terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Meditação na infância



fácil do que você imagina– por Maria Clara Vieira

Uma pequena pausa na rotina. Talvez seja apenas isso que seu filho precisa para ter mais tranquilidade e qualidade de vida. Em um mundo tão agitado, conectado e repleto de estímulos por todos os lados, apreciar um momento de paz e silencio parece impensável para algumas pessoas – embora seja muito necessário e bem-vindo.

A meditação, prática milenar surgida na Ásia, consiste justamente nisso: de maneira simplificada, o objetivo é repousar o corpo e aquietar a mente para alcançar o relaxamento. Parece ótimo, não é? A boa notícia é que as crianças podem se beneficiar desse momento tanto quanto os adultos.

“Nós, adultos, estamos acostumados a dizer que crianças não têm preocupações, responsabilidades nem obrigações, e que a vida delas é perfeita”, afirma a professora de ioga Cássia Parmeggiani, fundadora do projeto Pequenos Yogis. “No entanto, se pararmos para refletir, isto não é verdade. Questões como o bullying, os problemas familiares, o estresse causado pelo excesso de atividades, o uso excessivo de eletrônicos e a cobrança por resultados na escola estão criando crianças tristes e ansiosas, com problemas de atenção, concentração, foco e comportamento”, explica el

Os benefícios

Quando incorporada à rotina e praticada de maneira regular, a meditação traz uma porção de benefícios à criança. A lista de pontos positivos é enorme: combate o estresse, alivia a ansiedade, melhorar o sono, reduz a agressividade, relaxa física e mentalmente, melhora a concentração, minimiza os sintomas de TDAH e ajuda a lidar com sentimentos como frustração, medo e raiva.

“Muitos são os benefícios, mas um dos maiores é ajudar as crianças a entrar em contato com elas mesmas. Isso pode ser a chave para uma mudança importante na forma de criarmos nossos filhos, pensando, acima de tudo, no bem-estar deles e não somente em resultados”, comenta Cássia.

Como a criança de hoje tem muitos estímulos – aulas extras, telas, brinquedos eletrônicos e tecnologia –, sobra menos tempo para brincar livremente. “Isso é extremamente prejudicial. O excesso de estímulos faz com que ela se desconecte de si mesma e entre em um padrão muito acelerado, com competição e ansiedade”, pondera o professor de ioga João Carlos Soares, criador da Yoga com Histórias.

Soares explica que, quando isso acontece, forma-se na criança um padrão de solidão e desconexão de sua essência. “A meditação vem justamente tentar dar um espaço para que ela possa parar, respirar e se conectar com o silêncio interior. Ela percebe que isso é muito bom e começa a entender que existe um mundo de emoções e pensamentos dentro dela”, diz. Assim, seu filho conseguirá sentir e organizar esse mundo mental e emocional de outra forma, reestabelecendo o equilíbrio e a conexão com quem ele realmente é.

Como fazer

Está animado para colocar a meditação na vida de seu filho? Pode ser mais fácil do que você imagina. Por volta dos 2 ou 3 anos já é possível guiá-lo por esse caminho com atitudes bem simples. É claro que é preciso bom-senso: não espere que uma criança pequena vá ficar 10 minutos paradinha, em silêncio. É preciso respeitar a maturidade emocional dela e não forçar uma situação. Uma boa medida para os pais é verificar se o filho já consegue acompanhar uma história com concentração – elas podem ser usadas para introduzir a meditação de forma lúdica na infância.

“A apenas fechar os olhos, respirar e inspirar não é atrativo para a criança. Mas criando um ambiente mágico e lúdico, ela começa a acompanhar, sente que aquilo é gostoso e se interessa cada vez mais. As histórias conversam com as emoções e os sentimentos da criança”, ensina Soares, que segue um método pensado especificamente para a infância e irá lançar um CD para ajudar a guiar a meditação (confira um exemplo ao final dessa matéria).

A meditação é um hábito que só traz benefícios. O combate ao estresse, alívio da ansiedade e relaxamento são alguns deles.

Aos poucos

Se você e o seu filho estão familiarizados com a prática, há formas fáceis de começar a introduzi-la de maneira muito natural, por meio de brincadeiras que levam à meditação.

É importante ressaltar o exercício que não deve ser uma imposição, e sim um momento prazeroso e confortável. “À medida em que a criança se familiariza e aprende a manter o foco, podemos aumentar o tempo e incorporar outras técnicas. As práticas que menciono são simples e podem ser realizadas diariamente, como uma pausa na rotina, mesmo que somente por alguns minutos”, esclarece Cássia.

E ela dá exemplos: um passeio no parque para contemplar a natureza, brincar com uma ampulheta e observar a areia caindo, colorir mandalas, escutar uma história e tentar imaginar que é parte dela fazendo uma visualização, colocar o bichinho de pelúcia favorito sobre o peito e observar como ele se movimenta enquanto respiramos… Tudo isso vale!

Na escola

A meditação é tão benéfica que algumas escolas têm apostado nela para acalmar os alunos e melhorar a qualidade de vida deles. É o caso do Colégio Marista Santa Maria (PR), onde há 5 anos os pequenos estudantes contam com professores conscientes sobre a prática. “Há alguns anos, a gente tinha uma especificidade em uma turma atípica, muito ativa e com falta de concentração. Então começamos a pensar em maneiras de ajudar e surgiu a ideia da meditação em sala de aula”, lembra Ana Paula Detzel, coordenadora da Educação Infantil.

“Trouxemos a técnica de respiração e respiração. São exercícios simples de fechar os olhos, se concentrar e ficar com o corpo parado. Começamos com um minuto, no máximo, e, no final do ano, as crianças ficariam até uns 20 minutos se deixássemos”, comenta Ana Paula. A meditação se incorporou à grade horária escolar e virou rotina para professores e alunos a partir de 2 anos. O resultado? Maior concentração e controle emocional. “Tivemos avanços muito significativos”, comemora a coordenadora. “As crianças gostam. É um hábito super natural que se leva por toda a vida”.

Exemplo de meditação guiada para crianças

Em casa, os próprios pais podem propor o momento de relaxamento e meditação. Basta orientar que a criança se sente confortavelmente e ouça suas palavras. A seguir, confira um exemplo de meditação para crianças, fornecido pelo professor João Carlos Soares, do Yoga com Histórias. Narre à criança, de forma calma e pausada:

Feche seus olhos e me acompanhe nessa jornada! Sinta seu corpo confortável, suas costas esticadas e seu rosto completamente relaxado. Respire bem devagar como se seu corpo fosse um imenso balão a se encher. Solte o ar devagar como se o seu corpo fosse um imenso balão a se esvaziar.

Encha o balão. Esvazie o balão.

Encha o balão. Esvazie o balão

Agora, sua mente está tranquila e pronta para passear pelo mundo da imaginação. Gostaria de lhe apresentar um amigo muito especial! Um antigo mago, que viajou por toda a Índia e aprendeu muitas coisas interessantes. Com suas barbas compridas e bochechas rosadas, sempre foi respeitado por todos, em todos os lugares do mundo, pois seus poderes mágicos, sua sabedoria e sua bondade já ajudaram muitas e muitas pessoas.

Ele traz com ele uma pedra, coloca em suas mãos e pede para que você a segure. Sinta a pedra com suas mãos. Toque, explore. Sinta sua forma. Sinta sua textura. Sinta sua temperatura. Perceba se ela é lisa, quente ou fria, grande ou pequena. O mago pede que você segure a pedra com as duas mãos e sinta tudo que você consegue perceber. Esta pedra foi criada pela Mãe Terra há muito, muito tempo atrás e traz dentro dela a força de todo este tempo: uma grande e poderosa energia!

Perceba que, ativada pelo toque de suas mãos, pelo seu poder pessoal, toda esta força se ativa, torna-se novamente viva. Sinta como a pedra brilha intensamente. Perceba que ela se transforma em um lindo cristal. O cristal tem o poder de enviar energia para todo o seu corpo! Sinta seu corpo forte e vivo! Sinta seus pensamentos tranquilos e inteligentes. Sinta a força viva dentro de você.

Perceba que a energia de todas as coisas da vida também está presente dentro de você. E sentindo toda esta magia dentro de você, permaneça em silêncio [pausa de alguns minutos].

Agora, perceba novamente sua respiração, seu corpo e vá retornando lentamente. Namastê. Tudo de bom para você. Tudo de bom para mim. Tudo de bom para todos nós.

Fonte: Revista Crescer




Psique da criança na atualidade

Fonte: http://labedu.org.br/psicanalistas-comentam-os-desafios-do-desenvolvimento-psicologico-das-criancas-na-atualidade/

Psicanalistas comentam os desafios do desenvolvimento psicológico das crianças na atualidade
14 de outubro de 2016..


O que será que tem acontecido para que a identificação de tantos quadros de sofrimento ocorra ainda na infância?
Em uma das edições do programa “Café Filosófico”, do Instituto CPFL Cultura, as psicanalistas Julieta Jerusalinsky e Maria Rita Kehl discutiram a epidemia diagnóstica de quadros como déficit de atenção e hiperatividade, autismo e transtorno bipolar em crianças.
Inicialmente, as especialistas apontam que não necessariamente essas patologias tenham aumentando sua incidência na contemporaneidade, mas sim que seus sintomas têm sido descritos de forma mais genérica pela psiquiatra. 
Por conta disso, manifestações que antes eram tomadas como estados transitórios ou aceitas como características individuais são agora consideradas doenças.
Conforme é apontado pelas profissionais ao longo do programa, há uma tendência atual de assumir que certos comportamentos e modos de ser são consequência da ação de neurotransmissores agindo sobre o organismo e fruto da genética individual. Entretanto, isso reduz a compreensão de fenômenos profundamente complexos, que envolvem vários fatores. 
Quando nascemos, nossa rede neuronal não está pronta e as experiências pelas quais passamos são parte importante dessa construção. A maneira como vivemos também altera nossos registros químicos. Tanto o organismo, quanto a psique e o contexto em que estamos são aspectos que, em interação, influenciam o desenvolvimento.
Sendo assim, é importante pensar sobre o tipo de vivência que nós, enquanto adultos, temos proporcionado às crianças. De acordo com as psicanalistas, há uma tendência em poupar os pequenos de lidar com frustrações e tristezas que são naturais da vida. Isso pode acabar contribuindo para uma fragilidade emocional por parte das crianças, que ficam despreparadas para enfrentar obstáculos e limites.
Outro aspecto a se refletir é a busca dos adultos em satisfazer ilimitadamente os desejos infantis. Gratificar a criança de forma incessante e dar a ela a impressão de que pode ter tudo impede que ela encare que algumas coisas precisam ser conquistadas com muito esforço. 
É preciso que a criança tenha a oportunidade de vivenciar essa angústia de ter que encontrar caminhos para conseguir o que quer. Caso contrário, ela não terá desejo de crescer. Não fará escolhas, compreendendo que algo se ganha e algo se perde. Não partirá para a ação, acomodada em uma situação confortável. Ou seja, poderá paralisar-se em uma postura melancólica e desinteressada, sentindo que não há nada a fazer, pois tudo já é feito sem que ela precise agir.
Conforme ressalta Julieta Jerusalinsky, o trabalho da criança não é o mesmo dos adultos. Ela é poupada da inserção mercadológica para que possa viver um tempo de autoconstrução, de elaboração de seu lugar no mundo. Não podemos, nem devemos, poupá-la disso.
Recomendamos o vídeo completo do programa, disponibilizado abaixo. Além de aprofundar as questões que exploramos no post, ele ainda traz o ponto de vista das duas psicanalistas sobre outras questões da infância na contemporaneidade. Não perca!

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60 Bibliotecas virtuais - Rato de livraria



Fonte:

http://www.revistaprosaversoearte.com/conheca-60-bibliotecas-digitais-e-acervos-online-no-brasil/


Conheça 60 Bibliotecas digitais e Acervos online no Brasil




“(…) Esta fonte é para uso de todos os sedentos.

Toma a tua parte.

Vem a estas páginas

e não entraves seu uso

aos que têm sede.”

– Cora Coralina, do poema “Aninha e suas pedras”, em “Vintém de cobre – Meias confissões de Aninha”, (out/1981). São Paulo: Global Editora, 1991, p. 139.

Os sites trazem todos os tipos de obras: livros, fotografias, partituras, pinturas, iconografia, mapas, documentos históricos, acadêmicos, entre outros. Veja as principais bibliotecas digitais no Brasil e tenha acesso gratuito a diversos conteúdos. Para acessar basta clicar sobre o nome. Bom aproveito!

Biblioteca Digital Brasil – Fundação Biblioteca Nacional – abrange projetos específicos: Rede da Memória Virtual Brasileira (sobre as expressões culturais das artes, música, literatura e história do país e de suas regiões); A França no Brasil (portal digital entre as Bibliotecas Nacionais do Brasil e da França); Periódicos & Literatura; Guerra do Paraguai; Coleção Thereza Christina (coleção de fotografias do Imperador D. Pedro II); Hemeroteca Digital Brasileira (acervo de periódicos – jornais, revistas, anuários, boletins etc. – e de publicações seriadas). Entre outros.

Biblioteca Digital do Museu Nacional – disponibiliza itens do acervo de obras raras da Biblioteca do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Essas coleções formam um patrimônio de referência nas áreas de ciências naturais e antropológicas. Os arquivos podem ser baixados através desta página e suas versões em altíssima resolução estão disponíveis para acesso em terminais da instituição.

Biblioteca Nacional Sem Fronteiras – programa desenvolvido pela Biblioteca Nacional que visa democratizar o acesso da instituição. É composta por coleções digitais temáticas, refletindo todas as áreas da instituição em em especial os tesouros da Biblioteca Nacional. Seu acervo é dividido em manuscritos e obras raras. Em português.

Biblioteca Virtual da América Latina – desenvolvida pela Fundação Memorial da América Latina, localizada na cidade de São Paulo, com apoios da FAPESP, tem como objetivo disseminar informação e conhecimento sobre a América Latina, nos aspectos das humanidades, ciências e artes produzidos pelo Memorial da América Latina.

CPDOC/FGV – é desenvolvido pela Escola de Ciências Sociais e História da Fundação Getúlio Vargas – FGV. Apresenta uma série de conteúdos, tais como os dossiês sobre a história do Brasil (50 anos de Brasília, anos JK, Jango e Era Vargas); entrevistas de história oral (a maior parte voltada para o estudo da trajetória e desempenho das elites brasileiras desde os anos de 1930).

Biblioteca Digital do Senado Federal – o acervo digital é variado, dividindo-se entre livros, obras raras, artigos de revista, notícias de jornal, produção intelectual de senadores e servidores do Senado Federal, legislação em texto e áudio, entre outros documentos. As obras são de domínio público ou possuem direitos autorais cedidos pelos proprietários, possibilitando acesso e download gratuitos das obras.

Brasiliana USP – esta biblioteca digital é fruto da doação do acervo pessoal do bibliógrafo José Mindlin e sua esposa Guita para a Universidade de São Paulo, que também está sendo materializado na forma de uma biblioteca localizada no campus da USP. Há livros, mapas e imagens em domínio público.

Biblioteca Digital de Obras Raras – reúne e disponibiliza a íntegra digitalizada de livros considerados raros (levando em conta o valor histórico, a antiguidade e a não existência de outras impressões ou edições), e que estão localizados nas unidades da Universidade de São Paulo.

Biblioteca Virtual de Literatura – a Biblioteca Virtual de Literatura é um veículo de divulgação e informação destinado a especialistas e pesquisadores, alunos e professores das diversas literaturas e também a leitores e usuários da rede em geral. Com especial atenção à Literatura Brasileira, a BVL ocupa-se ainda das demais literaturas em língua portuguesa e das literaturas latino-americanas e abrange todas as outras literaturas. A literatura dramática está incluída, vinculada às atividades que a levam à cena.

Literatura Digital UFSC – biblioteca de literaturas da língua portuguesa (fonte primária e gratuita de textos literários do Brasil e Portugal em versão integral).

Livros Raros do Mosteiro de São Bento da Bahia – projeto de restauração de livros raros dos séculos XVI, XVII, XVIII e XI digitalizados e disponibilizados.

Arquivo Público do Estado de São Paulo (Memória pública) – o Departamento de Preservação e Difusão de Acervo é responsável pela custódia da documentação permanente depositada no Arquivo Público do Estado. É sua responsabilidade preservar todos os documentos que estão sob sua guarda, constituindo-se como um serviço público aos cidadãos e fomentando o acesso aos documentos que integram uma parte da memória da sociedade sob responsabilidade do Estado. A este programa de ação permanente do Departamento denominamos Memória Pública. O Arquivo Público do Estado de São Paulo-APESP disponibiliza em seu Acervo Digitalizado manuscritos, álbuns, fotografias, periódicos, livros, jornais, revistas, mapas, entre outros. No caso de obras que não sejam de domínio público, a utilização é de responsabilidade exclusiva do usuário e depende da autorização expressa dos detentores dos direitos, ou na forma da Lei de Direito Autoral (Lei 9.610 de 16 de fevereiro de 1998).

Templo Cultural Delfos é um Repositório Digital de conteúdos culturais, educacionais, artísticos e científicos. Já é considerado por muitos uma das maiores referências biobibliográficas de autores literários de língua portuguesa.

Bibliomania – Livre à literatura e com mais de 2000 textos clássicos. Notas dos livros, biografia dos autores, sumários dos livros e obras de referência.

A França no Brasil – portal digital conjunto das bibliotecas nacionais da França e do Brasil com mapas, fotografias, textos impressos e desenhos sobre a relação entre a França e o Brasil desde o século XVI até o início do século XX.

Domínio Público (Biblioteca digital) – desenvolvida pelo Ministério da Educação (MEC), que disponibiliza gratuitamente textos, imagens, vídeos, áudios que estão livres de direitos autorais. Além de livros de autores da literatura brasileira e portuguesa, o sistema recupera publicações científicas da base de teses e dissertações da CAPES.

Biblioteca Digital do Supremo Tribunal Federal – Para os estudantes e profissionais da área de Direito, esta é uma ótima fonte de pesquisa para documentos, livros, artigos e outros arquivos de interesse para a área.

Biblioteca Digital e Sonora – Com acesso gratuito, mas exclusivo para pessoas com deficiência visual, reúne diversos materiais no formato digital para facilitar o acesso dessas pessoas aos conteúdos.

Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) – desenvolvida pelo IBICT – Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, objetiva integrar os sistemas de informação de teses e dissertações existentes no país, assim como disponibilizar gradativamente para consulta ou download, a produção nacional de teses e dissertações.

Banco de Teses da CAPES – visa facilitar o acesso a informações sobre teses e dissertações defendidas junto a programas de pós-graduação do país. Ele não dá acesso direto ao texto das monografias, mas apenas às informações sobre eles e a instituição de ensino onde estão depositadas. Mas acaba sendo uma mão na roda para encontrar dados sobre teses do país todo. Desenvolvido pela CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP – base de teses e dissertações da USP (Universidade de São Paulo), onde os textos podem ser acessados em texto integral. Ressalta-se que nem todas as teses e dissertações defendidas nas unidades das USP estão contidas neste banco, pois ele está sendo alimentado ao longo do tempo.

Biblioteca Digital da UNICAMP – disponibiliza milhares de documentos para download livre, entre teses, dissertações, artigos, entre outros tipos de trabalhos produzidos pelos alunos e pesquisadores da Unicamp.

Biblioteca Digital de Ciências da Unicamp – disponibiliza livremente softwares, imagens, teses, monografias e apostilas voltadas ao ensino de qualquer disciplina da área biológica. Também disponibiliza artigos publicados pela Revista Brasileira de Ensino de Bioquímica e Biologia Molecular. É desenvolvido pelo Laboratório de Tecnologia Educacional do Instituto de Biologia, da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp. Em português.

Biblioteca Digital da UNESP – acervo digital de teses, dissertações, artigos, livros e outros documentos publicados.

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG – disponibilização digital de teses, dissertações e textos acadêmicos.

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ – disponibiliza teses e dissertações, em texto completo, produzidas pelos mestrandos e doutorandos.

LUME – Repositório Digital, UFRGS – é o portal de acesso às coleções digitais produzidas no âmbito da Universidade e de outros documentos que, por sua área de abrangência e/ou pelo seu caráter histórico, é de interesse da Instituição centralizar sua preservação e difusão.

Biblioteca Digital da Escola de Música da UFRJ – obras raras dos séculos XVI ao XVIII, manuscritos autografados de alguns dos principais compositores brasileiros, documentos históricos, periódicos e iconografia.

Biblioteca de Fotografia – Instituto Moreira Salles: A Biblioteca de Fotografia do IMS Paulista é uma iniciativa única no Brasil. Com capacidade para abrigar 30 mil itens, visa a incentivar a pesquisa no campo fotográfico e a colaborar para a compreensão da fotografia nos seus mais diversos modos. Estão disponíveis cerca de 12 mil imagens para pesquisas online. Você pode realizar buscas, cadastrar-se para salvá-las ou enviar sua seleção de imagens, caso deseje utilizá-las. Na base de dados a visualização das imagens é de até 200% de ampliação. As alternativas de ação são busca livre; busca avançada; solicitação de uso de imagens e opções de visualização.

Mnemocine – o site Mnemocine disponibiliza em seu banco de dados: teses, dissertações, artigos e ensaios sobre Cinema Brasileiro.

Cinema Libre – filmes em domínio público disponíveis online em versões completas e legendadas.

Museu da Música de Mariana – o museu vem desenvolvendo projetos de conservação e difusão de seu acervo, reeditando obras raras de música religiosa dos séculos XVIII ao XX, além de outras ações na musicologia brasileira.

Banco de Conteúdos Culturais – além de assistir à íntegra de filmes das produtoras Atlântida e Vera Cruz, o internauta tem acesso a cartazes e fotos do cinema nacional e ao acervo da TV Tupi, com vídeos e roteiros da antiga emissora.

Instituto Memória Musical Brasileira – catálogo virtual com a discografia da música brasileira contando com mais de 80 mil discos cadastrados, sendo cerca de 577 mil fonogramas​, 91 mil artistas. É possível ouvir cerca 110 mil músicas e baixar 25 mil partituras da Banda do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro com arranjos completos para bandas e orquestras de sopro.

Museu de Arte Contemporânea da USP – cerca de oito mil obras, entre óleos, desenhos, gravuras, esculturas, objetos e trabalhos conceituais. São obras de artistas como Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Brecheret, Tarsila, Rego Monteiro, Portinari, Oiticica, De Chirico, Modigliani, Boccioni, Picasso e Chagall, entre outros.

Biblioteca Mário de Andrade – tesouros da Cidade de São Paulo.

Arquivo Publico do Estado de Minas Gerais – Sistema Integrado de Acesso do Arquivo Público Mineiro (SIAAPM) – no SIAAPM já estão disponíveis, para consulta, instrumentos de pesquisa, milhares de documentos (manuscritos, iconográficos, cartográficos, filmográficos), a coleção da centenária Revista do Arquivo Público Mineiro e milhares de fichas catalográficas dentro da Plataforma Hélio Gravatá, entre outros. Atualmente, cerca de 5,0% do acervo do APM está disponibilizado integralmente no SIAAPM.

Arquivo Público do Estado de São Paulo: Acervo Digitalizado – o Arquivo Público do Estado de São Paulo-APESP disponibiliza em seu Acervo Digitalizado manuscritos, álbuns, fotografias, periódicos, livros, jornais, revistas, mapas, entre outros. Veja também: O Guia do Acervo representa o mais abrangente instrumento de pesquisa da documentação do Arquivo Público do Estado.

O Latin American Microform Project (LAMP) do Center for Research Libraries (CRL) -digitalizou publicações emitidas pelo Poder Executivo do Governo do Brasil entre 1821 e 1993, e as mais antigas remetem até o fim do Império em 1889.

Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro (AGCRJ): Acervo-online – o acervo do AGCRJ é formado por documentos, catálogos, manuscritos, fotografias, gravuras, áudio, vídeo, livros, periódicos e afins. Disponíveis para pesquisa online.

Biblioteca Virtual de Direitos Humanos da USP – criada pela Comissão de Direitos Humanos da Universidade de São Paulo. Oferece acesso a materiais relativos à defesa e à promoção dos Direitos Humanos no Brasil. São abrangidos textos de Direitos Humanos elaborados, aprovados e proclamados pelos organismos internacionais e ratificados pelo governo brasileiro, todos em português.

Memória e resistência – o PROIN: Projeto Integrado Arquivo do Estado/ Universidade de São Paulo, uma extraordinária experiência pedagógica e científica que conseguiu conjugar dois objetivos: o resgate da memória política nacional e a formação de pesquisadores em nível de excelência. FUNDO DEOPS (Inventário do DEOPS).

Arquivos da Ditadura – durante os últimos trinta anos, Elio Gaspari reuniu documentos que serviram de base para a edição e a reedição de seus livros sobre o governo militar no Brasil. Entre bilhetes, despachos, discursos, manuscritos, diários de conversas travadas pela cúpula e telegramas do governo americano, seu arquivo pessoal reúne mais de 15 mil itens sobre a ditadura. São registros que se iniciam nos anos anteriores ao golpe de 1964 e seguem até os estertores do regime. Entre eles, há 10 mil provenientes do arquivo do general Golbery do Couto e Silva, como suas apreciações e análises conjunturais redigidas em três momentos distintos, de 1960 a 1968. Este site disponibiliza uma seleção desse rico material, parte dela presente também na versão em e-book dos quatro volumes da série sobre os “anos de chumbo. É a primeira vez que esses documentos ficam disponíveis para consulta na internet.

Documentos Revelados – espaço de referência histórica com disponibilização de acervos documentais do período da Ditadura.

Acervo Digital do Museu da Imigração do Estado de São Paulo – o projeto memória da Imigração integra, por meio de um banco de dados online, o acervo digital do Museu da Imigração e documentos pertencentes ao Arquivo Público do Estado de São Paulo. No total são mais de 250 mil imagens disponíveis para consulta e download gratuito, em uma ferramenta que revoluciona o acesso a fragmentos da história paulista e brasileira.

Portal do Professor – o portal, lançado em 2008 pelo Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia, tem como objetivo apoiar os processos de formação dos professores brasileiros e enriquecer a sua prática pedagógica. É um espaço público e pode ser acessado por todos os interessados.

Biblioteca Digital Paulo Freire – a biblioteca digital Paulo Freire (BDPF) tem por objetivo principal “disponibilizar pressupostos filosóficos, sociológicos e pedagógicos do pensamento freireano, para suportar ações educativas coletivas facilitadoras da inclusão dos sujeitos educacionais na sociedade da informação”.

Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira – o Dicionário Cravo Albin é dedicado à música popular do Brasil, desenvolvido inicialmente pela PUC-RJ e depois pelo Ministério da Cultura, através da Biblioteca Nacional. Apresenta como verbetes nomes de cantores, nomes de grupos e bandas, gêneros musicais e seus respectivos históricos, biografias e obras.

Biblioteca Digital das Artes do Espetáculo – Revistas “A Scena Muda” e “Cinearte” – disponibiliza a coleção digitalizada completa das duas primeiras revistas brasileiras dedicadas ao cinema: “A Scena Muda” e “Cinearte”, editadas na primeira metade do século 20. Projeto desenvolvido pela Biblioteca Jenny Klabin Segall do Museu Lasar Segall, em São Paulo.

Acervo Digital: Museu Afro Brasil – o Acervo do Museu Afro Brasil conserva mais de 5 mil obras que englobam diferentes áreas de múltiplos universos culturais africanos, indígenas e afro-brasileiro. Dividido por meio de Núcleos temáticos, o acervo procura abranger aspectos da arte, da religião afro-brasileira, do catolicismo popular, do trabalho, da escravidão, das festas populares, registrando assim, a trajetória histórica, artística e as importantes influências africanas na construção da sociedade brasileira.

Projeto Eliseu Visconti – o projeto Iniciou em 2005 com a construção do site oficial do pintor. O objetivo de preservar e divulgar a memória da vida e da obra do pintor Eliseu Visconti, além de organizar todo acervo documental sobre sua obra.

Projeto Ernesto Nazareth 150 anos – disponibiliza todo o acervo digital da obra e vida de Ernesto Nazareth – Realização Instituto Moreira Salles (IMS).

Acervo Digital Tom Jobim – o acervo de Tom Jobim foi organizado e digitalizado em 2001 com a criação do Instituto Antonio Carlos Jobim e conta com mais de 9.000 itens catalogados. É possível ouvir músicas, ver suas partituras, fotos, documentos, áudios e vídeos; além de textos sobre momentos marcantes de sua vida e frases de sua autoria.

Biblioteca Virtual em Saúde Fiocruz – disponibiliza literatura Científica; bases bibliográficas sobre (aleitamento materno, bioética e diplomacia em saúde, doenças infecciosas e parasitárias, educação profissional em saúde, história e patrimônio cultural da saúde, integralidade em saúde, saúde pública, Sergio Arouca, violência e saúde); Teses e Dissertações em Saúde Pública; Teses Fiocruz; Acervos Bibliográficos (Aggeu Magalhães, Saúde Pública, Casa de Oswaldo Cruz, Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana, Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli, Centro de Pesquisas René Rachou, Farmanguinhos, Gonçalo Moniz); Catálogo de Revistas (saúde pública, Aggeu Magalhães, casa de Oswaldo Cruz, Gonçalo Moniz).

Biblioteca Virtual em Saúde – Saúde Pública Brasil – a BVS-SP Brasil inclui, além dos serviços tradicionais de acesso à literatura científica, listas de discussão, acesso à legislação estadual e municipal, modelos de ação, notícias e promoção de participação da comunidade. Também é o espaço para o desenvolvimento de um programa de capacitação de produtores, intermediários e usuários na operação da BVS-SP Brasil por meio de cursos presenciais ou conduzidos à distância pela Internet.

Biblioteca do IBGE – a Biblioteca do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE possui um vasto acervo de monografias, mapas, publicações, fotografias, cartazes e demais conteúdos relacionados à documentação territorial do Brasil, assim como a própria produção da instituição.

Biblioteca Interativa do SEBRAE – espaço aberto à construção e compartilhamento do conhecimento, que visa contribuir para o contínuo aprendizado do empreendedorismo, auxiliando o desenvolvimento e o fortalecimento dos pequenos negócios. Desenvolvido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Há muitos textos e cartilhas que explicam detalhes dos vários tipos de negócios e fornecem dicas importantes para o empreendedor.

Banco de Imagens do Estado de São Paulo – banco de fotos, em alta resolução, dos municípios paulistas que tem o objetivo de facilitar a pesquisa sobre os pontos turísticos do Estado. São mais de 3 mil fotos gratuitas de mais de 300 municípios. Foi idealizada pela Federação de Convention & Vistitors Bureaux do Estado de São Paulo, em conjunto com o Governo do Estado de São Paulo e a EMBRATUR. Também está disponível em inglês, espanhol e francês.

Biblioteca Virtual do Estado de São Paulo – a Biblioteca Virtual disponibiliza a base de dados programas e projetos sociais. Nessa base, você pode fazer uma busca pelas informações referentes às ações e programas sociais mantidos pelas Secretarias e outros órgãos vinculados diretamente ao Governo do Estado de São Paulo.

Scielo – livraria online de artigos científicos brasileiros.

LP´s Brasil: acervo de vinis – o Blog é dedicado à divulgação da Música Brasileira Bossa Nova, MPB e Rock.

VISITE TAMBÉM

:: Bibliotecas tesouros da humanidade (as mais belas bibliotecas pelo mundo). Acesse AQUI!

:: Memória do Mundo: Museus e Arquivos. Acesse AQUI!

:: Música brasileira: o choro e seus chorões. Acesse AQUI!

:: Música brasileira: documentários para assistir e estudar. Acesse AQUI!

:: Música tradicional – folguedos e danças populares: o nosso patrimônio imaterial. Acesse AQUI!

:: Patrimônio cultural imaterial brasileiro. Acesse AQUI!

Abandono da criança pelo celular e afins

Fonte: http://labedu.org.br/conecte-se-ao-que-importa-contra-o-abandono-virtual/


"Conecte-se ao que importa: contra o abandono virtual"

22 de novembro de 2017..

Campanha visa alertar as famílias sobre a pouca atenção dada às crianças frente ao uso excessivo que os pais fazem das tecnologias.

Você já parou para pensar que crianças – e não poucas! – se sentem “trocadas” pelos celulares? É isso mesmo! A partir de um estudo que indicou que 87% das crianças brasileiras se sentem substituídas por um celular, o Conselho Regional de Medicina do Paraná, por meio do Programa “Dedica” – Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente-, criou a campanha intitulada “Conecte-se ao que importa”.

A ideia da campanha é alertar sobre o que denominam de violência virtual: o uso excessivo dos celulares, inclusive no ambiente doméstico, desviando os olhares dos pais, reduzindo significativamente a interação com as crianças e o tempo que poderia ser dedicado a elas. 
Segundo Luiz Ernesto Pujol, presidente do CRM-PR e também um dos idealizadores da campanha, cada vez mais tem-se identificado “aspectos de negligência na atenção familiar às crianças e adolescentes em decorrência do uso abusivo dos meios eletrônicos no dia a dia, determinando um verdadeiro abandono no relacionamento interpessoal”.

Se a grande preocupação dos pais é o tempo que passam fora de casa, longe dos filhos, é preciso que se lembrem de que estar dentro dela não basta! O desejável não é apenas a presença física, mas as possibilidades amplas e fundamentais de interação que podem ser estabelecidas com os filhos: brincar juntos, conversar, estar atento à criança (a seus gestos, falas, atitudes), compartilhar a leitura de um livro… Esses são momentos que têm sido reduzidos, pois “estar em casa” nem sempre representa estar disponível para essas interações.

Os médicos paranaenses que fundaram a campanha destacam, ainda, que novas doenças têm sido identificadas e estão diretamente relacionadas ao uso intenso das tecnologias: “Da necessidade do uso, parte-se para os vícios e hoje se tem a Síndrome de Nomofobia ‑ ou No Mobyle Phobia ‑ em pessoas de todas as idades e profissões, inclusive da área médica, que não conseguem passar algumas horas longe de seus aparelhos celulares. Ao mesmo tempo, surgem os adictos à internet, com sinais de dependência que os retiram da vida comum, bem como síndromes de isolamento com o humano, sendo exemplo a síndrome do celibato, quando adolescentes e adultos preferem o relacionamento com parceiros virtuais, criados aos seus gostos e desvios psíquicos” (relato da coordenadora do Programa Dedica, Luci Pfeiffer).
O programa pretende ir ainda mais longe, lançando uma segunda campanha para discutir o uso das tecnologias pelas próprias crianças e os impactos negativos que isso traz ao desenvolvimento infantil quando ocorre de modo excessivo.
As peças criadas para a campanha atual chamam a atenção para o que tem sido perdido quando os olhares adultos estão centrados nas telas e o que se pode ganhar na relação com as crianças e adolescentes quando isso muda. Vale conferir algumas das peças e refletir sobre o tempo que efetivamente destinamos a estar e a interagir com nossos filhos.

Para saber mais sobre a campanha acesse: “Conecte-se ao que importa

p://labedu.org.br/conecte-se-ao-que-importa-contra-o-abandono-virtual/ p://labedu.org.br/conecte-se-ao-que-importa-contra-o-abandono-virtual/

Sobrecarga de atividade na infância - Dr. Daniel Becker


Fonte: http://www.revistaprosaversoearte.com/infancia-nao-e-fase-de-construir-curriculo-alerta- daniel-becker-pediatra-e-pesquisador-da-ufrj/

Infância não é fase de construir currículo’ alerta Daniel Becker, pediatra e pesquisador da UFRJ

É cada vez mais comum ver crianças precisando lidar com agendas atribuladas, preenchidas com aulas de idioma, música, reforço, teatro, esportes.
Para o pediatra Daniel Becker, pesquisador do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro e um dos criadores do programa Saúde da Família, essa visão curricular sobre as atividades nas quais a criança precisa se envolver pode acabar fazendo com que ela desenvolva comportamentos de competitividade e individualismo.

O especialista defende que, na infância, a prioridade deve ser o livre brincar, atividade que não pode ser repetida em outra etapa da vida e que é capaz de estimular uma série de competências humanas que nenhuma sala de aula poderá ensinar.

Becker concedeu entrevista a EXAME* sobre a importância de cultivar a saúde desde os primeiros anos de vida durante o VII Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância, em Fortaleza.

Muitos pais acreditam que deixar ao criança ocupada com atividades que compõem um currículo estão auxiliando na educação. Por que o senhor critica essa prática?

Nós vivemos uma cultura de excesso de valorização da aprendizagem com adultos, é um paradigma da escola do desenvolvimento. Como se o desenvolvimento de uma criança só se desse na sua interação com adultos, em aulas, supervisões, atividades programadas e estruturadas.

Quando, na verdade, isso só provê essa criança de um tipo de ganho, um tipo de inteligência. Essa educação bancária – em que um domina o conhecimento e outro está ali para receber – é cada vez mais reconhecida como um modelo que tem muitas limitações.

As nossas crianças brincam para serem adultas, por essa crença dos pais de que elas se tornarão mais prontas para o mercado. Brincando a criança aprende coisas que ninguém mais pode ensinar a ela.Uma criança que brinca no parque com amigos vai aprender a negociar, interagir, ter empatia, ouvir o outro, se fazer ouvir, avaliar riscos, resolver problemas, desenvolver coragem, autorregulação, auto estímulo, criatividade, imaginação… Uma série de habilidades que nenhuma aula vai oferecer para ela.E elas são muito mais importantes para um adulto bem-sucedido do que uma aula de Kumon ou violino. Não que precisemos desvalorizar a importância de matricular nossos filhos em algumas atividades, mas é importante nunca esquecer que brincando livremente na natureza a criança está aprendendo.

Existe algum risco de essas crianças se tornarem adultos mais improdutivos ou com alguma deficiência?

Há algumas pesquisas que já estão avaliando que as crianças da geração Y, os millennials, que foram superprotegidas e foram vítimas desse excesso de escolarização, estão se tornando adultos narcisistas, incapazes de lidar com a frustração e com o conflito, tendem a fugir das intempéries…

Começamos a ter alguns indícios disso. São efeitos previsíveis. Uma criança que enfrenta a realidade com o pai e a mãe se interpondo entre ela e o problema não vai aprender a resolver sozinha. Nem com o professor ensinando a ela alguma disciplina.

Ela tem que cair e ralar o joelho. Porque a vida dói, a realidade dói. Mas passa. E, no dia seguinte, o machucado ganhou uma casquinha, o corpo está reagindo e fazendo alguma coisa.

Daqui a pouco, aquela marquinha sumiu e o joelho voltou ao normal. Olha tudo o que ela aprendeu ali sobre enfrentar a dor, sobre saber que essa dor passa e que o corpo funciona e se regenera. Que aula vai oferecer a ela essa experiência?

O senhor ressaltou, em sua palestra, que investir num pleno desenvolvimento na primeira infância ajuda a reduzir os custos futuros com saúde. Por quê?

Porque as crianças se tornarão adultos mais capacitados, mais saudáveis, que poderão fazer melhores escolhas e desenvolver bons hábitos, vão ter um melhor emprego e conseguir condições de vida melhores… E são essas as condições de vida determinantes de uma saúde melhor no longo prazo.

Com melhores hábitos nutricionais, as doenças que mais matam atualmente têm maior chance de serem evitadas lá na frente, como diabetes, obesidade, hipertensão. É na primeira infância que a prevenção dessas doenças começa. Investir na capacitação familiar, em pré-natal e incentivo ao aleitamento materno, que ajuda a reforçar as defesas do organismo, é muito eficiente em termos de investimento em saúde pública.

O senhor também falou que a primeira infância ajuda os gestores públicos a superar o dilema da busca por equidade e por eficiência, que normalmente são vistas como inconciliáveis. Como?

É uma dualidade clássica do político, que quer ter resultados daqui a quatro anos, quando ele estiver se reelegendo. Para o gestor público, investir dinheiro na redução da pobreza muitas vezes é muito custoso e tem pouco resultado.

E ele consegue ser eficiente com esse recurso, porque a estrutura dessas pessoas já é muito viciada por opressão e baixo desenvolvimento. O investimento na primeira infância supera essa dualidade.

Investir nesse momento da vida ajuda a promover redução da pobreza em médio e longo prazos, com uma eficiência muito grande dos recursos, porque investir precocemente é o que traz mais resultados. No curto prazo também funciona, porque esse gestor vai contar com famílias mais felizes e crianças rendendo mais na escola. É um caminho para a cidadania e para uma sociedade mais capacitada.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Agir com Inteligência emocional

Fonte: Resiliência Mag.com
http://www.resilienciamag.com/existe-um-juiz-chamado-tempo-que-coloca-cada-coisa-em-seu-lugar/




Existe um juiz chamado tempo que coloca cada coisa em seu lugar



Todos nós somos livres quanto a nossas atitudes, mas não estamos livres das consequências. Um gesto, uma palavra ou uma atitude ruim causam sempre um impacto mais ou menos perceptível, e acredite se quiser, o tempo é um juiz muito sábio. Apesar de não emitir sentença imediatamente, sempre costuma dar a razão para quem realmente a tem.

O célebre psicólogo e pesquisador Howard Gardner, por exemplo, nos surpreendeu recentemente com um dos seus raciocínios. “Uma pessoa ruim nunca chegará a ser um bom profissional”. Para o “pai das inteligências múltiplas” alguém unicamente guiado pelo interesse próprio nunca alcança a excelência, e esta é uma realidade que também costuma se revelar no espelho do tempo.

Cada um colhe o que planta, e mesmo que muitos sejam livres quanto às suas atitudes, não são livres das suas consequências, porque cedo ou tarde este juiz chamado tempo dará a razão para aquele que a tem.

É importante considerar que aspectos tão comuns quanto um tom de voz depreciativo ou o uso excessivo de zombarias e ironias na linguagem costumam trazer sérias consequências para o mundo afetivo e pessoal das vítimas que as recebem. Não ser capaz de assumir a responsabilidade de tais atitudes corresponde à falta de maturidade que, cedo ou tarde, trará consequências.


Convidamos você a refletir sobre isso.


O tempo, esse juiz tão sábio

Vejamos um exemplo: imaginemos um pai educando seus filhos com severidade e falta de afeto.Sabemos que esse estilo de criação e educação trará consequências, contudo, o pior é que o pai com essas atitudes procura oferecer pessoas fortes e com um certo estilo de conduta para o mundo. No entanto, o que provavelmente conseguirá é uma coisa muito diferente do que pretendia: infelicidade, medo e baixa autoestima.


Com o tempo, essas crianças transformadas em adultos darão a sua sentença: se afastarão ou evitarão esse pai, o que talvez essa pessoa não consiga entender. O motivo disso é que muitas vezes quem machuca “não se sente responsável pelas suas atitudes”, carece de uma boa intimidade emocional e prefere usar a culpa (meus filhos são mal-agradecidos, meus filhos não gostam de mim).


Um jeito básico e fundamental de pensar é que todo gesto, por menor que seja, tem consequências. É fazer uso do que se conhece como “responsabilidade plena”. Ser responsável não significa apenas assumir a culpa das nossas ações, é entender que temos uma capacidade de resposta obrigatória para com os outros, que a maturidade humana começa nos tornando responsáveis por cada uma das palavras, gestos ou pensamentos que geramos para propiciar nosso próprio bem-estar e o dos outros.


A responsabilidade, um gesto de coragem


Entender que a solidão de agora é consequência de uma má atitude no passado é, sem dúvida, um bom passo para descobrir que todos estamos unidos por um fio muito fino onde um movimento negativo ou irruptivo traz como consequência um nó ou a ruptura desse fio. Desse vínculo.


Procure que os seus gestos falem mais que as suas palavras, que a sua responsabilidade seja o reflexo da sua alma; para isso, procure sempre ter bons pensamentos. Então, certamente o tempo o tratará como merece.


É preciso considerar que somos “proprietários” de boa parte das nossas circunstâncias de vida, e que um jeito de propiciar nosso próprio bem-estar e o daqueles que nos rodeiam é por meio da responsabilidade pessoal: um grande gesto de coragem que convidamos você a colocar em prática através destes princípios simples.



Dicas para ganhar consciência da própria responsabilidade


O primeiro passo para ganhar consciência da “responsabilidade plena” é abandonar nossas próprias ilhas de reconhecimento nas quais focamos grande parte do que acontece no exterior com base em nossas próprias necessidades. Por isso, esta série de princípios também são indicados para as crianças. Usando-os poderemos ensiná-las que suas atitudes tem consequências.
O que você pensa, o que você expressa, o que você faz, o que você cala. Todo o nosso ser gera um tipo de linguagem e um impacto nos outros, a ponto de criar uma emoção positiva ou negativa. É preciso ser capaz de intuir e, principalmente, de empatizar com quem está à nossa volta.
Antecipe as consequências das suas atitudes: seja seu próprio juiz. Com esta dica não estamos nos referindo a cair em um “autocontrole” que nos leve a ser nossos próprios carrascos antes de termos dito ou feito qualquer coisa. Trata-se apenas de tentar antecipar que impacto pode ter uma determinada atitude sobre os outros e, consequentemente, também sobre nós mesmos.
Ser responsável implica compreender que não somos totalmente “livres”. A pessoa que não vê limite algum nas suas atitudes, nos seus desejos e nas suas necessidades pratica essa libertinagem que, cedo ou tarde, também trará consequências. A frase tão conhecida “a minha liberdade termina onde a sua começa” adquire aqui todo o sentido. Contudo, também é interessante procurar propiciar a liberdade e o crescimento alheio, para assim alimentar um círculo de enriquecimento mútuo.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Mau humor dos pais prejudica desenvolvimento emocional dos filhos

Fonte: Portal Raízes
http://www.portalraizes.com/o-mau-humor-do-pai-prejudica/

Mau humor do pai prejudica o desenvolvimento emocional dos filhos
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nietzsche disse: “Aquele que não tem pai, deve procurar ser um”. O filósofo se referia ao fato de que os pais são tão importantes para o desenvolvimento dos filhos como são as mães. De fato, o amor e a rejeição de qualquer um dos pais podem afetar profundamente o equilíbrio emocional, a autoestima e a saúde mental de seus filhos.

Os estudos que consideram a ausência do pai descobrem problemas de adaptação dos filhos, assim como surgem comportamentos destrutivos e de riscos à medida que os filhos crescem. Óbvio que a presença e a compreensão do pai têm efeito contrário: facilitam a adaptação da criança e promovem um desenvolvimento psicológico saudável.
O estado mental do pai afeta diretamente seus filhos

Pesquisadores da Universidade de Michigan realizaram um estudo em que analisaram a importância dos pais na vida dos filhos. No curso da investigação, eles analisaram as informações de 730 famílias de todo o país. Estes psicólogos se concentraram em analisar os efeitos do estado emocional paterno com a consequente depressão e a ansiedade dos filhos. Assim, concluíram que estes problemas afetavam muito a relação dos pais com os filhos e, portanto, influíam diretamente no desenvolvimento deles.

Obviamente que se trata de um resultado previsível, algo assim como descobrir água quente próxima de um vulcão extinto. O mais interessante foi que o estado mental dos pais tinha implicações de longo prazo na vida de seus filhos. Sobretudo as relacionadas com as habilidades sociais como o autocontrole e a capacidade de trabalhar em equipe.

Por exemplo, foi verificado que quando os pais sofriam depressão durante os primeiros anos da vida de seus filhos, a depressão do pai podia afetar mais o desenvolvimento dos filhos do que a depressão ou a ansiedade materna. Nesse estudo também se comprovou que um nível elevado de estresse do pai, quando seus filhos têm de 2 a 3 anos, é particularmente danoso para o adiantamento cognitivo e da linguagem.

O mais curioso é que estes problemas surgiram independentemente da influência positiva que a mãe possa exercer. Entretanto, como se esperava, a influência dos pais foi mais evidente nos meninos do quem nas meninas. Provavelmente porque o filho se identifica mais com a figura paterna e, por isso, o seu comportamento é mais afetado.
Os danos provocam a ausência do amor paterno

Nos últimos anos, os psicólogos começaram a estudar mais profundamente o papel dos pais no desenvolvimento infantil. Assim, surgiram diferentes estudos que destacam a importância da figura paterna. Os psicólogos perceberam que quando as crianças que têm um pai que se envolve ativamente em sua educação, se mostram mais seguros para se descobrir e são mais estáveis emocionalmente à medida que crescem. Também apresentam um melhor desempenho acadêmico e desenvolvem maiores habilidades sociais.

Recentemente, alguns psicólogos da Universidade de Connecticut, analisaram os dados de 36 estudos que envolveram 10.000 pais e seus filhos e filhas. Estes pesquisadores queriam entender como um pai distante ou frio pode afetar o desenvolvimento de seus filhos. Os psicólogos descobriram que os filhos que se sentiam rejeitados por seus pais mostraram sinais de ansiedade e insegurança, assim como o comportamento mais agressivo e hostil.

Os resultados apresentados tornam claro de que os pais são tão importantes para o bem-estar psicológico de seus filhos como as mães, e que têm uma enorme responsabilidade no desenvolvimento cognitivo e emocional dos filhos.
Como melhorar o estado emocional dos pais?

A paternidade não é uma missão simples, sobretudo para os pais de “primeira viagem”. É normal que os pais, igual às mães, tenham seus medos, inseguranças e inquietações. A isto se soma o fato de que muitos pais se sentem obrigados a se mostrar fortes, e a ser o apoio emocional de suas parceiras, de modo que se sentem mais propensos a se sentirem emocionalmente mais sobrecarregados. Na verdade, esta situação os levam ao estresse elevado, situação em que será maléfica aos pequenos.
Como reconhecer os sinais de estresse

O primeiro problema é que muitos pais estão envolvidos em sua rotina diária e se sentem obrigados a ser o sustento e o chefe da família, que nem percebem que estão ansiosos e estressados. Por isso, o primeiro passo é reconhecer que está ansioso e estressado. Também é importante você perceber os detonadores do estresse antes que eles façam parte de sua vida diária. Se não puder eliminá-los, pelo menos minimize seu impacto.

Reserve um espaço para você

É importante que os pais tenham uma vida própria, além dos cuidados e da atenção que podem dar a seu filho. Para garantir este equilíbrio cuide-se para passar um tempo a sós com sua esposa, assim como de não abandonar completamente o seu hobby. Esse tempo vai lhe permitir relaxar e repor as suas energias. Lembre-se de que para cuidar bem de seu filho, primeiro deve se cuidar.
Expresse seus sentimentos à sua esposa

Falar sobre seus temores, suas preocupações e ansiedades lhe ajudará a se sentir melhor. Não há necessidade de esconder seus sentimentos e expectativas. Na verdade, é importante que sua parceira reconheça sua preocupação em ser um bom pai e dê valor aos sentimentos que permitam fortalecer os laços que os mantêm unidos.

Publicado originalmente em Rincón de la psicología – Tradução e adaptação livres: Portal Raízes. Os Direitos Autorais no Brasil são regulamentados pela Lei 9.610 . A violação destes direitos está prevista no artigo 184 do Código Penal. Este artigo pode ser publicado em outros sites, sem prévia autorização, desde que citando o autor e a fonte.

Fontes Pesquisadas:

Vallotton, C. et. Al. (2016) Child behavior problems: Mothers’ and fathers’ mental health matters today and tomorrow. Early Childhood Research Quarterly; 37: 81-93.

Khaleque, A. & Rohner, R. P. (2011) Transnational Relations Between Perceived Parental Acceptance and Personality Dispositions of Children and Adults: A Meta-Analytic Review. Personality and Social Psychology Review, 2011; 16 (2): 103-115.

Técnicas para interagir na leitura de histórias infantis

Fonte: Blog Como educar seus filhos                                                        http://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/2-tecnicas-para-aplicar-durante-a-leitura-em-voz-alta/ 

2 Técnicas para Aplicar Durante a Leitura em Voz Alta

Sabia que o estilo das interações verbais realizadas durante a leitura em voz alta, mais do que a freqüência de leitura, tem impacto positivo no desenvolvimento lingüístico das crianças? Melhore a interação verbal com seu filho durante a leitura em voz alta seguindo essas dicas.
No último vídeo, prometi fazer uma indicação de um livro e, além disso, passar algumas dicas para melhorar a qualidade de interação verbal ao longo da leitura em voz alta a fim de proporcionar às crianças a aquisição de algumas daquelas habilidades que mencionei nesse mesmo vídeo.
Vamos começar pela indicação: “A Árvore Generosa”. Compre esse livro, uma obra belíssima que você certamente não terá dificuldades para encontrar.

Quais são as dicas que reservei para que você melhore a interação verbal com seus filhos durante a leitura em voz alta? A primeira dica é: adote o estilo descritor. Como funciona? É algo muito simples: depois de ler a história de cabo a rabo, comece a ler e a descrever as ilustrações. Você vai auxiliar seu filho a aumentar o vocabulário. Suponhamos que você já tenha ouvido a história “A Árvore Generosa” e eu comece a ler: “Isso é um tronco. Como é o tronco? O tronco é grosso. Quem está subindo no tronco grosso da Árvore Generosa?” Assim você vai resgatando coisas da história, ou acrescentando outras palavras.

Outro estilo é o estilo orientado à performance e é algo muito simples. Ao fim da história, por meio de perguntas, convide a criança a chegar sozinha à conclusão. Você também pode levar a criança a estabelecer relações entre a conclusão da história e experiências vivenciadas por ela, pelos familiares ou amigos. Isso ajuda muito a criança não só na aquisição de vocabulário, mas também a se expressar, a realizar inferências e a adquirir habilidades centrais para a futura compreensão de textos.
Por exemplo, meu filho já conhece a história da Árvore Generosa de cabo a rabo. Já nomeei as ilustrações e cenas e atualmente estou no período em que exploro as conexões entre a conclusão da história e as experiências dele. A primeira conexão que estabeleci nessa história foi entre a generosidade da árvore e a generosidade da mãe dele. Não consegui ainda explorar todos os temas e fazer todas as conexões porque a história vai mostrar que o menino, depois, começará a se aproveitar da generosidade da árvore, mas meu filho ainda não entrou nessa fase. No futuro, porém, espero conseguir alimentar essas conexões. É um estilo de interação verbal muito interessante e rico para travar uma conversa com as crianças depois de ler alguma história.

Veja a importância dessas dicas. Nós falamos aqui sobre estilos de interação verbal durante a leitura em voz alta, certo? Mas você sabia que o estilo de leitura, mais do que a freqüência, tem impacto positivo no desenvolvimento lingüístico das crianças? Não basta apenas ler em voz alta para seus filhos, é preciso também adotar os estilos de leitura mais favoráveis para promover o aumento do vocabulário, da expressão verbal e, conseqüentemente, de uma boa compreensão textual no momento da alfabetização.

Criança inquieta? Não se concentra? Agitada?

Fonte: Blog Como educar seus filhos

http://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/por-que-meu-filho-e-tao-inquieto/

Por que Meu Filho é tão Inquieto?


Uma reclamação cada vez mais freqüente de pais e professores está relacionada à falta de concentração das crianças. Muitos pais relatam que o filho apresenta dificuldade de permanecer sentado, de controlar a impulsividade, de ouvir com atenção, de manter o foco visual. A criança martela a régua sobre o livro, rói o lápis, batuca com os pés no chão, fica “gangorrando” na cadeira. Como não consegue aquietar-se para receber o conteúdo transmitido ou para escutar o que seus pais têm a dizer, tem dificuldade de recordar o que foi dito ou ensinado e até de repetir as instruções mais simples. 

O diagnóstico parece evidente: a criança sofre de algum distúrbio do aprendizado. O leque de opções é vasto e não pára de crescer: transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), distúrbio do processamento sensorial, dislexia, disgrafia, e assim por diante. Parece não haver fim para a quantidade de transtornos do desenvolvimento identificados pelos especialistas nos últimos anos. E isso deveria nos deixar perplexos: afinal, o que está acontecendo com nossas crianças?

Um fato importante a ser observado é que, a cada geração, o aumento da exigência sobre o sucesso acadêmico de crianças cada vez menores tem sido acompanhado da progressiva redução do tempo dedicado às atividades corporais energéticas. É comum hoje em dia acreditar que o fator determinante para o aprendizado é o tempo que se passa sentado em sala de aula, estudando. A “aula de Educação Física”, espremida no currículo escolar entre as “matérias importantes”, é vista por muitos com uma certa desconfiança. O resultado disso é que o corpo das crianças nunca esteve tão despreparado para aprender: a criança precisa movimentar-se para ter condições de aprender melhor.

Pesquisadores nos Estados Unidos têm descoberto que muitas crianças em idade escolar apresentam problemas relacionados à postura, deficiências no sistema vestibular (equilíbrio e coordenação), falhas no desenvolvimento da musculatura do core (força nuclear corporal) e sobrecarga sensorial (excesso de estimulação visual, auditiva etc.), o que tem um impacto direto sobre o desenvolvimento cognitivo e, conseqüentemente, sobre o desempenho acadêmico.

Para piorar a situação, hoje é comum trocar o “brincar lá fora” por jogos de videogame ou exposição a monitores, e assim a criança permanece sentada por ainda mais tempo. Além disso, a excessiva exposição a monitores provoca sobrecarga sensorial, que pode desencadear na criança, dentre outros sintomas, irritabilidade, dificuldade de interação social, fotofobia, dificuldade de concentração, excessiva sensibilidade a barulhos ou a certos estímulos físicos (como o toque), tensão muscular, distração, problemas do sono e surtos de agressividade.

Dada essa situação, antes de buscar diagnósticos psiquiátricos, é importante investigar se seu filho está se exercitando na quantidade exigida por seu corpo, de modo a criar condições físicas adequadas ao desenvolvimento cognitivo. Duas horas de futebol por semana não são suficientes. As atividades precisam ser diárias – embora muito simples -, pois são tão necessárias ao desenvolvimento de seu filho quanto o alimento e o sono. 

Não é sem razão nossa insistência na prática de ginástica pelas crianças, bem como de atividades de normalização e de psicomotricidade.

Por isso, o “brincar lá fora” – correndo, subindo em árvores, brincando nas barras, rolando na grama ou na terra, pulando amarelinha, saltando, jogando queimada ou peteca etc. – é coisa muito séria. Habilidades motoras pouco desenvolvidas podem comprometer o desenvolvimento cognitivo e o aprendizado da criança.
Por isso, se você quer realmente ajudar seu filho a aprender, antes de sentá-lo numa cadeira e enchê-lo de folhas de atividades, deixe que ele se movimente! Confira estas dicas: elas podem lhe servir de inspiração.

Psicomotricidade - 10 brincadeiras por Dr. Ítalo Marsili

Fonte: Blog Como educar seus filhos

http://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/10-brincadeiras-simples-para-desacelerar-as-criancas-e-treinar-o-equilibrio/ 

10 Brincadeiras Simples para Desacelerar as Crianças – e Treinar o Equilíbrio





© 2015 Foto de Gill Connell usada com permissão

Por que criança adora fazer tudo rápido

Parece que num piscar de olhos a criança passa dos primeiros passos a aprender a correr. Às vezes, temos a impressão de que elas aprendem a correr antes mesmo de aprender a andar. É maravilhoso vê-las experimentando essa liberdade de movimentos.
Correr é bom e divertido, e essa é a principal razão por que “rápido” é o modo normal de funcionamento das crianças. Porém, essa não é a única razão.
A verdade é que, para os pequenos, “rápido” é mais fácil que “devagar”. É que, quando nosso corpo se move rápido, a física do impulso para frente encarrega-se do trabalho que deveria ser executado por nosso senso de equilíbrio. Quando nos movemos devagar, dependemos mais do equilíbrio para nos mantermos firmes, estáveis e de pé. O desafio para os pequenos está justamente aí.
A criança não nasce com o senso de equilíbrio formado. O equilíbrio é desenvolvido nos primeiros anos, por meio do processo normal de movimentação. Assim, quando a criança começa a andar ereta, o cérebro e o corpo trabalham em dobro, procurando manter o equilíbrio ao mesmo tempo em que coordenam movimentos complexos. Naturalmente, esse processo demanda alguma prática – na verdade, anos de prática – até aperfeiçoar o ato extremamente sofisticado de caminhar a passos lentos e controlados.


© 2015 Foto de Gill Connell usada com permissão

Por que é importante ir devagar

É perfeitamente normal e benéfico para as crianças movimentar-se com rapidez. Mas é importante, de vez em quando, tentar desacelerá-las. Ir rápido demais não permite ao cérebro tempo para pensar. Por outro lado, movimentar-se lentamente exige mais do cérebro, dando-lhe o tempo necessário para receber, analisar e guardar as informações sensoriais. Isso ajuda a construir o senso de equilíbrio do cérebro, ao mesmo tempo em que os movimentos tornam-se mais refinados. Quando isso acontece, a criança está no caminho certo para um controle mais deliberado de seu corpo, conseguindo até mesmo ir mais devagar.
Então, seu filho consegue desacelerar? Aqui vão 10 sugestões que testei em casa e fizeram as crianças diminuirem o ritmo.

Um-dó-lá-si e… Devagar!

1. DESAFIE SEU FILHO A ANDAR DEVAGAR.Os pequenos querem naturalmente agradar aos pais e mostrar tudo de que são capazes. Por isso, quando seu filho disparar a toda velocidade, desafie-o dizendo: “Puxa, você vai rápido mesmo! Mas será que consegue ir bem devagarinho, como uma tartaruga?”



© 2015 Foto de Gill Connell usada com permissão

2. MUDE O MOVIMENTO.Sempre que você modifica um movimento usual, a criança tende automaticamente a desacelerar. Por exemplo, na transição entre a hora do lance e a hora da história, você pode pedir a seu filho que ande de costas até o sofá (ou onde quer que vocês costumem ler histórias). Aqui vão outras sugestões: andar de lado, andar sobre uma linha no chão, andar com uma almofada sobre a cabeça etc.
3. TARTARUGA, TIGRE, ÁRVORE!Para desenvolver em seu filho o senso de autocontrole, experimente alternar as velocidades. Por exemplo, quando você disser “tartaruga”, ele deve andar muito, muito devagar. Quando disser “tigre”, ele deve andar bem rápido. E, quando você disser “árvore”, ele deve esticar seus “ramos” (braços) e ficar parado como uma árvore. No começo, emita os comandos em um ritmo previsível. Assim que seu filho pegar o jeito, mude para um ritmo mais aleatório. Não se esqueça de mudar a seqüência — assim eles terão de ouvir com atenção.
4. TREINANDO DESTREZA.Selecione atividades que exijam destreza e movimentos precisos. Por exemplo, engatinhar por um túnel sem tocar nas paredes, ou levar uma bolinha de pingue-pongue em uma colher de um lado ao outro do quintal ou da sala. (Aproveite as atividades de normalização sugeridas no blog para praticar.)
5. PASSOS DE GIGANTE.Quanto mais largas as passadas, mais lento o movimento. Peça a seu filho para andar pela sala ou pelo jardim usando passos de gigante. Depois que ele tiver andado um bocado, indique-lhe um trajeto e peça que ele conte quantos passos são necessários para percorrê-lo. Na volta, veja se ele consegue fazer o trajeto com ainda menos passos.
6. DOIS EM DOIS.Emparelhe duas crianças de costas uma para a outra, unidas pelas mãos. Desafie-as a cruzar a sala ou o jardim andando dessa maneira. Nem será necessário pedir: elas automaticamente se movimentarão mais devagar, como se combinassem os movimentos uma com a outra.


© 2015 Foto de Gill Connell usada com permissão

7. O ZOOLÓGICO SONOLENTO. Neste zoológico estão as criaturas mais lentas já vistas! Peça a seu filho para se mover como uma tartaruga sonolenta, um caracol, um caranguejo, uma preguiça, um elefante ou um rinoceronte… sonolentos. Pode até ser que ele invente um animal fantástico, o importante é que seja sonolento.
8. FALANDO DEVAGAR.Qualquer atividade realizada lentamente ajudará seu filho a regular seus movimentos. Falar devagar é uma maneira divertida de desenvolver a discriminação auditiva, combinando a pronúncia em voz alta de palavras e a prática do “modo lento”. Modele a fala lenta de seu filho e incentive-o a repetir as palavras e frases que você diz. Bata um papo com ele desta maneira. Vocês darão boas risadas. 
 
9. FALANDO E ANDANDO DEVAGAR.Uma vez que seu filho tiver praticado falar devagar, acrescente o desafio de um movimento para aumentar a diversão. Por exemplo, faça uma viagem de volta ao Zoológico Sonolento. Enquanto a criança se movimenta imitando seu animal sonolento preferido, ela poderá ir descrevendo seus movimentos falando devagar. “Eeeeestooooou annnndaaaannnndo coooomo uuuumaaaa taaaaartaaaruuugaaaa.”



© 2015 Foto de Gill Connell usada com permissão

10. MODO LENTO… ATIVAR! Em casa, ou ao ar livre, brinque de algo que seu filho goste, mas no “modo lento”. Um ótimo jogo para isso é “O mestre mandou”, mas a criança já precisa conhecer a brincadeira para que dê certo. No “modo lento”, a brincadeira ficará diferente, mais desafiadora e engraçada para as crianças.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Atividades para estimular dos 3 aos 5 anos/continuação

Fonte: Blog Como educar seus filhos

http://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/atividades-para-estimular-as-funcoes-executivas-dos-3-aos-5-anos/?utm_source=blog&utm_medium=text_blog&utm_campaign=memoria_flexibilidade_foco_funcoes_executivas&utm_content=atividades_estimular_funcoes_executivas_3a5_anos 

Atividades para Estimular as Funções Executivas dos 3 aos 5 anos




Este é o terceiro artigo da série sobre estimulação das funções executivas. Apresentaremos hoje atividades para crianças entre 3 e 5 anos.
Segundo estudos, nessa fase da infância as habilidades das funções executivas e de auto-regulação crescem em ritmo acelerado. Daí a importância de adaptar as atividades às habilidades de cada criança e reduzir gradativamente a ajuda prestada para que ela vá ganhando autonomia, conseguindo resolver cada vez mais problemas sozinha. As crianças mais novas precisarão de mais apoio para aprender e lembrar regras e padrões ao passo que as mais velhas conseguirão ser mais independentes.

BRINQUEDOS

Estimule as crianças a criarem seus próprios brinquedos
Desde muito pequenas, as crianças se divertem com os objetos que encontram pela casa. Por volta dos 3 anos elas já estão mais aptas a “transformar” os objetos, adaptando-os com o auxílio de um adulto, recortando, colando, pintando, etc.
Há vários materiais que se pode aproveitar para confeccionar brinquedos. Caixas de papelão convertem-se em carros, navios pirata, trens, aviões, castelos, casas, camas, fogões… Com galhos, pedrinhas, areia e terra, criam-se incríveis cenários para brincar com bonecos e animais de brinquedo. Rolos de papel alumínio viram lunetas, foguetes e torres de castelos. Lençóis e toalhas velhas amarrados a cadeiras, grades ou hastes transformam-se em lindas cabanas onde as crianças podem passar horas brincando ou ouvindo histórias.
Pega varetas
Este jogo já foi indicado aqui. Além de ser um bom treinamento para a coordenação motora fina, ele exercita as habilidades das funções executivas, é barato e tem regras muito simples.
Quebra-cabeça
Como já dissemos anteriormente, os quebra-cabeças ajudam a desenvolver a capacidade de resolver problemas com apenas uma solução possível, treinam a memória de curto prazo e as capacidades cognitivas de comparar, analisar e sintetizar.
Para crianças de 3 a 5 anos, o ideal é escolher um quebra-cabeça de 20 a 60 peças grandes ou médias. Se a criança tiver muita dificuldade, ajude-a dando dicas de como posicionar as peças. Quando montar um determinado quebra-cabeça já for uma tarefa fácil para o pequeno, providencie um novo, mais desafiador.

BRINCANDO COM A IMAGINAÇÃO

Quando uma criança brinca de bombeiro, de médico, de cozinheiro ou de professora, ela estabelece certas regras que orientarão sua conduta durante a encenação. Ao longo da brincadeira, ela busca seguir aquelas regras e inibe impulsos e atitudes que não se adequam ao papel desempenhado. Em geral, ela se inspira em adultos com que tem algum contato ou em personagens de livros, filmes ou desenhos.
Ela atua como o médico examinando um paciente, dando uma injeção, prescrevendo medicamentos… O “doutor” fala com a segurança de um doutor, o doente age e fala como um doente, com a voz fraca, denotando certo medo. A menina que embala a boneca diz que tem nos braços sua filha. Leva-a para passear no carrinho, troca suas fraldas, dá-lhe de comer. Para encarnar o papel de mãe, a menina imita a voz de sua própria mãe, seu linguajar e suas expressões faciais.
Embora crianças mais novas costumem brincar sozinhas, crianças com 3 anos ou mais já estão aprendendo a brincar com outras de maneira cooperativa, assim como a regular o comportamento delas. É comum vermos meninos de 4 ou 5 anos corrigindo colegas que desrespeitam as regras de uma brincadeira ou que infringem normas estipuladas pelos adultos.
Seguem algumas dicas de como promover brincadeiras imaginativas mais frutuosas:
Faça viagens para o campo, para a praia, para as montanhas e leia muitas histórias. Em geral, o repertório das crianças pequenas é limitado, restringindo-se ao que observam à sua volta. Os pais devem, portanto, ajudá-las a preencher as lacunas deixadas por uma experiência de vida restrita. Como fazê-lo? Nutrindo-lhes com imagens ricas, alimentando-lhes o imaginário.
Coloque seu filho em contato com as mais variadas belezas da natureza e com muitas situações e tipos de comportamento humano representados pela boa literatura e pela arte. Ele irá se maravilhar com tudo isso e não terá apenas um repertório maior para as brincadeiras; estará apurando o senso estético, a sensibilidade e a inteligência, e conhecendo e aprendendo a ler a realidade com os grandes autores e artistas e com o Autor do mundo.
Disponibilize materiais para as brincadeiras. Crianças pequenas podem precisar de “muletas” nas brincadeiras imaginativas, que as ajudarão a ingressar na fantasia: um quadro negro para brincar de professora, espadas e um chapéu para brincar de pirata, um pano para o doutor enfaixar o braço do paciente, uma bolsa para o carteiro levar as correspondências. Não há necessidade de comprar nada. Com o material que se tem em casa é possível inventar muita coisa! Reaproveitar objetos é uma ótima maneira de exercitar a flexibilidade cognitiva.

CONTANDO E ENCENANDO HISTÓRIAS

Além de manter a prática da leitura em voz alta – fundamental para a alimentação do imaginário, o aumento de vocabulário e o contato com estruturas frasais mais complexas -, estimule a criança a recontar histórias que ouviu, a criar e contar as suas próprias e a fazer encenações. As crianças adoram! As primeiras histórias criadas costumam ser um encadeamento de eventos com alguma relação entre si, mas sem uma estrutura mais ampla. Com a prática – associada à escuta freqüente de histórias -, elas irão desenvolver enredos mais complexos e organizados. Contando e recontando histórias, elas têm de armazenar e utilizar informações da memória de trabalho e usar a criatividade.
Incentive a criança a contar histórias para você. Escreva-as e leia-as posteriomente para ela. Ela também pode fazer desenhos ou pinturas a partir da história criada e criar seus próprios livros de histórias – obviamente, se se tratar de uma criança que ainda não escreve, você terá de escrever em seu lugar.
Crie histórias em grupo. Uma criança inicia contando uma história e as demais vão dando prosseguimento ao enredo. Para tanto, ela terá de prestar atenção ao que as outras pessoas dizem, esperar pela sua vez, refletir sobre possíveis reviravoltas e pensar em uma continuação para a história. É um desafio para a atenção, a memória de trabalho e o auto-controle.
Proponha a encenação de histórias. Escolha uma história de que a criança gosta muito, leia-a para ela e escreva no papel um resumo com as principais cenas em seqüência. Junto com a criança, crie figurinos e adereços para incrementar a encenação. Isso ajuda a criança a empolgar-se com a atividade e a envolver-se com a história.

CONTROLANDO O CORPO

Atividades físicas
Essa é uma ótima idade para as crianças começarem a brincar em balanços, gangorras e estruturas para escalada. Providencie também cordas, colchonetes, bolas, pneus, bambolês, traves de equilíbrio e construa circuitos que desafiem a criança a fazer movimentos como saltos, aterrissagens e rolamentos. Ao passar por essas atividades, elas precisam concentrar-se, monitorar e ajustar suas ações e persistir para alcançar o objetivo. Eles ainda as ajudarão a adquirir consciência corporal e noção espacial, o que abre caminho para um bom desempenho em leitura e escrita no futuro.
Normalização
Convide a criança a fazer a lição do silêncio e a realizar atividades de vida prática – como transvasar líquidos e sólidos, abotoar camisas, pegar objetos com a pinça, dobrar camisas, etc. Essas são formas muito eficazes de ensiná-la a controlar e neutralizar os movimentos do corpo conscientemente e a inibir movimentos dispersivos.
Brincadeiras com música
Jogos e brincadeiras envolvendo música, gestos e movimentos corporais estimulam as funções executivas, porque as crianças têm de se mover em um determinado ritmo e sincronizar palavras e ações com o andamento da música. Todas essas tarefas colaboram com o controle inibitório e a memória de trabalho. É importante que essas canções e jogos sejam cada vez mais complexos. Assim representarão sempre um desafio para as crianças e evitarão que percam o interesse.
Cante uma música em andamento muito rápido e depois em andamento muito devagar e proponha à criança que acompanhe o ritmo da música. É algo simples, mas exige que a criança esteja atenta aos comandos verbais e acelere e desacelere seus movimentos logo que os ouvir. A clássica dança das cadeiras e a brincadeira vivo-morto são outras formas de exercitar a atenção e o controle.
Gostou das dicas? Não perca as sugestões de atividades para crianças de 5 a 7 anos que publicaremos na semana que vem!