhecer os sinais de estresse

O primeiro problema é que muitos pais estão envolvidos em sua rotina diária e se sentem obrigados a ser o sustento e o chefe da família, que nem percebem que estão ansiosos e estressados. Por isso, o primeiro passo é reconhecer que está ansioso e estressado. Também é importante você perceber os detonadores do estresse antes que eles façam parte de sua vida diária. Se não puder eliminá-los, pelo menos minimize seu impacto.

Reserve um espaço para você

É importante que os pais tenham uma vida própria, além dos cuidados e da atenção que podem dar a seu filho. Para garantir este equilíbrio cuide-se para passar um tempo a sós com sua esposa, assim como de não abandonar completamente o seu hobby. Esse tempo vai lhe permitir relaxar e repor as suas energias. Lembre-se de que para cuidar bem de seu filho, primeiro deve se cuidar.
Expresse seus sentimentos à sua esposa

Falar sobre seus temores, suas preocupações e ansiedades lhe ajudará a se sentir melhor. Não há necessidade de esconder seus sentimentos e expectativas. Na verdade, é importante que sua parceira reconheça sua preocupação em ser um bom pai e dê valor aos sentimentos que permitam fortalecer os laços que os mantêm unidos.

Publicado originalmente em Rincón de la psicología – Tradução e adaptação livres: Portal Raízes. Os Direitos Autorais no Brasil são regulamentados pela Lei 9.610 . A violação destes direitos está prevista no artigo 184 do Código Penal. Este artigo pode ser publicado em outros sites, sem prévia autorização, desde que citando o autor e a fonte.

Fontes Pesquisadas:

Vallotton, C. et. Al. (2016) Child behavior problems: Mothers’ and fathers’ mental health matters today and tomorrow. Early Childhood Research Quarterly; 37: 81-93.

Khaleque, A. & Rohner, R. P. (2011) Transnational Relations Between Perceived Parental Acceptance and Personality Dispositions of Children and Adults: A Meta-Analytic Review. Personality and Social Psychology Review, 2011; 16 (2): 103-115.

Técnicas para interagir na leitura de histórias infantis

Fonte: Blog Como educar seus filhos                                                        http://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/2-tecnicas-para-aplicar-durante-a-leitura-em-voz-alta/ 

2 Técnicas para Aplicar Durante a Leitura em Voz Alta

Sabia que o estilo das interações verbais realizadas durante a leitura em voz alta, mais do que a freqüência de leitura, tem impacto positivo no desenvolvimento lingüístico das crianças? Melhore a interação verbal com seu filho durante a leitura em voz alta seguindo essas dicas.
No último vídeo, prometi fazer uma indicação de um livro e, além disso, passar algumas dicas para melhorar a qualidade de interação verbal ao longo da leitura em voz alta a fim de proporcionar às crianças a aquisição de algumas daquelas habilidades que mencionei nesse mesmo vídeo.
Vamos começar pela indicação: “A Árvore Generosa”. Compre esse livro, uma obra belíssima que você certamente não terá dificuldades para encontrar.

Quais são as dicas que reservei para que você melhore a interação verbal com seus filhos durante a leitura em voz alta? A primeira dica é: adote o estilo descritor. Como funciona? É algo muito simples: depois de ler a história de cabo a rabo, comece a ler e a descrever as ilustrações. Você vai auxiliar seu filho a aumentar o vocabulário. Suponhamos que você já tenha ouvido a história “A Árvore Generosa” e eu comece a ler: “Isso é um tronco. Como é o tronco? O tronco é grosso. Quem está subindo no tronco grosso da Árvore Generosa?” Assim você vai resgatando coisas da história, ou acrescentando outras palavras.

Outro estilo é o estilo orientado à performance e é algo muito simples. Ao fim da história, por meio de perguntas, convide a criança a chegar sozinha à conclusão. Você também pode levar a criança a estabelecer relações entre a conclusão da história e experiências vivenciadas por ela, pelos familiares ou amigos. Isso ajuda muito a criança não só na aquisição de vocabulário, mas também a se expressar, a realizar inferências e a adquirir habilidades centrais para a futura compreensão de textos.
Por exemplo, meu filho já conhece a história da Árvore Generosa de cabo a rabo. Já nomeei as ilustrações e cenas e atualmente estou no período em que exploro as conexões entre a conclusão da história e as experiências dele. A primeira conexão que estabeleci nessa história foi entre a generosidade da árvore e a generosidade da mãe dele. Não consegui ainda explorar todos os temas e fazer todas as conexões porque a história vai mostrar que o menino, depois, começará a se aproveitar da generosidade da árvore, mas meu filho ainda não entrou nessa fase. No futuro, porém, espero conseguir alimentar essas conexões. É um estilo de interação verbal muito interessante e rico para travar uma conversa com as crianças depois de ler alguma história.

Veja a importância dessas dicas. Nós falamos aqui sobre estilos de interação verbal durante a leitura em voz alta, certo? Mas você sabia que o estilo de leitura, mais do que a freqüência, tem impacto positivo no desenvolvimento lingüístico das crianças? Não basta apenas ler em voz alta para seus filhos, é preciso também adotar os estilos de leitura mais favoráveis para promover o aumento do vocabulário, da expressão verbal e, conseqüentemente, de uma boa compreensão textual no momento da alfabetização.

Criança inquieta? Não se concentra? Agitada?

Fonte: Blog Como educar seus filhos

http://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/por-que-meu-filho-e-tao-inquieto/

Por que Meu Filho é tão Inquieto?


Uma reclamação cada vez mais freqüente de pais e professores está relacionada à falta de concentração das crianças. Muitos pais relatam que o filho apresenta dificuldade de permanecer sentado, de controlar a impulsividade, de ouvir com atenção, de manter o foco visual. A criança martela a régua sobre o livro, rói o lápis, batuca com os pés no chão, fica “gangorrando” na cadeira. Como não consegue aquietar-se para receber o conteúdo transmitido ou para escutar o que seus pais têm a dizer, tem dificuldade de recordar o que foi dito ou ensinado e até de repetir as instruções mais simples. 

O diagnóstico parece evidente: a criança sofre de algum distúrbio do aprendizado. O leque de opções é vasto e não pára de crescer: transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), distúrbio do processamento sensorial, dislexia, disgrafia, e assim por diante. Parece não haver fim para a quantidade de transtornos do desenvolvimento identificados pelos especialistas nos últimos anos. E isso deveria nos deixar perplexos: afinal, o que está acontecendo com nossas crianças?

Um fato importante a ser observado é que, a cada geração, o aumento da exigência sobre o sucesso acadêmico de crianças cada vez menores tem sido acompanhado da progressiva redução do tempo dedicado às atividades corporais energéticas. É comum hoje em dia acreditar que o fator determinante para o aprendizado é o tempo que se passa sentado em sala de aula, estudando. A “aula de Educação Física”, espremida no currículo escolar entre as “matérias importantes”, é vista por muitos com uma certa desconfiança. O resultado disso é que o corpo das crianças nunca esteve tão despreparado para aprender: a criança precisa movimentar-se para ter condições de aprender melhor.

Pesquisadores nos Estados Unidos têm descoberto que muitas crianças em idade escolar apresentam problemas relacionados à postura, deficiências no sistema vestibular (equilíbrio e coordenação), falhas no desenvolvimento da musculatura do core (força nuclear corporal) e sobrecarga sensorial (excesso de estimulação visual, auditiva etc.), o que tem um impacto direto sobre o desenvolvimento cognitivo e, conseqüentemente, sobre o desempenho acadêmico.

Para piorar a situação, hoje é comum trocar o “brincar lá fora” por jogos de videogame ou exposição a monitores, e assim a criança permanece sentada por ainda mais tempo. Além disso, a excessiva exposição a monitores provoca sobrecarga sensorial, que pode desencadear na criança, dentre outros sintomas, irritabilidade, dificuldade de interação social, fotofobia, dificuldade de concentração, excessiva sensibilidade a barulhos ou a certos estímulos físicos (como o toque), tensão muscular, distração, problemas do sono e surtos de agressividade.

Dada essa situação, antes de buscar diagnósticos psiquiátricos, é importante investigar se seu filho está se exercitando na quantidade exigida por seu corpo, de modo a criar condições físicas adequadas ao desenvolvimento cognitivo. Duas horas de futebol por semana não são suficientes. As atividades precisam ser diárias – embora muito simples -, pois são tão necessárias ao desenvolvimento de seu filho quanto o alimento e o sono. 

Não é sem razão nossa insistência na prática de ginástica pelas crianças, bem como de atividades de normalização e de psicomotricidade.

Por isso, o “brincar lá fora” – correndo, subindo em árvores, brincando nas barras, rolando na grama ou na terra, pulando amarelinha, saltando, jogando queimada ou peteca etc. – é coisa muito séria. Habilidades motoras pouco desenvolvidas podem comprometer o desenvolvimento cognitivo e o aprendizado da criança.
Por isso, se você quer realmente ajudar seu filho a aprender, antes de sentá-lo numa cadeira e enchê-lo de folhas de atividades, deixe que ele se movimente! Confira estas dicas: elas podem lhe servir de inspiração.

Psicomotricidade - 10 brincadeiras por Dr. Ítalo Marsili

Fonte: Blog Como educar seus filhos

http://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/10-brincadeiras-simples-para-desacelerar-as-criancas-e-treinar-o-equilibrio/ 

10 Brincadeiras Simples para Desacelerar as Crianças – e Treinar o Equilíbrio





© 2015 Foto de Gill Connell usada com permissão

Por que criança adora fazer tudo rápido

Parece que num piscar de olhos a criança passa dos primeiros passos a aprender a correr. Às vezes, temos a impressão de que elas aprendem a correr antes mesmo de aprender a andar. É maravilhoso vê-las experimentando essa liberdade de movimentos.
Correr é bom e divertido, e essa é a principal razão por que “rápido” é o modo normal de funcionamento das crianças. Porém, essa não é a única razão.
A verdade é que, para os pequenos, “rápido” é mais fácil que “devagar”. É que, quando nosso corpo se move rápido, a física do impulso para frente encarrega-se do trabalho que deveria ser executado por nosso senso de equilíbrio. Quando nos movemos devagar, dependemos mais do equilíbrio para nos mantermos firmes, estáveis e de pé. O desafio para os pequenos está justamente aí.
A criança não nasce com o senso de equilíbrio formado. O equilíbrio é desenvolvido nos primeiros anos, por meio do processo normal de movimentação. Assim, quando a criança começa a andar ereta, o cérebro e o corpo trabalham em dobro, procurando manter o equilíbrio ao mesmo tempo em que coordenam movimentos complexos. Naturalmente, esse processo demanda alguma prática – na verdade, anos de prática – até aperfeiçoar o ato extremamente sofisticado de caminhar a passos lentos e controlados.


© 2015 Foto de Gill Connell usada com permissão

Por que é importante ir devagar

É perfeitamente normal e benéfico para as crianças movimentar-se com rapidez. Mas é importante, de vez em quando, tentar desacelerá-las. Ir rápido demais não permite ao cérebro tempo para pensar. Por outro lado, movimentar-se lentamente exige mais do cérebro, dando-lhe o tempo necessário para receber, analisar e guardar as informações sensoriais. Isso ajuda a construir o senso de equilíbrio do cérebro, ao mesmo tempo em que os movimentos tornam-se mais refinados. Quando isso acontece, a criança está no caminho certo para um controle mais deliberado de seu corpo, conseguindo até mesmo ir mais devagar.
Então, seu filho consegue desacelerar? Aqui vão 10 sugestões que testei em casa e fizeram as crianças diminuirem o ritmo.

Um-dó-lá-si e… Devagar!

1. DESAFIE SEU FILHO A ANDAR DEVAGAR.Os pequenos querem naturalmente agradar aos pais e mostrar tudo de que são capazes. Por isso, quando seu filho disparar a toda velocidade, desafie-o dizendo: “Puxa, você vai rápido mesmo! Mas será que consegue ir bem devagarinho, como uma tartaruga?”



© 2015 Foto de Gill Connell usada com permissão

2. MUDE O MOVIMENTO.Sempre que você modifica um movimento usual, a criança tende automaticamente a desacelerar. Por exemplo, na transição entre a hora do lance e a hora da história, você pode pedir a seu filho que ande de costas até o sofá (ou onde quer que vocês costumem ler histórias). Aqui vão outras sugestões: andar de lado, andar sobre uma linha no chão, andar com uma almofada sobre a cabeça etc.
3. TARTARUGA, TIGRE, ÁRVORE!Para desenvolver em seu filho o senso de autocontrole, experimente alternar as velocidades. Por exemplo, quando você disser “tartaruga”, ele deve andar muito, muito devagar. Quando disser “tigre”, ele deve andar bem rápido. E, quando você disser “árvore”, ele deve esticar seus “ramos” (braços) e ficar parado como uma árvore. No começo, emita os comandos em um ritmo previsível. Assim que seu filho pegar o jeito, mude para um ritmo mais aleatório. Não se esqueça de mudar a seqüência — assim eles terão de ouvir com atenção.
4. TREINANDO DESTREZA.Selecione atividades que exijam destreza e movimentos precisos. Por exemplo, engatinhar por um túnel sem tocar nas paredes, ou levar uma bolinha de pingue-pongue em uma colher de um lado ao outro do quintal ou da sala. (Aproveite as atividades de normalização sugeridas no blog para praticar.)
5. PASSOS DE GIGANTE.Quanto mais largas as passadas, mais lento o movimento. Peça a seu filho para andar pela sala ou pelo jardim usando passos de gigante. Depois que ele tiver andado um bocado, indique-lhe um trajeto e peça que ele conte quantos passos são necessários para percorrê-lo. Na volta, veja se ele consegue fazer o trajeto com ainda menos passos.
6. DOIS EM DOIS.Emparelhe duas crianças de costas uma para a outra, unidas pelas mãos. Desafie-as a cruzar a sala ou o jardim andando dessa maneira. Nem será necessário pedir: elas automaticamente se movimentarão mais devagar, como se combinassem os movimentos uma com a outra.


© 2015 Foto de Gill Connell usada com permissão

7. O ZOOLÓGICO SONOLENTO. Neste zoológico estão as criaturas mais lentas já vistas! Peça a seu filho para se mover como uma tartaruga sonolenta, um caracol, um caranguejo, uma preguiça, um elefante ou um rinoceronte… sonolentos. Pode até ser que ele invente um animal fantástico, o importante é que seja sonolento.
8. FALANDO DEVAGAR.Qualquer atividade realizada lentamente ajudará seu filho a regular seus movimentos. Falar devagar é uma maneira divertida de desenvolver a discriminação auditiva, combinando a pronúncia em voz alta de palavras e a prática do “modo lento”. Modele a fala lenta de seu filho e incentive-o a repetir as palavras e frases que você diz. Bata um papo com ele desta maneira. Vocês darão boas risadas. 
 
9. FALANDO E ANDANDO DEVAGAR.Uma vez que seu filho tiver praticado falar devagar, acrescente o desafio de um movimento para aumentar a diversão. Por exemplo, faça uma viagem de volta ao Zoológico Sonolento. Enquanto a criança se movimenta imitando seu animal sonolento preferido, ela poderá ir descrevendo seus movimentos falando devagar. “Eeeeestooooou annnndaaaannnndo coooomo uuuumaaaa taaaaartaaaruuugaaaa.”



© 2015 Foto de Gill Connell usada com permissão

10. MODO LENTO… ATIVAR! Em casa, ou ao ar livre, brinque de algo que seu filho goste, mas no “modo lento”. Um ótimo jogo para isso é “O mestre mandou”, mas a criança já precisa conhecer a brincadeira para que dê certo. No “modo lento”, a brincadeira ficará diferente, mais desafiadora e engraçada para as crianças.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Atividades para estimular dos 3 aos 5 anos/continuação

Fonte: Blog Como educar seus filhos

http://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/atividades-para-estimular-as-funcoes-executivas-dos-3-aos-5-anos/?utm_source=blog&utm_medium=text_blog&utm_campaign=memoria_flexibilidade_foco_funcoes_executivas&utm_content=atividades_estimular_funcoes_executivas_3a5_anos 

Atividades para Estimular as Funções Executivas dos 3 aos 5 anos




Este é o terceiro artigo da série sobre estimulação das funções executivas. Apresentaremos hoje atividades para crianças entre 3 e 5 anos.
Segundo estudos, nessa fase da infância as habilidades das funções executivas e de auto-regulação crescem em ritmo acelerado. Daí a importância de adaptar as atividades às habilidades de cada criança e reduzir gradativamente a ajuda prestada para que ela vá ganhando autonomia, conseguindo resolver cada vez mais problemas sozinha. As crianças mais novas precisarão de mais apoio para aprender e lembrar regras e padrões ao passo que as mais velhas conseguirão ser mais independentes.

BRINQUEDOS

Estimule as crianças a criarem seus próprios brinquedos
Desde muito pequenas, as crianças se divertem com os objetos que encontram pela casa. Por volta dos 3 anos elas já estão mais aptas a “transformar” os objetos, adaptando-os com o auxílio de um adulto, recortando, colando, pintando, etc.
Há vários materiais que se pode aproveitar para confeccionar brinquedos. Caixas de papelão convertem-se em carros, navios pirata, trens, aviões, castelos, casas, camas, fogões… Com galhos, pedrinhas, areia e terra, criam-se incríveis cenários para brincar com bonecos e animais de brinquedo. Rolos de papel alumínio viram lunetas, foguetes e torres de castelos. Lençóis e toalhas velhas amarrados a cadeiras, grades ou hastes transformam-se em lindas cabanas onde as crianças podem passar horas brincando ou ouvindo histórias.
Pega varetas
Este jogo já foi indicado aqui. Além de ser um bom treinamento para a coordenação motora fina, ele exercita as habilidades das funções executivas, é barato e tem regras muito simples.
Quebra-cabeça
Como já dissemos anteriormente, os quebra-cabeças ajudam a desenvolver a capacidade de resolver problemas com apenas uma solução possível, treinam a memória de curto prazo e as capacidades cognitivas de comparar, analisar e sintetizar.
Para crianças de 3 a 5 anos, o ideal é escolher um quebra-cabeça de 20 a 60 peças grandes ou médias. Se a criança tiver muita dificuldade, ajude-a dando dicas de como posicionar as peças. Quando montar um determinado quebra-cabeça já for uma tarefa fácil para o pequeno, providencie um novo, mais desafiador.

BRINCANDO COM A IMAGINAÇÃO

Quando uma criança brinca de bombeiro, de médico, de cozinheiro ou de professora, ela estabelece certas regras que orientarão sua conduta durante a encenação. Ao longo da brincadeira, ela busca seguir aquelas regras e inibe impulsos e atitudes que não se adequam ao papel desempenhado. Em geral, ela se inspira em adultos com que tem algum contato ou em personagens de livros, filmes ou desenhos.
Ela atua como o médico examinando um paciente, dando uma injeção, prescrevendo medicamentos… O “doutor” fala com a segurança de um doutor, o doente age e fala como um doente, com a voz fraca, denotando certo medo. A menina que embala a boneca diz que tem nos braços sua filha. Leva-a para passear no carrinho, troca suas fraldas, dá-lhe de comer. Para encarnar o papel de mãe, a menina imita a voz de sua própria mãe, seu linguajar e suas expressões faciais.
Embora crianças mais novas costumem brincar sozinhas, crianças com 3 anos ou mais já estão aprendendo a brincar com outras de maneira cooperativa, assim como a regular o comportamento delas. É comum vermos meninos de 4 ou 5 anos corrigindo colegas que desrespeitam as regras de uma brincadeira ou que infringem normas estipuladas pelos adultos.
Seguem algumas dicas de como promover brincadeiras imaginativas mais frutuosas:
Faça viagens para o campo, para a praia, para as montanhas e leia muitas histórias. Em geral, o repertório das crianças pequenas é limitado, restringindo-se ao que observam à sua volta. Os pais devem, portanto, ajudá-las a preencher as lacunas deixadas por uma experiência de vida restrita. Como fazê-lo? Nutrindo-lhes com imagens ricas, alimentando-lhes o imaginário.
Coloque seu filho em contato com as mais variadas belezas da natureza e com muitas situações e tipos de comportamento humano representados pela boa literatura e pela arte. Ele irá se maravilhar com tudo isso e não terá apenas um repertório maior para as brincadeiras; estará apurando o senso estético, a sensibilidade e a inteligência, e conhecendo e aprendendo a ler a realidade com os grandes autores e artistas e com o Autor do mundo.
Disponibilize materiais para as brincadeiras. Crianças pequenas podem precisar de “muletas” nas brincadeiras imaginativas, que as ajudarão a ingressar na fantasia: um quadro negro para brincar de professora, espadas e um chapéu para brincar de pirata, um pano para o doutor enfaixar o braço do paciente, uma bolsa para o carteiro levar as correspondências. Não há necessidade de comprar nada. Com o material que se tem em casa é possível inventar muita coisa! Reaproveitar objetos é uma ótima maneira de exercitar a flexibilidade cognitiva.

CONTANDO E ENCENANDO HISTÓRIAS

Além de manter a prática da leitura em voz alta – fundamental para a alimentação do imaginário, o aumento de vocabulário e o contato com estruturas frasais mais complexas -, estimule a criança a recontar histórias que ouviu, a criar e contar as suas próprias e a fazer encenações. As crianças adoram! As primeiras histórias criadas costumam ser um encadeamento de eventos com alguma relação entre si, mas sem uma estrutura mais ampla. Com a prática – associada à escuta freqüente de histórias -, elas irão desenvolver enredos mais complexos e organizados. Contando e recontando histórias, elas têm de armazenar e utilizar informações da memória de trabalho e usar a criatividade.
Incentive a criança a contar histórias para você. Escreva-as e leia-as posteriomente para ela. Ela também pode fazer desenhos ou pinturas a partir da história criada e criar seus próprios livros de histórias – obviamente, se se tratar de uma criança que ainda não escreve, você terá de escrever em seu lugar.
Crie histórias em grupo. Uma criança inicia contando uma história e as demais vão dando prosseguimento ao enredo. Para tanto, ela terá de prestar atenção ao que as outras pessoas dizem, esperar pela sua vez, refletir sobre possíveis reviravoltas e pensar em uma continuação para a história. É um desafio para a atenção, a memória de trabalho e o auto-controle.
Proponha a encenação de histórias. Escolha uma história de que a criança gosta muito, leia-a para ela e escreva no papel um resumo com as principais cenas em seqüência. Junto com a criança, crie figurinos e adereços para incrementar a encenação. Isso ajuda a criança a empolgar-se com a atividade e a envolver-se com a história.

CONTROLANDO O CORPO

Atividades físicas
Essa é uma ótima idade para as crianças começarem a brincar em balanços, gangorras e estruturas para escalada. Providencie também cordas, colchonetes, bolas, pneus, bambolês, traves de equilíbrio e construa circuitos que desafiem a criança a fazer movimentos como saltos, aterrissagens e rolamentos. Ao passar por essas atividades, elas precisam concentrar-se, monitorar e ajustar suas ações e persistir para alcançar o objetivo. Eles ainda as ajudarão a adquirir consciência corporal e noção espacial, o que abre caminho para um bom desempenho em leitura e escrita no futuro.
Normalização
Convide a criança a fazer a lição do silêncio e a realizar atividades de vida prática – como transvasar líquidos e sólidos, abotoar camisas, pegar objetos com a pinça, dobrar camisas, etc. Essas são formas muito eficazes de ensiná-la a controlar e neutralizar os movimentos do corpo conscientemente e a inibir movimentos dispersivos.
Brincadeiras com música
Jogos e brincadeiras envolvendo música, gestos e movimentos corporais estimulam as funções executivas, porque as crianças têm de se mover em um determinado ritmo e sincronizar palavras e ações com o andamento da música. Todas essas tarefas colaboram com o controle inibitório e a memória de trabalho. É importante que essas canções e jogos sejam cada vez mais complexos. Assim representarão sempre um desafio para as crianças e evitarão que percam o interesse.
Cante uma música em andamento muito rápido e depois em andamento muito devagar e proponha à criança que acompanhe o ritmo da música. É algo simples, mas exige que a criança esteja atenta aos comandos verbais e acelere e desacelere seus movimentos logo que os ouvir. A clássica dança das cadeiras e a brincadeira vivo-morto são outras formas de exercitar a atenção e o controle.
Gostou das dicas? Não perca as sugestões de atividades para crianças de 5 a 7 anos que publicaremos na semana que vem!

Atividades para estimular dos 18 meses aos 3 anos/continuação

Fonte: Blog Como Educar seus filhos

http://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/atividades-para-estimular-as-funcoes-executivas-dos-18-meses-aos-3-anos/?utm_source=blog& 

Atividades para Estimular as Funções Executivas dos 18 meses aos 3 anos


Na semana passada, iniciamos uma série de publicações para estimular as funções executivas. Nessa série, trazemos várias atividades para desenvolver nas crianças capacidades que as auxiliarão a resolver problemas complexos, controlar impulsos, manter o foco em suas tarefas, evitar distrações, estabelecer objetivos e manter a determinação de cumpri-los, tomar decisões, seguir instruções envolvendo várias etapas, etc.
Apresentamos hoje atividades para você fazer com seu filho de 18 meses a 3 anos. As crianças maiores também podem praticá-las, mas para que elas se divirtam e se sintam desafiadas será preciso, na maioria dos casos, aumentar a dificuldade.
Como nessa fase as crianças expandem muito rapidamente a linguagem, os jogos de linguagem e as brincadeiras que envolvem a audição e a fala são especialmente importantes.

BRINCADEIRAS

Estátua
Brincadeiras como “Estátua” trabalham o controle e a inibição de movimentos. Escolha um local adequado, de preferência ao ar livre, e explique a brincadeira com bastante clareza para a(s) criança(s): “Eu vou cantar uma música. Enquanto canto, todos nós vamos correr. Quando eu parar de cantar e gritar ‘Estátua’, todos têm de parar de correr e manter-se parados como estátuas.” Tenha paciência, pois crianças com menos de 3 anos precisarão que você repita várias vezes as regras do jogo. Geralmente os pequenos imitam os mais velhos, então espere um pouco até que eles se posicionem. Com crianças mais velhas, as regras podem ser cumpridas mais rigorosamente e você pode tirar da brincadeira aquelas que rirem ou se mexerem após o comando “Estátua”.

Brincadeiras musicais
Cante com seu filho músicas como “Cabeça, ombro, joelho e pé”. Elas exigem que as crianças prestem atenção às palavras da canção e as armazenem na memória de trabalho, usando a canção para guiar suas ações.
Crianças dessa idade costumam adorar canções que envolvem a execução de gestos. Elas são um desafio para a atenção, a memória de trabalho e o controle inibitório.
No site do Estevão Marques, há brincadeiras musicais para crianças de várias idades. Crianças de 2 a 3 anos podem ser capazes de acompanhar, por exemplo, os gestos da canção “Baile Tré-lé-lé”.

Atividades de psicomotricidade
Pratique atividades de psicomotricidade com seu filho para que ele, além de alcançar consciência corporal e noção espacial, adquira o poder de neutralizar os movimentos do corpo conscientemente. Proponha atividades como lançar bolas em uma caixa, andar sobre uma linha traçada no chão, andar sobre uma plataforma, saltar obstáculos, passar por debaixo de cadeiras, correr até um determinado lugar e voltar, etc. Como essas atividades envolvem comandos verbais, a memória auditiva de curto prazo também é trabalhada.

BRINQUEDOS

Blocos
Vários estudos sugerem que brincar com blocos (de madeira, de plástico, de espuma, magnéticos, etc.) ajuda as crianças a desenvolver, além das coordenações motora e visomotora, a orientação espacial, a capacidade de resolver problemas com mais de uma solução possível, o foco e a criatividade.
Ao brincar com blocos, lego ou com brinquedos como “Brincando de Engenheiro”, as crianças têm a possibilidade de montar as peças de muitas maneiras diferentes, desenvolvendo assim a habilidade de resolver problemas que podem ser solucionados de mais de uma maneira.

Quebra-cabeça
Já os quebra-cabeças desenvolvem a capacidade de resolver problemas com apenas uma solução possível. Montar quebra-cabeças também treina a memória de curto prazo e as capacidades cognitivas de comparar, analisar e sintetizar. Opte por quebra-cabeças mais simples e com poucas peças. Há boas opções em madeira. Brinquedos passa-formas também são indicados.
Os adultos podem ajudar perguntando à criança onde devem colocar uma determinada peça; caso ela não caiba no lugar escolhido pela criança, pergunte novamente onde ela acha que deve colocá-la. Assim, exercita as habilidades de reflexão e planejamento.

Cubos de Memória
Em um vídeo, o prof. Carlos Nadalim sugeriu este brinquedo que pode ser encontrado no site da Brinquedos Carimbrás. Ele possui vários cubos com uma forma e uma cor em cada face. A criança tem de reproduzir os modelos usando os cubos, seguindo uma progressão de dificuldade. Com crianças pequenas use seqüências de 2 a 4 blocos. A recomendação é para crianças entre 2 e 5 anos.

Separando brinquedos segundo um critério predefinido
Use brinquedos variados em um jogo de separar objetos por categoria, tamanho, forma ou cor. Você propõe uma regra e a criança tem de memorizá-la, observar os objetos e separar aqueles que se adequam. Por exemplo, use blocos de montar e peça para colocar somente os vermelhos numa caixa. Ou misture carrinhos de vários tamanhos e peça para a criança colocar os carrinhos pequenos numa caixa.

ESTIMULAÇÃO VERBAL

Narrações
Observar a brincadeira e narrar o que está acontecendo é uma maneira de ajudar crianças mais novas a compreenderem como a linguagem é capaz de descrever suas ações. À medida que elas vão crescendo, podem-se acrescentar perguntas como “O que você vai fazer depois?” ou “Estou vendo que você quer colocar a bola dentro do pote. Há alguma outra maneira de fazer isso?” Esses comentários ajudam a criança a parar e refletir sobre o que está tentando fazer e a planejar o que fazer em seguida.  

Contar e recontar histórias
Aproveite momentos marcantes como um final de semana no sítio, um passeio no parque de diversões ou uma viagem para que a criança reflita sobre essas experiências. Comece narrando cronologicamente o que vocês fizeram. Depois peça à criança para recontar o que vocês vivenciaram. As mais novas terão mais dificuldade por conta do vocabulário limitado e por conhecerem poucas estruturas frasais. Essas histórias podem ser registradas em um diário pelos pais e ilustradas por um desenho ou pintura da criança.
Na próxima semana daremos continuidade a esta série com atividades para crianças de 3 a 5 anos.

Atividades para estimular dos 6 aos 18 meses por Dr. Italo Marsini

Fonte: Blog Como educar seus filhos
http://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/atividades-para-estimular-as-funcoes-executivas-dos-6-aos-18-meses/?utm_source=blog&utm_medium=text_blog&utm_campaign=memoria_flexibilidade_foco_funcoes_executivas&utm_content=atividades_estimular_funcoes_executivas_6a18_meses

Atividades para Estimular as Funções Executivas dos 6 aos 18 meses

Enquanto descasca as batatas, refoga o feijão e tempera a carne para o almoço, uma mãe consegue ajudar os filhos a fazer os deveres de casa, atender ao telefone e organizar os compromissos da semana – às vezes ao preço de ter o arroz um pouco queimado. Pais conseguem fazer milagres com o tempo para atender às demandas do trabalho e da família. Adultos memorizam um número de telefone que alguém acabou de lhes dizer até encontrarem caneta e papel para anotá-lo. E são perfeitamente capazes de respirar fundo – em vez de buzinar ou esbravejar – quando o sinal abre, mas o carro da frente demora para arrancar. Nossas capacidades de executar muitas tarefas ao mesmo tempo, de ter auto-controle, de seguir instruções envolvendo várias etapas – mesmo se somos interrompidos – e de manter o foco no que estamos fazendo – apesar das distrações – são o que sustenta o comportamento deliberado, intencional e objetivo necessário para o dia-a-dia e para ter êxito no trabalho.
Precisamos dessas habilidades básicas em todas as áreas de nossas vidas. Sem elas, não conseguiríamos tomar decisões, resolver problemas complexos, desempenhar tarefas entediantes, fazer planos e ajustá-los quando preciso, reconhecer e corrigir erros, controlar nossos impulsos, estabelecer objetivos nem monitorar nosso progresso até conseguirmos alcançá-los – embora realizar tais coisas não dependa exclusivamente de habilidades cognitivas. No nosso cérebro, as funções executivas são, em grande medida, responsáveis por essas habilidades. As funções executivas têm três dimensões básicas, que não são inteiramente distintas, mas trabalham juntas:
Memória de trabalho (ou de curto prazo) – é a capacidade de armazenar e processar informações por curtos períodos de tempo.
Controle inibitório – é a habilidade de controlar e filtrar nossos pensamentos e impulsos para que possamos resistir a distrações e tentações. Auxilia-nos também a parar e pensar antes de agir.
Flexibilidade cognitiva – é a capacidade que nos permite aplicar regras diferentes em contextos diferentes, observar as coisas sob novas perspectivas, perceber erros e corrigi-los.
Embora muitas vezes pensemos que as crianças são como “mini adultos”, elas ainda não têm essas habilidades desenvolvidas. Portanto, não podemos exigir delas o auto-controle, o foco, a atenção e a memória de adultos. Podemos, contudo, ajudá-las a desenvolverem essas habilidades. Assim evitaremos problemas em seu desenvolvimento e futuras dificuldades de aprendizagem. Mas como fazê-lo?
Na primeira infância, as interações sociais (com adultos e outras crianças) ajudam os bebês a concentrar a atenção, a robustecer a memória de trabalho e a reagir a experiências estimulantes. Para crianças com mais de 1 ano e meio de idade, as brincadeiras e os jogos desempenham um papel importante: brincando, elas aprendem a esperar por sua vez, a planejar, a aguardar o melhor momento para agir, a resolver problemas, além de exercitarem o armazenamento de informações por períodos curtos. A estimulação verbal, sempre recomendada no blog Como Educar seus Filhos, também tem papel fundamental durante a infância.
Compartilharemos uma série de artigos com algumas dicas de atividades organizadas por faixa etária que, se praticadas com regularidade, poderão ajudar seu filho a desenvolver as habilidades aqui mencionadas. Começaremos hoje indicando atividades para bebês de 6 a 18 meses.

1 – Esconde-esconde

Quem nunca brincou de esconder e revelar seu rosto a um bebezinho? Esse tipo de brincadeira exercita a memória de trabalho, porque desafia o bebê a lembrar quem está se escondendo. Depois de realizada repetidas vezes, a brincadeira também auxilia a desenvolver habilidades básicas de auto-controle, uma vez que exige que o bebê espere até o adulto se revelar. Ela pode ser bastante útil dos 6 aos 10 meses, quando é comum os bebês sofrerem de ansiedade de separação.
Comece escondendo seu rosto com as mãos e aguardando alguns instantes; depois apareça e curta a reação do bebê. Você também pode se esconder atrás de um pano ou móvel e deixar um braço de fora para servir de pista.

2 – Escondendo um brinquedo

Escolha o brinquedo de que o bebê mais gosta e mostre a ele. Depois, esconda-o sob um pano ou almofada, certificando-se de que o bebê esteja prestando atenção ao que você faz. Incentive-o a puxar o pano e descobrir o objeto. Quando a brincadeira ficar muito fácil, esconda o brinquedo em outro lugar, mais distante, e chame-o para “descobrir o esconderijo”.

3 – Jogo dos copinhos

Esta variante do jogo das tampinhas também exercita a memória de trabalho. Vire três ou quatro copos de boca para baixo e esconda uma bolinha colorida sob um deles. Troque lentamente os copos de lugar, arrastando-os sobre a mesa e depois convide o bebê a procurar a bolinha escondida.

4 – Sons do ambiente

Esta atividade é um treinamento para a memória de curto prazo, além de um exercício simples e eficaz de escuta e concentração.

5 – Jogos de imitação

Os bebês adoram imitar os adultos, especialmente a partir dos 12 meses. Aproveite essa empolgação para envolver seu filho em jogos de imitação que demandam atenção, auto-controle e trabalham a memória de trabalho.
A estrutura desses jogos é simples: você realiza um gesto, emite um som ou faz uma determinada expressão facial e então incentiva seu filho a imitá-lo. Você pode, por exemplo, fazer uma careta, imitar o canto de um pássaro, erguer os braços, balançar a cabeça ou empilhar alguns blocos. Para que o bebê o imite ele terá primeiro de observá-lo, guardar na memória o gesto, som ou expressão, lembrar-se dele, esperar pela sua vez e só então tentar imitar o que você fez.
À medida que o bebê for crescendo, aumente a dificuldade da atividade. Faça seqüências de gestos e peça para ele reproduzi-las. Brinque também de seqüência de sons.

6 – Macaco disse, O mestre mandou e Carneirinho, Carneirão

Brincadeiras como “Macaco disse”, “O mestre mandou” e “Carneirinho, Carneirão” também são bons exercícios de imitação para crianças a partir de 1 ano. Se outras crianças participarem, melhor ainda!

7 – Pequenas tarefas domésticas

Ainda aproveitando a vontade de imitar os adultos, incentive seu filho – com mais de 1 ano de idade – a ajudá-lo com tarefas domésticas simples como limpar a mesa do cadeirão com um pano ou guardar os brinquedos na caixa. Executar tais tarefas pressupõe a resposta a um comando verbal armazenado pela memória de trabalho e exige auto-controle e atenção seletiva, já que a criança terá de manter a atividade na mente e cumpri-la, evitando as distrações que surgirem e inibindo o impulso de fazer outras coisas.

8 – Conversas

Uma simples conversa com o bebê é uma maneira de exercitar a atenção, a memória de trabalho e o auto-controle do pequeno. Mantenha contato visual e fale com ele: nomeie objetos ao seu redor, narre o que você está fazendo (“agora eu vou trocar a sua fralda”) e dirija perguntas breves ao bebê, lembrando-se de fazer pequenas pausas para que ele “responda” à conversa à sua maneira: com gestos, olhares, risos ou balbucios.

9 – Leitura em voz alta

Leia com freqüência parlendas, poesias e histórias rimadas. Além de serem de fácil memorização, os textos ritmados e ricos em repetições e rimas são capazes de prender a atenção dos pequenos e mantê-los concentrados na escuta.


Funções fundamentais para leitura por Dr. Italo Marsili

Fonte: Blog Como educar seu filho

http://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/memoria-flexibilidade-e-foco-por-que-as-funcoes-executivas-sao-fundamentais-para-leitura/ 

Memória, Flexibilidade e Foco: Por que as Funções Executivas são Fundamentais para a Leitura?

Ler um livro, planejar a viagem de férias com a família ou controlar a vontade de comer um doce. Por mais diferentes que possam parecer, todas essas atividades dependem das funções executivas para serem realizadas.
Se esse nome causa estranheza, saiba que usamos as funções executivas em praticamente todas as ações realizadas no cotidiano. Afinal, elas são as habilidades cognitivas que controlam e regulam nosso modo de pensar, sentir e agir.
Mesmo operando em conjunto, podemos diferenciá-las em três competências: memória de trabalho, flexibilidade cognitiva e controle inibitório.
Em constante processo de desenvolvimento, as crianças estão aprendendo a lidar com as funções executivas. Por essa razão, não podemos exigir delas o auto-controle, o foco, a atenção e a memória de um adulto.
Entretanto, é importante ressaltar que crianças com baixo desenvolvimento das funções executivas apresentam dificuldades para:
  • Focar e manter a atenção
  • Tomar decisões
  • Organizar-se e planejar
  • Controlar os impulsos
  • Reter informações
No processo de alfabetização, as habilidades das funções executivas são necessárias, por exemplo, para reconhecer as letras e decodificá-las, para contextualizar informações, para assimilar o código ortográfico e para compreender textos.

Memória de trabalho, decodificação e retenção do conteúdo

A memória de trabalho é a função executiva responsável por reter uma informação enquanto realizamos outra tarefa, sendo capaz de acessá-la novamente quando preciso.
No processo de aprendizagem da leitura, a criança precisa decodificar as palavras, convertendo os símbolos gráficos, as letras, em seus sons correspondentes, os fones. Isso exige que ela use a memória de trabalho, por exemplo, para guardar a letra e o som inicial da palavra enquanto trabalha para “desvendar” o restante da palavra.
Agora, imagine fazer isso com um texto inteiro! Em situações como essa é comum a criança com baixo desempenho das funções executivas pronunciar as palavras de forma incorreta, assim como não compreender o que lê ou não conseguir reter o conteúdo lido. Se a uma decodificação lenta associa-se uma memória de trabalho débil, pode ter certeza: a criança gastará tanto tempo e esforço tentando decifrar uma palavra que se esquecerá do que estava lendo antes.

Flexibilidade cognitiva e compreensão de textos

Quando usamos expressões como “pensamento criativo” ou “pense fora da caixa”, estamos justamente nos referindo à função executiva conhecida como flexibilidade cognitiva. É graças a ela que somos capazes de nos imaginar dentro de uma história ao ler um livro, temos maleabilidade para lidar com as mudanças e habilidades para a resolução de problemas.
No processo de aprendizagem da leitura, junto com o uso da memória de trabalho, as crianças precisam fazer uso da flexibilidade cognitiva, por exemplo, em questões que exigem manipular diferentes informações, analisar a construção da frase, a organização do texto, o significado das palavras no contexto, considerando ainda a possibilidade de mais de um significado para uma palavra. Essas são operações fundamentais no processo para a compreensão do texto lido.
Para as crianças de maneira geral é difícil compreender construções frasais na voz passiva, já que estão mais acostumadas a construções frasais na voz ativa. Mas a criança com déficit das funções executivas tem ainda mais dificuldade com a passiva. Ela provavelmente não terá problemas para entender uma frase como “André acusou Pedro”; no entanto, ela poderá confundir-se se lhe apresentarem a frase na voz passiva: “Pedro foi acusado por André.”
É difícil para ela manter na memória a “ação sofrida” por Pedro até chegar ao final da frase para descobrir quem ou o que está praticando a ação.
Além disso, se ela não tiver um contato regular com a voz passiva – por meio da interação verbal e da leitura em voz alta -, é claro que terá mais dificuldade em compreender tais estruturas.

Controle inibitório e atenção

Já a função executiva de controle inibitório está relacionada a nossa capacidade de resistir a um impulso, assim como à capacidade de focar e manter a atenção em algo, mesmo competindo com uma série de outras coisas. É, por exemplo, a capacidade de escrever um texto em um ambiente barulhento. Ou de conter um xingamento diante de uma fechada no trânsito.
Toda habilidade nova exige foco e concentração. Uma criança com fraco desenvolvimento da função executiva de controle inibitório vai precisar do dobro de atenção para ler. É um processo árduo, já que o menor som, um passarinho cantando, um toque do celular ou um carro passando na rua ou a mera lembrança da cena de um filme podem desconcentrá-la.
Manter o foco acaba se tornando um verdadeiro desafio,  que pode levar a criança a ficar cansada e desmotivada, pois  o exercício da leitura torna-se uma penitência.  
Durante a leitura, a atenção é necessária para várias coisas. Dentre elas, para o reconhecimento das letras e para evitar a confusão entre letras semelhantes como O e Q maiúsculos, P e R maiúsculos, I maiúsculo e l minúsculo, etc.
Por essas razões é fundamental estimular as funções executivas das crianças desde cedo. Temos uma série de atividades interessantes que você pode praticar como seus filhos dos 6 aos 18 meses, dos 18 meses aos 3 anos e dos 3 aos 5 anos. Vale a pena conferir!
Por fim, se mesmo com a prática regular de atividades para estimular as funções executivas, seu filho continuar apresentando problemas no processo de aprendizagem, é importante procurar um profissional que possa avaliar a situação e sugerir medidas a tomar.

Meu filho não me escuta! Compreeenda por Dr. Italo Marsili

Fonte: Blog Como educar seus filhos                        http://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/socorro-meu-filho-nao-me-escuta/ 

Socorro, Meu Filho Não me Escuta!

Você tem dificuldade em fazer com que seu filho preste atenção às suas instruções e obedeça aos seus comandos? Às vezes ele parece “desligar os ouvidos” de propósito e o deixa falando com as paredes? Essa experiência frustrante na comunicação com os filhos é uma queixa freqüente que recebemos dos leitores do blog. Mas, antes de achar que seu filho (ou você) tem algum problema, é preciso lembrar que, muitas vezes, a raiz dessa dificuldade está na falta de compreensão dos pais quanto ao “funcionamento” da criança.
Enquanto o adulto já aprendeu os códigos necessários à vida em sociedade, precisando assim de muito menos explicitação para entender o que se espera dele, a criança ainda não tem esse treino: para ela, tudo tem de ser mais explícito e direcionado. Isso se aplica especialmente às crianças com menos de 7 anos. Quando os pais compreendem essa realidade e passam a ter uma postura diferente com relação aos filhos, sua ação, porque mais consciente, tende a tornar-se mais eficaz.
Esse tema já foi abordado anteriormente no blog, mas vale a pena retomar os pontos principais. Confira abaixo algumas sugestões para estabelecer uma comunicação eficaz com seu filho no momento da emissão de ordens:
  1. Aproxime-se da criança. Não espere que seu filho o obedeça se você grita as instruções pela casa. Se pretende que ele leve a sério o que você diz, aproxime-se dele, olhe-o diretamente e emita a instrução com firmeza – sem gritar. Essa é a terceira dica dada neste vídeo, a qual mostra como evitar o cruzamento de interesse com os objetivos estabelecidos por seu filho, o que também pode gerar desobediência.
Neste outro vídeo, há uma prática que funciona bem com crianças pequenas, que precisam de uma explicitação ainda maior: agache-se para ficar na altura de seu filho, olhe-o nos olhos e emita a ordem. Para aumentar o foco de atenção, formule pedidos claros, como: “Filho, eu preciso de seus olhos”, ou “Filho, eu preciso de seus ouvidos”. Isso funciona melhor do que dizer: “Preste atenção!” – o que não passa de um pedido genérico, sem uma ordem precisa.
  1. Seja breve. Ao emitir uma ordem para uma criança mais nova, não use mais palavras do que o necessário, pois isso prejudicará a eficiência da comunicação.
  1. Use a voz a seu favor. Se você se irrita com a desobediência de seu filho e começa a gritar, pelo menos um resultado é garantido: você lhe transmitirá a impressão de ser uma pessoa descontrolada. Por isso, se as circunstâncias não exigirem que você grite (para afastá-lo de um perigo iminente, por exemplo), em vez de gritar, treine abaixar o volume da voz, forçando seu filho a escutá-lo. Pode não ser fácil no começo, mas isso lhe conferirá mais autoridade e treinará seu autodomínio.
  1. Cante as instruções. Crianças pequenas ainda não têm o treino necessário para a utilização eficaz da memória. Por isso, encadear instruções numa melodia fácil de guardar funciona muito bem com elas. De fato, cantar pode ser a chave para que elas realizem de boa vontade uma atividade da qual não gostam (seja lavar o cabelo, fazer a cama, guardar os brinquedos ou escovar os dentes). Na internet, você poderá encontrar algumas musiquinhas que acompanham essas tarefas. Com um pouco de criatividade, você poderá inventar algumas ou encaixar as instruções a melodias de canções que seu filho adora. Ah, e não se esqueça de compartilhá-las conosco!
  1. Espere seu filho se acalmar. Se seu filho estiver muito agitado ou sob stress emocional, não adianta esperar que ele obedeça aos seus comandos. Ajude-o a se acalmar, dê-lhe um tempo, e só então emita a ordem novamente.
  1. Verifique se há um problema pré-existente. Muitas vezes, a irritabilidade em crianças e a conseqüente desobediência decorrem de fome, falta de sono, problemas relativos à higiene ou quebra na rotina. Não adianta esperar obediência se um desses problemas está atrapalhando o funcionamento normal da criança.
Sono, higiene, alimentação e ordem são os 4 hábitos básicos abordados pelo Dr. Italo Marsili neste vídeo. Nunca é demais enfatizar que, antes de esperar bons resultados, é preciso criar condições favoráveis. Daí a importância de tomar consciência sobre as circunstâncias que estão afetando seu filho, corrigindo eventuais falhas e aumentando a harmonia familiar.
  1. Saiba escutar. Da mesma forma como você espera que seu filho o escute com atenção, é preciso demonstrar capacidade de escutá-lo. Mas isso não significa ceder aos seus protestos, ou entrar em discussões desnecessárias. Seu filho deve entender que certas ordens não estão abertas a negociação, ainda que você ouça o que ele tem a dizer.
Caso seu filho comece a questionar suas ordens, vale testar uma técnica que o Dr. Italo Marsili propõe: a técnica do disco riscado, que evita discussões desnecessárias. Consiste em focar e insistir na instrução. Funciona assim:
— João, guarde o seu brinquedo
— Mas por que sempre eu?
— Guarde o seu brinquedo, por favor, naquele baú.
— Mas isso não é justo!
— Guarde o seu brinquedo, por favor.
Se ele começar a chorar, ajude-o a guardar os brinquedos.
Gostou das dicas?

Deixe suas dúvidas e opiniões aqui embaixo! Obrigado por compartilhar nosso conteúdo!
Receba em seu email nosso ebook “As 5 Etapas para Alfabetizar seus Filhos em Casa”, um guia completo e totalmente gratuito para introduzir seus filhos no universo da Alfabetização. Clique aqui: https://goo.gl/FDS4xU.

Oito sinais de distanciamento emocional por Dr. Italo Marsili

8 Sinais de que Você está DISTANTE de seu Filho

Fonte: Blog Como educar seus filhos
http://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/8-sinais-de-que-voce-esta-distante-de-seu-filho/


Oito sinais de distanciamento emocional

Como anda a sua relação com seu filho? Você demonstra seu afeto, conversa com ele ou está sempre no “piloto automático”? No vídeo de hoje, o dr. Italo Marsili apresenta os 8 SINAIS DE DISTANCIAMENTO EMOCIONAL, na estréia de uma série imperdível sobre afetividade infantil e harmonia familiar
Eu sou Dr. Italo Marsili, médico psiquiatra, e hoje quero falar com você sobre distanciamento emocional. Ao longo da minha prática clínica, eu tenho reparado numa coisa: as pessoas, em geral, quando chegam ao meu consultório com alguma queixa ou sofrimento, muito raramente conseguem dar nome a esse sofrimento, a essa queixa, ou conseguem contar todos os capítulos da história que levou a pessoa a me procurar. Para conseguirmos resolver muitos sofrimentos, muitas queixas de relacionamento (entre marido e mulher, entre namorados, entre pais e filhos) basta darmos um nome a eles. Precisamos dar nome ao que está acontecendo. Gostaria de falar com vocês hoje sobre os 8 pontos do distanciamento emocional.
Como o distanciamento emocional é um problema enorme, não é possível remediá-lo como um todo, o que podemos é elencar e verificar cada um dos 8 pontos de que falarei a seguir e buscar remediar cada um deles.

1 – Incapacidade de demonstrar afeto: o primeiro ponto do distanciamento emocional é quando você percebe que não consegue dizer ao seu filho o quanto o ama: não consegue dar carinho, dar atenção a seu filho. O que fazer nesse caso? Podemos elaborar alguns planos de ação para tratar esse ponto de modo mais concreto. Por exemplo? Passar mais tempo conversando com seu filho, levá-lo para passear ou, durante o jantar, olhar e dar atenção. Isso pode ser uma solução para esse ponto concretamente. 

2 – Falta de atenção às emoções: neste outro ponto você percebe que não está tão atento às emoções de seus filhos. Muitas vezes nos relacionamos com as crianças simplesmente de modo funcional, sem olhar para dentro delas, para como elas estão se expressando. Não olhamos para as alegrias, tristezas, dificuldades e sofrimentos. Esse é outro ponto que pode mostrar que temos um distanciamento emocional com nossos filhos. 

3 – Incapacidade de ir além das obrigações: o terceiro ponto é quando notamos que conseguimos fazer apenas o mínimo com nossos filhos e não mais do que isso. Um exemplo: Preparamos nossos filhos para sair de casa e apenas os vestimos de forma básica, colocamos os sapatos, sem perceber o que eles estão falando, sem reparar muito no rosto e nas expressões de nossos filhos. Estamos simplesmente “cumprindo tabela”. Quando você percebe que está fazendo somente o “mínimo” e não “algo a mais”, um bom remédio é se policiar. Em vez de vestir a criança de qualquer modo, escolha a roupa com calma, peça ajuda a ela, peça-lhe um palpite, capriche no jeito de vestir, no penteado… Assim começamos a recuperar a percepção de que não estamos fazendo apenas o mínimo, mas sim “um pouco a mais” do que o mínimo exigido. 

4 – Incapacidade de envolvimento fora das rotinas: no quarto ponto notamos que somos incapazes de interagir fora das atividades da rotina. Uma coisa é fazer o mínimo, outra coisa é só se envolver em atividades de rotina: tomar banho, escovar os dentes, trocar de roupa, levar e buscar no colégio, isso é rotina. Isso é o mínimo da rotina, o mínimo de atividades que fazemos com as crianças. Se notarmos isso, vale a pena propor novas atividades para passar mais tempo com nossos filhos. Não adianta só pensar, é preciso escrever e anotar na agenda ou no celular: “O que mais eu posso fazer com meu filho?” Quando estou lavando louça, cozinhando, arrumando meu material de trabalho, posso convidar meu filho a se envolver naquela atividade em que ele não precisaria tomar parte. Isso é algo além da rotina e que traz uma saúde imensa para a família, pois nos relacionamos “como gente” com a criança. Não nos relacionamos mais com a criança como se ela fosse um objeto que devesse estar em um lugar, fazer certas coisas etc.

5 e 6 – Falta de envolvimento na educação/relacionamento: se você não lê a agenda que vem do colégio ou pouco se importa se a criança está aprendendo ou não os recursos lingüísticos, matemáticos, históricos, isso é um mau sinal. Preocupar-se com a educação de seus filhos é preocupar-se com o que eles têm de mais precioso: a linguagem, as habilidades infantis. Qual a dica aqui? Esteja atento a pequenas coisas. Por exemplo: dependendo da faixa etária de seu filho, escolha um livro para ler com ele durante o mês; pode ser um capítulo por noite. Ou então, esteja atento à agenda do colégio, lendo o que está escrito e escrevendo para a professora. Você também pode estar atento ao material didático e analisar se o conteúdo exposto é coerente com o conjunto de valores da família. Fazer tudo isso com atenção e estipulando metas a alcançar nos dá a sensação de envolvimento e de estarmos próximos a nossos filhos.

7 – Entrar em “piloto automático”: o sétimo ponto é se você percebe que está cuidando de seus filhos no “piloto automático”. Já não há novidades e apenas nos esforçamos para manter a rotina. Isso aqui é uma grande síntese dos pontos anteriores. Em qualquer relação humana, se ligamos o “piloto automático” para nos relacionarmos com as outras pessoas, é um mau sinal. Precisamos estar atentos a todas as nuanças, a todas as maravilhas e a estar com nosso coração aberto e dispostos a nos surpreender com as novidades do universo humano. Quanto entramos no “piloto automático”, amputamos todas essas possibilidades e não nos damos completamente nem recebemos completamente o outro. Sobretudo nesse caso, quando o outro é nosso filho e sempre queremos o melhor para ele. 

8 – Incapacidade de ouvir os filhos: no oitavo e último ponto precisamos observar se realmente não somos mais capazes de ouvir o que nossos filhos têm a nos dizer. Se a criança está falando conosco, mas não prestamos nenhuma atenção, isso é um mau sinal. Isso pode indicar o distanciamento emocional. O que fazer? Siga essas dicas bastante práticas. Uma coisa importantíssima é olhar para a criança quando ela está falando. Em qualquer conversa humana é importante fazer isso, porém mais ainda com as crianças, pois elas têm uma dificuldade muito grande de conversar com quem não olha para elas. Se eu não olho para a criança, ela não imagina que estou falando com ela, mas com qualquer um. É preciso então um diálogo personalizado. É um ponto muito importante: olhar para a criança quando falamos com ela ou quando ela fala conosco. É importante também não falar com a criança à distância. Se a criança está em outro cômodo e nós, à distância, lhe damos uma ordem, transmitimos a mensagem de que aquilo não é algo importante. Além de a criança não se sentir valorizada, passa-se a impressão de que não valorizamos a conversa nem o que estamos dizendo.
São 8 pontos bastante concretos que nos permitem notar se há algum distanciamento emocional e entender melhor o que ele é. Sabendo disso, podemos pôr remédio caso algum desses pontos tenha entrado em nossa vida ou em nossa família.

Fiquem com Deus e até mais!

Obediência dos filhos por Dr. Italo Marsili

Fonte: Blog Como educar seus filhos
http://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/author/italo-marsili/

Como Fazer com que Seu Filho Queira Obedecer

Todo pai deseja ter filhos obedientes. Mas, quando falamos em obediência, a cena que mais rapidamente nos vem à mente é a de crise. Em geral, quando ouvimos “obediência” pensamos em desobediência.  Nós só paramos para nos preocupar com a obediência quando uma situação de crise já está instalada, quando a criança faz uma birra no supermercado porque quer levar um doce para casa, quando se recusa terminantemente a guardar os brinquedos, quando se tranca num quarto porque não quer ir embora da casa do colega.
Na maioria dos casos, as soluções mais empregadas para aplacar uma crise de desobediência são aplicar um castigo, oferecer um prêmio ou recompensa pela obediência ou apelar para o “quem manda aqui sou eu”. Castigos e recompensas são alternativas válidas e, de fato, muitas vezes é necessário afirmar a autoridade diante dos filhos, demonstrando segurança e firmeza e, principalmente, evitando ceder depois de ter dado uma ordem – daí a importância de pensar antes se a ordem que daremos poderá ser cumprida pela criança.  
Poucos pais, contudo, pensam em tentar fazer com que seus filhos QUEIRAM obedecer, preparando o terreno para evitar crises. Não seria muito melhor se não tivéssemos de fazer a criança obedecer “por mal”? Afinal, não queremos situações de crise acontecendo o tempo inteiro em nossa vida familiar. Se a toda hora precisamos fazer uma intervenção militar, isso acaba nos deixando cansados, desgastados, nervosos e nossa vida em família vai ficando tumultuada. Além disso, num momento de tensão, é mais difícil se controlar, manter a calma e não agir simplesmente por impulso.
Mas será possível inculcar nos filhos um princípio de obediência e evitar essas situações?
Quando passamos uma informação, ao falarmos algo, essa informação vai da nossa boca para o ouvido do ouvinte, chega até o cérebro dele, é processada e, depois disso, temos uma resposta positiva ou negativa, consentindo ou declinando da nossa proposta. Do ponto de vista da atividade psíquica, há um elemento chamado atenção, que favorece ou dificulta a acolhida da informação recebida. Em outras palavras, quando alguém nos pede uma coisa, dependendo do nosso estado, dependendo da relação que temos com a pessoa, dependendo também do estado da pessoa, temos mais facilidade ou dificuldade de executar o que foi pedido.
No relacionamento com a criança é a mesma coisa. Há algumas condições que favorecem ou dificultam a capacidade que a criança tem de acolher e executar o que pedimos para ela.

As condições da obediência

A primeira condição que predispõe a criança a obedecer é a alegria. A criança tenderá a lhe obedecer com menos resistência, se você a pegar num momento de alegria, em que ela está contente, bem-humorada. Isso é bastante óbvio, mas vale a pena lembrar. Com os adultos é assim também: se o chefe pede a um empregado para fazer uma coisa num momento em que este está bem disposto, animado, a ordem provavelmente será cumprida com mais facilidade.
A segunda condição é que a criança esteja tranqüila. Se ela estiver muito excitada, superestimulada, poderá ter dificuldade de prestar atenção ao que o pai lhe diz e de acolher a sua demanda. Por isso é difícil tirar uma criança de um parquinho cheio de outras crianças. Quando a criança está triste, perturbada, raivosa ou excitada, em uma crise, é bem provável que resista em obedecer.  
A obediência é um processo que se constrói: a criança vai, pouco a pouco, tendo mais facilidade para obedecer. A obediência é um hábito bom da criança, estabelecido por uma relação boa entre pais e filhos. É mais fácil a criança obedecer se soubermos pedir nos momentos adequados.
Outra condição é criar um clima de confiança para dar a ordem. Devemos nos aproximar da criança, tocá-la, se for o caso, olhar para ela com olhar benévolo e doce, para criar um clima de confiança. Em geral, quando pensamos em obediência, pensamos nos momentos de crise; mas não é assim que se constrói uma relação de obediência entre pais e filhos.
Devemos ainda fazer o pedido, falar com a criança, com delicadeza e carinho.
É importante que as crianças notem que falamos com carinho e delicadeza. Não devemos só usar tons ásperos e enérgicos, sempre dando um comando. Deixemos esses tons somente para algumas situações, quando forem mais necessários. É muito mais interessante buscar atuar nos momentos em que a criança está mais propensa a nos ouvir.
Se os pais souberem aproveitar os momentos oportunos, comunicar-se de maneira eficaz e criar um ambiente propício, ficará mais fácil conseguir a obediência da criança. Pois obedecer é aceitar com prontidão e interesse a decisão de quem tem autoridade. Por isso importa muito que a criança tenha capacidade de agir prontamente, que ela esteja interessada no que os pais lhe dizem e que reconheça a autoridade deles.
Não queremos que nossos filhos nos obedeçam apenas por medo ou sob pressão de nossa presença – embora em certas situações isso seja necessário -, mas que saibam que temos autoridade, que tomamos a melhor decisão porque somos pais e os amamos e que eles aceitem isso com prontidão e interesse. Esse é o sonho de todo pai. E é possível alcançá-lo!

Leve em conta os temperamentos

Obviamente conseguir essa obediência não é tão simples assim. E nem todas as crianças responderão da mesma forma. A idade, algumas circunstâncias especiais como a chegada de um irmãozinho e o temperamento de cada uma influenciam bastante.
Há crianças de temperamento ativo que querem fazer tudo sempre à sua maneira, querem sempre dar as cartas. É preciso saber lidar com elas. Como elas ficam muito satisfeitas quando levamos em consideração a opinião delas, vale a pena ceder vez ou outra, quando a idéia for razoável.
Elas também ficam mais calmas quando lhes damos uma função. Dar responsabilidades é uma coisa importante para esse temperamento: os ativos se frustram se permanecem muito tempo quietos e, em geral, se metem em confusão. Tais crianças se encantam com desafios e, se reconhecemos habitualmente as conquistas delas, em geral a resistência à obediência como um todo diminui.
Já as crianças de temperamento expansivo geralmente resistem mais a obedecer, às vezes porque não prestaram atenção ao comando, outras porque se esqueceram do que foi dito para elas. Nesses casos, devemos repetir a ordem – se for o caso, de uma maneira mais lúdica – para gradualmente ir prendendo a atenção delas. Além disso, elas ficam vivificadas diante de novos estímulos, apreciam as mudanças e resistem a ter de se concentrar muito tempo na mesma coisa, tendo maior necessidade de liberdade, de fazer as coisas por elas mesmas, de modo que é comum não acabarem uma atividade e passarem logo para outra. É preciso ter muita paciência para lidar com elas e ter certa flexibilidade, algumas vezes fazendo a atividade pedida junto com elas, outras vezes mudando o foco delas, da percepção auditiva e visual, pois assim ganhamos sua cooperação, e elas com isso, passam a querer obedecer. Distraí-las, nesse sentido, não é perder autoridade, e sim uma ajuda para que possam cooperar.  

Quer mais algumas dicas sobre como criar filhos obedientes, tranqüilos e felizes? Assista à aula sobre o tema ministrada pelo Dr. Italo Marsili, clique aqui: http://bit.ly/2sqdmfz