sexta-feira, 12 de julho de 2013

Mouse para PC - adapatação


A verdadeira igualdade de oportunidades está na possibilidade de adaptação do deficiente para realizar as mesmas funções do dito "normal", salvaguardando-lhe de fracassar na missão a qual  lhe foi proposta.

Cada pessoa é singular, traz consigo características únicas. Geralmente os serviços, objetos e mundo padronizados cabem razoavelmente ao usufruto da sociedade, porém são verdadeiros obstáculos aos PNEs (portadores de necessidades especiais).

Para  a  inclusão é imprescindível um olhar minucioso, cuidadoso e detalhado das necessidades dos grupos em questão. Eles não são minoria, e segundo o Censo Demográfico realizado pelo IBGE em abril de 2010, representam 23,9 por cento da população brasileira.

A seguir um exemplo de alteridade (característica de colocar-se no lugar do outro), um professor determinado a incluir sua aluna em suas propostas de aprendizagem desenvolveu um mouse adaptado e a fez vencer mais esse obstáculo.

Parabéns a ele que foi além de suas experiências anteriores e desbravou o inusitado, utilizou sucatas e criatividade, dando esperança a sua aluna PNE.

Venceu a aluna, o professor e todos alunos daquela turma, pois tiveram uma valiosa lição, a de que as barreiras são novas possibilidades de crescimento, nunca ao contrário.

Magda Cunha


Fonte:  UOL Educação

O professor de informática Jair Oliveira Junior, 34, da cidade paranaense de Nova Esperança (460 km de Curitiba), desenvolveu um mouse adaptado para que uma de suas alunas pudesse acompanhar melhor as aulas. Michelle Aparecida Peixoto, 27, teve paralisia infantil e apresentava dificuldades para usar o mouse tradicional. O custo do aparelho, feito com material reciclado, foi menos de R$ 50.

Há um ano e meio, o professor percebeu que a estudante tinha dificuldades para participar do curso técnico em administração e informática do Colégio Estadual São Vicente de Paula. Passados alguns meses, Oliveira decidiu pesquisar equipamentos de computação para deficientes e só encontrou peças caras.


Michelle Aparecida Peixoto, 27, teve paralisia infantil e apresentava dificuldades para usar o mouse tradicional no curso de informática
  •                                                                 Michelle Aparecida Peixoto, 27, teve paralisia ..
Emerson Dias/UOL

O professor Jair Oliveira Junior e o mouse que ele desenvolveu com material reciclado

Emerson Dias/UOL

"Nunca tinha trabalhado com pessoas como a Michele. Achei dispositivos adaptados, mas custava entre R$ 800 e R$ 1.000, valor alto demais para as condições do projeto. Falei que iria fazer um com as próprias mãos. O pessoal achou que era brincadeira, mas em três dias já estava criado o mouse", explicou Oliveira.

O professor, que faz mestrado em tecnologia da informação, detalhou o processo de criação do equipamento. Com peças velhas de impressoras do colégio, madeira doada por uma loja de móveis e pedais de máquina de costura de uma empresa do ramo, Oliveira juntou fios, roldanas e cabos em uma caixa. Os pedais funcionam como botões direito e esquerdo. "Achei a ideia muito legal. Descobri que não era eu, mas a máquina que não estava preparada para mim", disse Michele, agora animada com o mundo da informática.

Com o diploma do curso técnico conquistado no mês de junho, a estudante pretende fazer vestibular na UEM (Universidade Estadual de Maringá). "Moro com minha irmã de 17 anos e minha mãe, que não pode trabalhar porque precisa cuidar de mim. Quero fazer uma faculdade fora de Nova Esperança e ajudar as duas", planeja. A família vive apenas da pensão concedida pelo Governo Federal.

O professor conta que ficou satisfeito com o resultado e segue preparando mais uma invenção: um teclado adaptado. "Já estou montando o equipamento com base em acrílico. Tudo tem que ser de material barato. Tem que ser acessível pra quem precisar usar", afirmou Oliveira, que não pretende patentear os equipamentos: "Quero que o pessoal copie, que melhore a ideia. Precisamos mesmo é ajudar mais pessoas".

terça-feira, 9 de julho de 2013

Síndrome de Tourette


Fragmento do Artigo ... Veja completo na fonte citada abaixo.


Fonte: Revista de Psiquiatria Clínica 

O objetivo deste trabalho é abordar, de forma abrangente, diversos aspectos da ST, incluindo a sua definição, a etiologia, o quadro clínico, a epidemiologia, o diagnóstico e o tratamento, bem como, alguns de seus aspectos neurobiológicos e associações de apoio a portadores de ST.

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A síndrome de Tourette (ST) é uma patologia de comprometimento psicossocial que acarreta alterações significativas na vida dos seus portadores e respectivos familiares. Este artigo aborda diversos aspectos relacionados a esta doença, incluindo etiologia, epidemiologia, aspectos neurobiológicos, quadro clínico, diagnóstico, patologias associadas e tratamento (clássico e alternativo). Neste trabalho, ainda comparamos a ST com outras doenças, envolvendo tiques e mencionamos as associações de apoio aos pacientes portadores de ST, que auxiliam no tratamento e na socialização do paciente afetado.

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A primeira descrição de um paciente com tiques e comportamentos, que caracterizam a ST, ocorreu em 1825, pelo médico francês Jean Marc Gaspard Itard, que diagnosticou a maldição dos tiques na Marquesa de Dampierre (Itard, 1825). Entretanto, somente em 1884, esta patologia recebeu o nome de síndrome de Gilles de la Tourette (ST), quando o aluno Gilles de la Tourette, no Hospital de la Salpêtrière, relatou a patologia como um distúrbio caracterizado por tiques múltiplos, incluindo o uso involuntário ou inapropriado de palavras obscenas (coprolalia) e a repetição involuntária de um som, palavra ou frase de outrem (ecolalia), baseado nos relatos do próprio Itard (Gilles de la Tourette, 1885ab).

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Nos   últimos  anos   a    incidência   de   casos   de   ST   vem
crescendo    em    todo    mundo,   provavelmente,    devido   à  
maior  disponibilidade  de  informações e conhecimento sobre 
esta  doença  pelas  equipes  de    saúde  que  a  diagnosticam
(Hounie e Petribú, 1999).



MAIS ...


Além  dessa excelente pesquisa da Revista de Psiquiatria Clínica  tem outros  materiais esclarecedores, da síndrome de Tourette, que indico a seguir:

- Filme  Primeiro da classe (Front of the class), que é baseado em fatos reais, retrata o cotidiano familiar, escolar e inserção no mercado de trabalho.


- Documentário HBO http://www.youtube.com/watch?v=ou-KVmw05R4, com relato de casos e suas interações sociais. Fonte Yotube.






Magda Cunha


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Síndrome de Asperger / Teste


De forma clara, objetiva e esclarecedora a fonte que pesquisei do Hospital Albert Eistein discorre sobre a síndrome de Asperger, seu diagnóstico,  tratamento multidisciplinar e cita outros TID (transtornos invasivos do desenvolvimento).

Ao término desse artigo cito o endereço da "Aspie-quiz" onde  podemos realizar um teste e participar de um estudo  sobre o  perfil  para a síndrome de Asperger.

Desta maneira colaboraremos para melhor compreensão e entendimento de suas características.

No final da pesquisa recebemos o resultado, é bem interessante.

Magda Cunha



Fonte:           Hospital Medicina Diagnóstica
Publicado:     14/02/2013
http://www.einstein.br/einstein-saude/pagina-einstein/Paginas/entendendo-a-sindrome-de-asperger.aspx         
         

Entendendo a síndrome de Asperger

     Crianças com dificuldade de sociabilização, linguagem rebuscada para a idade, atos motores repetitivos (tiques) e interesses muito intensos e limitados apenas por um ou poucos assuntos podem ser portadoras da síndrome de Asperger, transtorno do desenvolvimento que afeta principalmente indivíduos do sexo masculino. Suas causas são desconhecidas, mas, como se trata de um distúrbio congênito, há estudos em andamento que procuram estabelecer a relação com alguma desordem genética.
O primeiro trabalho sobre a síndrome foi feito pelo psiquiatra e pediatra austríaco Hans Asperger, mas permaneceu praticamente desconhecido. O reconhecimento internacional ocorreu somente em 1994, quando foi incluída pela primeira vez no DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), o manual de diagnóstico e estatísticas de transtornos mentais, organizado pela Associação Americana de Psquiatria. Por se tratar de uma patologia recentemente descrita, não existem dados confiáveis sobre a incidência.

     A partir de 2013, a síndrome de Asperger deixa de ter essa denominação e passa a ser classificada no DSM como uma forma branda de autismo – uma recomendação que deverá ser mundialmente adotada. Diferentemente do autismo clássico, porém, quem tem Asperger não apresenta comprometimento intelectual e retardo cognitivo. Por isso os primeiros sinais e sintomas do distúrbio costumam ser ignorados pelos pais, que os atribuem a características da personalidade da criança.

     "Muitos portadores da síndrome possuem, inclusive, QI acima dos índices normais. E o fato de terem habilidade verbal muito desenvolvida, com um vocabulário amplo, diversificado e rebuscado, reforça nos pais a ideia de que seus filhos são superdotados", diz Walkiria Boschetti, neuropsicóloga do Einstein. O foco exagerado sobre um assunto específico – como automóveis, aviões ou robôs, por exemplo – é outro sintoma característico da síndrome interpretado de forma inadequada pelos pais e familiares, que acabam incentivando a restrição de interesses dessas crianças, oferecendo apenas presentes relacionados ao tema.

Diagnóstico

     Os sinais e sintomas da síndrome de Asperger podem aparecer nos primeiros anos de vida da criança, mas raramente são valorizados pelos pais como algo negativo, especialmente se as manifestações forem leves. A grande maioria dos diagnósticos da síndrome de Asperger é feita a partir da fase escolar, quando a dificuldade de socialização, considerada a característica mais significativa do distúrbio, manifesta-se com maior intensidade, juntamente com o desinteresse por tudo que não se relacione com o hiperfoco de atenção. "O que efetivamente chama a atenção dos pais são os sintomas associados ao isolamento social, inadequação de comportamentos ou manifestações de ansiedade, depressão ou irritabilidade", diz Sandra Lie Ribeiro do Valle, neuropsicóloga do hospital.

     Usualmente, os primeiros relatos sobre os problemas observados são feitos ao pediatra, que poderá encaminhar a criança aos médicos especialistas para uma avaliação mais profunda e detalhada. Não existem exames laboratoriais ou de imagem destinados à confirmação do diagnóstico. "Hoje, o principal instrumento para essa finalidade são os testes aplicados por neuropsicólogos, que por meio de tarefas propostas à criança observam e avaliam aspectos cognitivos e comportamentais, como memória, atenção e habilidades sociais", diz o Dr. Fabio Sato, psiquiatra da infância e adolescência da Clínica de Especialidades Pediátricas do Einstein, instituição que aplica um extenso e detalhado protocolo para diagnóstico e tratamento dessa patologia. Segundo ele, o Brasil ainda carece de uma padronização na abordagem diagnóstica dessa patologia, uma vez que ferramentas como a AD (questionário utilizado em entrevistas com os pais) e a ADOS (questionário para entrevistas com as crianças) ainda não foram validadas aqui, embora o uso já esteja consagrado nos Estados Unidos e na Europa.

     Quem tem síndrome de Asperger tende a apresentar alterações nos testes de avaliação de reconhecimento de emoções e nos que analisam a capacidade de inferir o que os outros estão pensando. "São pessoas que têm extrema dificuldade em entender o que pensam e sentem aqueles que os cercam, a menos que essas emoções sejam explicitamente demonstradas e explicadas a eles. Também são inflexíveis, por isso prendem-se a regras e não conseguem agir com flexibilidade, conforme cada situação", explica Sandra Lie Ribeiro do Valle.


Tratamento multidisciplinar

     São envolvidos médicos, neuropsicólogos, psicopedagogos e fonoaudiólogos, uma vez que os indivíduos possuem alterações na fala (erros de prosódia, por exemplo, quando o indivíduo faz a transposição do acento tônico de uma sílaba para outra). "Basicamente, a terapia se baseia em transmitir as habilidades e recursos para as manifestações características, em especial a dificuldade no convívio social. Ele deve ser feita a longo prazo, já que se trata de um distúrbio crônico", explica Walkiria Boschetti. Medicamentos são utilizados apenas para tratar sintomas decorrentes dessas manifestações, como ansiedade, depressão e irritabilidade.

     Quem tem Asperger e chega à vida adulta sem diagnóstico ou tratamento adequados pode enfrentar sérias dificuldades de relacionamento na vida pessoal, escolar e profissional. "Além disso, trata-se de um risco para o desenvolvimento de outros problemas, como o transtorno bipolar", adverte o Dr. Fabio Sato. Portanto, quanto mais precoces e precisos forem o diagnóstico e o tratamento, maiores serão as chances de a criança com Asperger desenvolver comportamentos mais saudáveis, tornando-se mais sociáveis, flexíveis e independentes.




ASPIE - QUIZ

Recentemente tomei conhecimento dessa pesquisa, compartilho com vocês e espero que façam o mesmo com seus contatos.

http://www.rdos.net/br/

Magda Cunha