terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Medicação sob custódia ...

Prevenir  é  melhor que remediar, trocadilhos a  parte , remédio é prevenção!!!!!!!


Prezado(a)
Ouvidor(a) da Saúde do Município de São Paulo

Sinto informar-lhes que os números de acesso para comunicar-me com a "Ouvidoria da Saúde", 3361 4443 / 4445," atendimento", estão temporariamente fora de serviço.

Preciso com urgência de uma posição sobre como agir frente a um impasse na retirada do medicamento, "Sinvastatina 20mg", em posto de saúde ou compra na farmácia popular.

Desde agosto do ano de 2011 venho requerendo junto ao posto de saúde do Cambuci o medicamento acima, Sinvastatina 20mg, e aí começa minha saga.

Primeira etapa: a atendente da farmácia me entrega um formulário para que o médico preencha e só após sua entrega a medicação será liberada.

Frustrada e sem a medicação volto ao médico, que diz ter aviado a receita com o nome correto, carimbado, datado, assinado e que nada mais, pode o posto requerer dele, visto que é um documento, por lei autorizado e incontestável para liberação da medicação, sendo ele um profissional da saúde, devidamente habilitado.

Segunda etapa: Volto ao posto e ela diz que são condições impostas pela prefeitura de São Paulo e não regra do posto.

De volta ao consultório o médico contrariado preenche o formulário, carimba e assina.

Terceira etapa: Retorno ao posto e ao examinar o formulário a atendente não aceita porque está faltando campos a serem preenchidos.

Nem preciso dizer que o médico explodiu e se negou a preencher o outro formulário. Então sugeriu que adquirisse o remédio na farmácia popular.

Quarta etapa: Chegando a rede Droga Raia, tive outra surpresa, a receita aviada com nome Sinvastatina 20mg, não servia para a famácia popular, só se estivesse com outros nomes: Sinvastcor, Sinvascor ou Clinfar. Pois com o nome atual sairia R$ 30,00 ao invés de R$ 3,00.

Volto ao médico para trocar a receita, ele opta pelo primeiro nome da lista.

Chegando a farmácia o Sinvastcor está em falta. Desta vez quem explode sou eu.

A atendente diz que é exigência da prefeitura de São Paulo e não pode dar os outros similares, que preciso de nova receita.

Nem ouso a passar no mesmo médico para solicitar a troca do nome na receita, sinceramente eu já estava envergonhada.

Depois de três meses meu colesterol foi "pra lua", consigo tomar por trinta dias a medicação e ao retornar a farmácia é o Sinvascor que está em falta.

Eu me pergunto que tipo de palhaçada é essa??????????

Será que tem alguém orquestrando essa bagunça?????

É tão simples...

Eu preciso do medicamento, não do nome fantasia dele...ou seja lá como queiram chamar...

Não disponho de tempo para ir e vir a consultas, postos e farmácias sucessivamente.

Quinta etapa: Recorro ao 156 para fazer reclamação, e encaminham para o número de telefone da ouvidoria da sáude do município de São Paulo, e ele está foara de serviço.

Sexta etapa: Ligo novamente e me dão outro número fora de serviço, mas felizmente me passaram também esse email e o endereço da ouvidoria.

Sétima etapa: Tento por meio deste veículo uma solução.

Oitava etapa: Publico em redes sociais essa solicitação.

Aguardo solução.

Grata

Magda Helena Alves Cunha
Rg XXXXXXXX X



PS.: medicação sob custódia s.f. Lugar onde se guarda alguém ou alguma coisa. Ação de guardar;   

                                                        guarda. Fig. Proteção, guarda.

Um por todos, todos por um ...


Respeito às diferentes competências, habilidades e valorização do trabalho em equipe pesam  no desempenho  das  empresas


Fonte: Portal Educação, blogdosempreendedores.com.br
27 de fevereiro de 2012


Saiba como transformar seus funcionários em parceiros.

Todo mundo conhece a expressão “vestir a camisa”, mas ver essa atitude na prática nos empregados da sua empresa nem sempre é fácil.
Pequenos descontentamentos, cansaço, conflitos com colegas ou superiores podem ir “desengajando” a sua equipe do trabalho e da missão do seu negócio. Mas algumas práticas podem fazer seus funcionários sentirem-se parte da sua empresa de verdade e responsáveis pelos resultados que ela venha a produzir.
A equipe do Sebrae selecionou uma lista de pequenas ações que vão ajudar a gerar uma transformação na maneira que a sua equipe trabalha. Veja, na íntegra.

Doze dicas

Empresas de sucesso são feitas por pessoas vitoriosas. Quando a vitória é partilhada por todos, a motivação para novas conquistas pode ser redobrada.

Para conseguir isto, siga algumas dicas:

– Mantenha e segure o seu pessoal treinado e habituado na empresa. O custo de reposição de pessoas competentes é maior do que aumentar um pouco os dispêndios e conceder alguns benefícios.

– Em reuniões de confraternização com todo o pessoal, mostre reconhecimento de bons resultados obtidos. A premiação por objetivos atingidos é instrumento fundamental para a continuidade da motivação e entusiasmo de seu pessoal. Prêmios-surpresa ou sorteios dão bons resultados.

– Não cometa o erro de impor metas inatingíveis.

– Nas comissões ao pessoal de vendas, implante um sistema de remuneração em que parte dos ganhos seja oriunda da venda total da empresa ou das lojas (por exemplo, cada vendedor ganha sobre as vendas de outro, ainda que em proporção menor), criando um ambiente de cooperação sadio, evitando a sonegação de mercadorias entre as lojas.

– Mantenha comunicações abertas e integração sadia entre as lojas e filiais. Caso existam problemas, experimente fazer com que as notas de transferência sejam consideradas como vendas de uma loja para outra, atribuindo premiação para quem mais contribuir, ou faça com que os gerentes abram uma conta-corrente financeira, registrando a transferência e recebimento de mercadorias.

– Evite paternalismo. Não permita pactos entre vendedores e, às vezes, com o próprio gerente para “ajudar” um vendedor a atingir sua meta e depois dividir as comissões. Se isso ocorrer, a empresa estará pagando comissões e prêmios que não deveria, como no caso de o gerente efetuar toda a operação de venda e atribuí-la a um vendedor.

– Tenha a equipe na medida certa. Fique atento aos ganhos médios de seus vendedores e não aumente a equipe se não houver certeza de aumento de vendas reais. A equipe divide as vendas da loja pelo número de vendedores em atuação. Se você ultrapassar o número ideal para eles, haverá sabotagem e “pressão psicológica” sobre os recém-admitidos. Exemplo: um quinto vendedor absorverá aproximadamente 20% dos ganhos de cada um dos quatro vendedores já existentes.

– Torne transparente sua política salarial. Leis e Decretos devem ser entendidos, pois a falta de informação geralmente é formadora de boatos comumente negativos.

– Antecipe todo mês um pouco de aumento ao pessoal fixo em vez de seguir as leis dos dissídios não mensais para reposição de perdas salariais. O aumento de vendas nominais é um bom indicador para você reajustar salários e também para que todo o pessoal associe seus ganhos com o desempenho de vendas.

– Tenha uma organização simples, sem muitos níveis de mando. Use manuais de procedimentos o mínimo possível, optando por atitudes práticas. Muita informação só computador guarda. Vacine-se contra a burocracia.

– Comunique sistematicamente a toda a empresa as admissões e demissões ocorridas com as suas causas. Evite boatos inconvenientes.

– Decida e divulgue seu calendário e horários no início do ano quanto à escala de férias (individuais e coletivas), datas de inventários, dias e horários de compensações, escalas, folgas/prêmios, festas de confraternização, horários de Natal, Ano Novo, Páscoa e dias festivos e pagamento de 13º salário.

Democratizando a educação ...

Apoio os cursos  à distância, pois  democratizaram a  educação,   através  da superação  da  distância, tempo irregular, dificuldade de locomoção, etc...
Através deles existe mais uma opção  para transformaçao individual  e  crescimento  do  país.
Magda  Cunha
Fonte: Estadão.edu

No quadro de medalhas abaixo, enumeramos as instituições de ensino superior que tiveram a maior quantidade de cursos com bom desempenho no Enade.

Medalhas de ouro apontam as graduações com a nota máxima no exame, 5. Só a Ulbra chegou duas vezes ao topo do pódio, com o curso de Ciências Sociais nas modalidades bacharelado e licenciatura.
Medalhas de prata são notas 4 no Enade, e as de bronze, notas 3. Para montar este ranking, desconsideramos notas 1 ou 2 porque elas são insatisfatórias, de acordo com o Ministério da Educação.
CONFIRA O RANKING

Reajuste do piso salarial profesores

28/02/2012

Educação:Piso nacional dos professores de 2012 é definido em R$ 1.451

O valor do piso aumentou 22,22% em relação a 2011


O Ministério da Educação (MEC) definiu em R$ 1.451 o valor do piso nacional do magistério para 2012, um aumento de 22,22% em relação a 2011. Conforme determina a lei que criou o piso, o reajuste foi calculado com base no crescimento do valor mínimo por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) no mesmo período.

A Lei do Piso determina que nenhum professor pode receber menos do que o valor determinado por uma jornada de 40 horas semanais. Questionada na Justiça por governadores, a legislação foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado.

Entes federados argumentam que não têm recursos para pagar o valor estipulado pela lei. O dispositivo prevê que a União complemente o pagamento nesses casos, mas, desde 2008, nenhum estado ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim.

Em 2011, o piso foi R$1.187 e em 2010, R$ 1.024. Em 2009, primeiro ano da vigência da lei, o piso era R$ 950. Alguns governos estaduais e municipais criticam o critério de reajuste e defendem que o valor deveria ser corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), como ocorre com outras carreiras.

Na Câmara dos Deputados, tramita um projeto de lei que pretende alterar o parâmetro de correção do piso para a variação da inflação. A proposta não prosperou no Senado, mas na Câmara recebeu parecer positivo da Comissão de Finanças e Tributação. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) prepara uma paralisação nacional dos professores para os dias 14,15 e 16 de março com o objetivo de cobrar o cumprimento da Lei do Piso.
Fonte:Agência Brasil

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Personalidade do adolescente ...

Temperamentais. Impulsivos. Por que os adolescentes são assim? Da perspectiva da evolução, as marcas mais irritantes deles talvez sejam a chave do sucesso na vida adulta.

por David DobbsFonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL


Zehn Jugendlichen sitzen zusammen und halten die Daumen hoch.

Os adultos podem orientar os adolescentes como condutores, treinadores e animadores. Mas é preciso saber o momento de recuar, e permitir que o jovem faça o que tem de fazer

Cérebro adolescente

 Embora todos os pais tenham ideia de como são imprudentes os filhos adolescentes, às vezes é um choque quando conhecem os detalhes de tais comportamentos. Pouco tempo atrás, em uma bela manhã de maio, meu filho mais velho, então com 17 anos, ligou para me dizer que havia acabado de passar horas detido em uma delegacia de polícia. Ele fora surpreendido dirigindo a uma velocidade “um pouco além da permitida”. Perguntei-lhe o que significava “um pouco além”? Aí fiquei sabendo que esse produto dos meus genes e dos meus cuidados amorosos, o menino crescido de quem eu trocara as fraldas, que embalara no colo e ninara até que pegasse no sono, e depois conduzi aos trancos e barrancos até a beira da maturidade, estivera voando por uma autoestrada a 182 quilômetros por hora.

“Isso é bem mais que ‘um pouco’”, disse eu.
Ele concordou comigo. Não protestou quando falei que ele teria de pagar as multas com o seu próprio dinheiro, e talvez até um advogado. Nem sequer discutiu quando comentei que, naquela velocidade, se ocorresse algo inesperado – um cachorro na pista, o estouro de um pneu, um acesso de espirros –, ele teria poucas chances de sobreviver. Na verdade, era quase irritante aquela sua postura tão sensata. Com uma coisa, porém, ele não se conformava. Não gostou nada de que uma das intimações que recebeu tivesse sido por condução imprudente. “Bem”, perguntei zangado, vislumbrando afinal uma oportunidade de demonstrar toda minha fúria, “e como você chamaria isso?”

“Não é bem assim”, respondeu-me com calma. “‘Imprudente’ dá a impressão de que você não está atento. Mas eu estava. Foi de propósito que decidi fazer isso em plena luz do dia, em um trecho da estrada bem sinalizado e sem tráfego. Não foi apenas uma questão de meter o pé no acelerador. Tudo estava sob controle. Acho importante que você saiba. Talvez se sinta melhor.”

De fato, me senti melhor. O que me incomodou um pouco na hora, pois eu não conseguia explicar tal sentimento. Agora sei o que é.

Essa aventura em alta velocidade do meu filho tem a ver com uma questão há muito colocada por quem tem de entender e lidar com esse grupo de seres humanos a que chamamos de adolescentes: o que, afinal, ele pretendia com isso? Essa é uma pergunta recorrente para os pais. Já os cientistas costumam pôr a questão de forma menos emotiva, mas sem deixar de exprimir a mesma perplexidade: o que há de errado com esses jovens? Por que eles agem assim?

Ao longo da história, a maioria das respostas privilegiou as forças malignas que supostamente afetavam os adolescentes. Há 2 mil anos, Aristóteles concluiu que “os jovens são aquecidos pela natureza tal como os ébrios o são pelo vinho”. Um pastor em O Conto de Inverno, de Shakespeare, desejava “que não houvesse idade entre 16 e 23 anos ou que a mocidade dormisse todo esse tempo, que só é ocupado em engravidar as raparigas, aborrecer os velhos e provocar brigas”. O lamento desse pastor ecoa até mesmo em investigações científicas dos últimos 100 anos. Para G. Stanley Hall, que inaugurou, em 1904, os estudos formais dos adolescentes, eles passavam por uma fase de “tormenta e tensão”, que recapitulava etapas anteriores e primitivas da evolução social. Já Freud via a adolescência como uma expressão de excruciantes conflitos psicossexuais; e o psiquiatra Erik Erikson, como a mais tumultuada das crises de identidade pela qual passamos durante a vida. Ou seja, a adolescência sempre foi considerada um problema.

Tal concepção perdurou até o fim do século 20, quando novas técnicas de imageamento permitiram visualizar o cérebro adolescente de maneira detalhada para rastrear seu desenvolvimento físico e seus padrões de atividade. Com os novos instrumentos, tornou-se possível reformular a velha questão – o que há de errado com esses jovens? – e a resposta obtida surpreendeu quase todo mundo. O que se constatou foi que o nosso cérebro leva muito mais tempo para se desenvolver do que se imaginava. Essa descoberta possibilita tanto uma explicação simplista e pouco lisonjeira do comportamento irritante dos adolescentes como outra complexa e positiva.

A primeira série completa de imagens escaneadas do encéfalo jovem em desenvolvimento – um projeto dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês, os órgãos federais de pesquisa médica nos Estados Unidos), no qual foram estudados uma centena de jovens até a idade adulta durante os anos 1990 – revelou que o nosso cérebro passa por uma reorganização geral entre os 12 e os 25 anos de vida. Não é que, durante esse período, cresça muito. Quando a pessoa completa 6 anos, ele já tem 90% de seu tamanho final e, a partir daí, é o espessamento do crânio que responde pela maior parte do crescimento da cabeça. Porém, no decorrer da adolescência, o cérebro é submetido a uma extensa remodelação, semelhante à atualização do cabeamento em uma rede de computadores.

Fala e produção escrita

A criança que fala errado tem maior probabilidade de escrever errado, o que interferirá no processo de alfabetização

15/09/2011 15:47
Texto Analice Carmieletto
Educar
Foto: Dreamstime
Foto:
"Quando a pessoa lê uma palavra, fica mais fácil de ela falar a palavra corretamente"
Os pais têm, sempre, as melhores intenções no que diz respeito ao desenvolvimento dos seus filhos, porém, às vezes erram, mesmo sem querer. A questão da fala, por exemplo, é de suma importância no desenvolvimento infantil. Será que você está dando a devida atenção ao assunto? "A fala é o primeiro instrumento de comunicação do indivíduo, que vai permear todo seu processo de aprendizagem", explica a pedagoga Sônia Regina Villar Vieira.
E o problema da fala não deve ser subestimado. "Uma fala errada, que ao mesmo tempo é irresistivelmente engraçadinha, pode mascarar a dificuldade da criança em se comunicar adequadamente", alerta a fonoaudióloga Marta de Toledo Prioli.
Fontes:
  • Marta de Toledo Prioli, fonoaudióloga formada pela Puc-SP em 1981, especialista em motricidade oral. Atua em consultório e em assessoria escolar. Trabalha com o método Padovan.
  • Marta Elizabeth Santa e Sônia Regina Villar Vieira, pedagogas da Escola Estadual Professor Reynaldo Porchat - Ensino Fundamental - Ciclo I.
  • Daniela Pannutti, orientadora do 1º ano do Ensino Fundamental I, da Escola Vera Cruz.


Falar corretamente é condição essencial para o sucesso no aprendizado da escrita, isso porque a escrita é a relação entre um som de nossa língua (fonema) e um sinal gráfico (grafema). Por via de regra, cada fonema é representado por uma única letra; sendo assim, para representar o fonema /i/, usamos o grafema i.

Uma vez que, para escrever devemos relacionar um som com um sinal gráfico, se a produção desse som não for adequada (no caso de quem fala errado), essa relação, fundamental para a escrita, poderá ficar prejudicada.

 
Falar corretamente é condição essencial para o sucesso no aprendizado da escrita, isso porque a escrita é a relação entre um som de nossa língua (fonema) e um sinal gráfico (grafema). Por via de regra, cada fonema é representado por uma única letra; sendo assim, para representar o fonema /i/, usamos o grafema i. Uma vez que, para escrever devemos relacionar um som com um sinal gráfico, se a produção desse som não for adequada (no caso de quem fala errado), essa relação, fundamental para a escrita, poderá ficar prejudicada.
Escrevemos conforme falamos?
 
A tendência é de que escrevamos do mesmo modo que falamos, não só como articulamos as palavras, mas também conforme a sintaxe que utilizamos.

Em outras palavras, se eu falo "guspir", muito provavelmente vá escrever "guspir" (em vez de cuspir, forma correta).

Há casos até de surgirem sílabas inexistentes, como uma pessoa que fala e escreve "pomrena", quando queria dizer problema. Ocorre também um erro comum no processo de alfabetização, da troca de determinados fonemas na escrita, como o "f" pelo "v" e o "t" pelo "d", mesmo que a criança fale corretamente.

Mas claro que, num segundo momento, a leitura se torna amiga da fala. Quando a pessoa lê uma palavra, fica mais fácil de ela falar a palavra corretamente.
 
A tendência é de que escrevamos do mesmo modo que falamos, não só como articulamos as palavras, mas também conforme a sintaxe que utilizamos. Em outras palavras, se eu falo "guspir", muito provavelmente vá escrever "guspir" (em vez de cuspir, forma correta). Há casos até de surgirem sílabas inexistentes, como uma pessoa que fala e escreve "pomrena", quando queria dizer problema. Ocorre também um erro comum no processo de alfabetização, da troca de determinados fonemas na escrita, como o "f" pelo "v" e o "t" pelo "d", mesmo que a criança fale corretamente. Mas claro que, num segundo momento, a leitura se torna amiga da fala. Quando a pessoa lê uma palavra, fica mais fácil de ela falar a palavra corretamente.
Como ajudar seu filho a falar corretamente?
 
Uma dica simples e valiosa para os pais: ao conversar com seu filho, use vocabulário apropriado à idade, mas sempre fale corretamente. Nunca infantilize sua fala para imitar o modo de falar dos bebês, como "bincar" ao invés de brincar, "tetê" em vez de mamadeira, pois desta forma você estará incentivando a criança a persistir no erro.

Uma dica simples e valiosa para os pais: ao conversar com seu filho, use vocabulário apropriado à idade, mas sempre fale corretamente. Nunca infantilize sua fala para imitar o modo de falar dos bebês, como "bincar" ao invés de brincar, "tetê" em vez de mamadeira, pois desta forma você estará incentivando a criança a persistir no erro.
Há algum problema de aprendizado que possa ser detectado por meio da fala?
As alterações de fala que mais prejudicam o aprendizado da escrita são as de origem perceptiva: a criança, mesmo escutando perfeitamente bem, não percebe auditiva/cinestesicamente as características de um determinado som e por isso não consegue produzi-lo.

Há casos em que a criança fala errado, mas escreve corretamente; isso acontece quando a criança consegue perceber adequadamente o som, mas não consegue produzi-lo devido a uma incapacidade da musculatura oral.
 
As alterações de fala que mais prejudicam o aprendizado da escrita são as de origem perceptiva: a criança, mesmo escutando perfeitamente bem, não percebe auditiva/cinestesicamente as características de um determinado som e por isso não consegue produzi-lo. Há casos em que a criança fala errado, mas escreve corretamente; isso acontece quando a criança consegue perceber adequadamente o som, mas não consegue produzi-lo devido a uma incapacidade da musculatura oral.
A leitura pode ajudar a corrigir um problema de fala?
 
Sim. Segundo a orientadora Daniela Pannuti, sua experiência com o 1º ano (crianças entre 5 e 6 anos de idade) mostra que há vários níveis de dificuldade. Há casos em que a criança consegue superar eventuais dificuldades, como trocas de letras e omissões de fonemas no decorrer do trabalho de alfabetização, a partir das atividades propostas pelo professor para esta etapa.

Um exemplo disso é fazer uso de um repertório estável, que pode ser, por exemplo, a lista de nomes dos colegas de sala e as atividades de rotina, afixadas em sala de aula. Conforme se apropria desta lista e faz associações entre as sílabas da lista com outras palavras, consegue progressivamente corrigir seus erros de fala.
 
Sim. Segundo a orientadora Daniela Pannuti, sua experiência com o 1º ano (crianças entre 5 e 6 anos de idade) mostra que há vários níveis de dificuldade. Há casos em que a criança consegue superar eventuais dificuldades, como trocas de letras e omissões de fonemas no decorrer do trabalho de alfabetização, a partir das atividades propostas pelo professor para esta etapa. Um exemplo disso é fazer uso de um repertório estável, que pode ser, por exemplo, a lista de nomes dos colegas de sala e as atividades de rotina, afixadas em sala de aula. Conforme se apropria desta lista e faz associações entre as sílabas da lista com outras palavras, consegue progressivamente corrigir seus erros de fala.
É verdade que a alimentação também influencia na fala?
 
Sim! Pois a alimentação interfere no processo de fortalecimento da musculatura oral. É imprescindível que a criança consuma alimentos sólidos para fortalecer tais músculos, assim como o uso de mamadeiras e chupetas não deve ser prolongado, ainda que os bicos sejam ortodônticos.
 
Sim! Pois a alimentação interfere no processo de fortalecimento da musculatura oral. É imprescindível que a criança consuma alimentos sólidos para fortalecer tais músculos, assim como o uso de mamadeiras e chupetas não deve ser prolongado, ainda que os bicos sejam ortodônticos.
Qual o momento de procurar ajuda de um especialista?
 
Se seu filho já completou 4 anos e ainda fala errado, ele deve ser avaliado por um fonoaudiólogo. E, caso ele necessite de acompanhamento fonoaudiológico, é bom tentar providenciar pois isso evitará danos futuros no processo de alfabetização. Quem fala errado tem maior dificuldade em se fazer entender, gerando problemas de comunicação e de relacionamento. Diante disso, a criança pode reagir de forma agressiva ou introspectiva, mostrando-se insegura e com baixa auto-estima.

Contribuição da internet na educação ...

3 motivos pelos quais a Internet está mudando a Educação

Olá, pessoal!
Fizemos a tradução de um texto do site norte-americano Edudemic. O autor, Zach Ball, dialoga a respeito da importância da internet para o aprendizado nos dias de hoje. Confiram abaixo:

A Internet causou um enorme efeito sobre vários aspectos e interações da vida humana desde a sua criação. O mundo encolheu consideravelmente e a velocidade da vida aumentou dramaticamente. Mas é sobre a educação que ela tem proporcionado grandes mudanças. A internet está mudando a educação para o bem e para o bem de todos.

Democratizando a educação
A internet está levando educação para quase todos os cantos do planeta, sociabilizando, dessa forma, o conhecimento. O conteúdo nela presente está disponível independentemente da localização geográfica. Há menos abismos educacionais entre as pessoas de todo o mundo. Mesmo nos países em que não há tanta infraestrutura tecnológica e estabilidade política – estando estes ainda em desvantagem – a diferença está consideravelmente diminuindo. As barreiras linguísticas também representam um problema para a apresentação de conteúdo, mas elas só necessitam de um professor que saiba Inglês para traduzir o conteúdo para uma sala de aula com vários alunos. Isso significa que um único laptop e uma conexão de internet via satélite pode fornecer a uma sala de aula ou a uma comunidade acesso a qualquer conteúdo desejado.



Reduzindo custos
Uma vez que a infraestrutura tecnológica esteja implementada, o uso da internet significa redução de custos na educação. Educação online significa que um professor pode instruir inúmeros estudantes. O conhecimento pode ser transferido infinitamente ao longo do tempo e espaço. Nos países desenvolvidos, uma construção de alvenaria não é mais necessária para a educação. Os alunos podem aprender dentro de casa em seus próprios computadores. Isso economiza os custos de transporte para o aluno e os custos associados às instalações e manutenção para a escola. Isso significa que não há necessidade de se comprar uma propriedade e construir toda uma estrutura física. Não há custos de manutenção, pessoal, serviços públicos e assim por diante. Isso também leva a uma redução de materiais impressos e do desperdício.

Aprendendo melhor
A internet não só pode oferecer educação a mais pessoas e a um baixo custo como também pode oferecer melhor qualidade. Ensino baseado em palestras é a maneira menos eficaz das pessoas aprenderem novos conceitos. O aprendizado interativo é mais eficaz para a retenção de conteúdo do que as palestras. A internet traz oportunidades de interação e contato com conteúdos midiáticos. Softwares de treinamento podem proporcionar sessões interativas que fornecem feedback instantâneo para o aluno, para que possam avaliar o seu próprio progresso e aptidão. A aprendizagem online também pode fornecer a instrução que é mais conveniente ao aluno, tornando-o mais receptivo a determinados conteúdos. Quando o aluno pode escolher a hora e o local do aprendizado, é mais provável que ele esteja mais confortável e aberto ao conteúdo a ser aprendido.
Com todas essas mudanças acontecendo tão rápido, é difícil dizer até onde a internet vai levar a educação. O que é provável é que as mudanças pontuadas acima irão continuar a ocorrer, sendo ainda mais relevantes. Futuramente, a educação escolar e a formação profissional poderão ser completamente irreconhecíveis. Assim como a Internet continua a tornar a educação mais acessível, mais barata e melhor, o que nós podemos fazer é tentar manter esse padrão, com a certeza de que estamos tomando o melhor proveito desses avanços tecnológicos enquanto eles ocorrem.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Saúde em destaque



A Campanha da Faternidade 2012 visa à saúde integral. Há muito tempo, ela vem sendo considerada a principal preocupação e pauta reivindicatória da população brasileira, no campo das políticas públicas.

A Igreja deseja sensibilizar a todos sobre a dura realidade de irmãos e irmãs que não têm acesso à assistência de Saúde Pública condizente com suas necessidades e dignidade. A conversão pede que as estruturas de morte sejam transformadas.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove a Campanha da Fraternidade, desde o ano de 1964, como itinerário evangelizador para viver intensamente o tempo da quaresma.

A quaresma é o caminho que nos leva ao encontro do Crucificado-ressuscitado. Caminho, porque processo existencial, mudança de vida, transformação da pessoa que recebeu a graça de ser discípulo-missionário. A oração, o jejum e a esmola indicam o processo de abertura necessária para sermos tocados pela grandeza da vida nova que nasce da cruz e da ressurreição.
 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Inclusão digital

Escola não pode ficar à margem da evolução da tecnologia, diz ministro

Fonte: Ministério da Educação


Quinta-feira, 09 de fevereiro de 2012 - 13:16

 
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta quinta-feira, 9, que a velocidade tecnológica é muito maior do que a capacidade que a escola tem de processá-la. Apesar disso, segundo ele, a escola não pode ficar à margem da evolução tecnológica.

Na semana passada, o ministro anunciou que o Ministério da Educação vai investir, este ano, cerca de R$ 150 milhões na compra de 600 mil tablets para uso dos professores do ensino médio de escolas públicas federais, estaduais e municipais. A tecnologia, afirmou, vai ser tão mais eficiente quanto maiores forem os cuidados pedagógicos e quanto maior for o envolvimento dos professores no processo.

“Estamos definindo que, na educação, a inclusão digital começa pelo professor”, disse Mercadante. Para isso, o MEC já formou mais de 300 mil professores em tecnologias da comunicação e informação, em cursos de 360 horas. Além disso, o serviço de internet banda larga foi instalado em 52 mil escolas públicas urbanas.

Com a entrega de novas tecnologias da informação, professores e escolas públicas terão acesso, por meio dos tablets, a conteúdos educacionais colocados à disposição no Portal do Professor. São aproximadamente 15 mil aulas, criadas por educadores e aprovadas por um comitê editorial do MEC. Além disso, o ministério oferece o Banco de Objetos Educacionais e o Domínio Público, que entre outras obras dispõe da coleção Educadores. Na Fundação Lemann, são traduzidas aulas de matemática, física, biologia e química elaboradas pelo professor norte-americano Salman Khan, responsável por desenvolver material pedagógico com abordagens inovadoras.

Para o ministro, o mundo evolui em direção a uma sociedade do conhecimento, e a escola tem de acompanhar esse processo. “É muito importante que a gente construa uma estratégia sólida para que a escola possa formar e preparar essa nova geração para o uso de tecnologias da informação”, disse.

Interativo – O MEC também ampliará a distribuição do computador interativo, equipamento que reúne projetor, microfone, DVD, lousa e acesso à internet. Unidades desse computador já foram distribuídas nas escolas de ensino médio. No segundo semestre, chegarão os tablets, em modelos de sete ou dez polegadas, coloridos, com bateria para até seis horas, peso abaixo de 700 gramas, tela multitoque, câmera e microfone para trabalho multimídia, saída de vídeo e conteúdo pré-instalado, entre outras características.

Aos computadores serão integradas as lousas eletrônicas, compostas de caneta e receptor. Acopladas ao computador interativo, elas permitirão ao professor trabalhar o conteúdo disponível em uma parede ou quadro rígido, sem a necessidade de manuseio do teclado ou do computador.

Projeto-piloto – A entrega dos equipamentos digitais a professores e escolas integra o projeto Educação Digital – Política para Computadores Interativos e Tablets. Ele surgiu para oferecer instrumentos e formação aos professores e gestores das escolas públicas relativos ao uso intensivo das tecnologias de informação e comunicação (TICs) no processo de ensino e aprendizagem.

Entre 2008 e 2011, o MEC criou o projeto-piloto Um Computador por Aluno (UCA), com a aquisição de computadores portáteis para estudantes da rede pública. Essa compra fez parte do Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo Integrado), integrante da política nacional de tecnologia educacional do MEC, destinado a promover o uso pedagógico da informática na rede pública de ensino fundamental e médio, com a oferta de infraestrutura, capacitação e conteúdos educacionais.

Em 2008, em fase experimental, o projeto foi implementado em São Paulo, Porto Alegre, Brasília, Piraí (RJ) e Palmas. Em uma segunda fase, foram adquiridos 150 mil computadores para estudantes de 380 escolas da rede pública. A infraestrutura de acesso à internet sem fio foi instalada à medida que os computadores eram entregues. Posteriormente, professores receberam capacitação para uso do equipamento e da tecnologia no processo pedagógico escolar. Os municípios e estados ficaram responsáveis por dar continuidade ao projeto.

Em 2010, numa terceira etapa, o projeto–piloto evoluiu para o Programa Um Computador por Aluno (Prouca), com apoio do Regime Especial de Aquisição de Computadores para Uso Educacional (Recompe). A partir de então, estados e municípios puderam adquirir os equipamentos portáteis de empresa selecionada por edital. Ao todo, foram comprados 375 mil computadores por 372 municípios. A avaliação de equipes de pesquisadores de 27 instituições de ensino superior norteará a continuidade do programa.

Assessoria de Comunicação Social

A escola inclusiva no séc. XXI

Visitei e gostei muito desse post,  no blog de Ari Vieria, fiz um recorte, mas merece ser lido na íntegra.
Magda Cunha
http://arivieiracet.blogspot.com/2012/01/escola-inclusiva-do-seculo-xxi.html



A Escola Inclusiva do Século XXI
Marina da Silveira Rodrigues Almeida.


"Para entender é preciso esquecer quase tudo o que sabemos. A sabedoria precisa de esquecimento. Esquecer é livrar-se dos jeitos de ser que se sedimentaram em nós, e que nos levam a crer que as coisas têm de ser do jeito como são." Ruben Alves.

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A sociedade do terceiro milênio é uma sociedade em que não há mais espaço para a exclusão. A inclusão é um dos princípios fundamentais para a transformação humanizadora desta sociedade. É ainda muito difícil pensar que a educação tem seu movimento lento, porque exatamente seu objeto de intervenção é a criança, e sendo ser humano temos tempo para maturar tudo e isso leva anos. Qualquer que seja a transformação na educação ela é paulatina, mas isso não impede de construirmos atitudes e práticas em nosso cotidiano com o devido tempo e cuidado.

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Avançando nas Práticas Inclusivas.

De acordo com o Seminário Internacional do Consórcio da Deficiência e do Desenvolvimento (International Disability and Development Consortium - IDDC) sobre a Educação Inclusiva, realizado em março de 1998 em Angra, na Índia, um sistema educacional só pode ser considerado inclusivo quando abrange a definição ampla deste conceito, nos seguintes termos:

• Reconhece que todas as crianças podem aprender;

• Reconhece e respeita diferenças nas crianças: idade, sexo, etnia, língua, deficiência/inabilidade, classe social, estado de saúde (HIV, Tuberculose, Hemofilia, Hidrocefalia, ou qualquer outra condição);

• Permite que as estruturas, sistemas e metodologias de ensino atendam as necessidades de todas as crianças;

• Faz parte de uma estratégia mais abrangente de promover uma sociedade inclusiva;

• É um processo dinâmico que está em evolução constante;

• Não deve ser restrito ou limitado por salas de aula numerosas nem por falta de recursos materiais.

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Um acordo foi celebrado em 25 de agosto de 2006 em Nova Iorque, por diversos Estados em uma convenção preliminar das Nações Unidas sobre os direitos da pessoa com deficiência o qual realça, no artigo 24, a Educação Inclusiva como um direito de todos. O artigo foi substancialmente revisado e fortalecido durante as negociações que começaram há cinco anos. Em estágio avançado das negociações, a opção de educação especial (segregada do ensino regular) foi removida da convenção, e entre 14 e 25 de agosto de 2006, esforços perduraram até os últimos dias para remover um outro texto que poderia justificar a segregação de estudantes com deficiência. Após longas negociações, o objetivo da inclusão plena foi finalmente alcançado e a nova redação do parágrafo 2 do artigo 24 foi definida sem objeção.

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A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência é o primeiro tratado dos direitos humanos do Século XXI e é amplamente reconhecido como tendo uma participação da sociedade civil sem precedentes na história, particularmente de organizações de pessoas com deficiência.

Elementos significativos do artigo 24 da instrução do esboço:

• Nenhuma exclusão do sistema de ensino regular por motivo de deficiência;

• Acesso para estudantes com deficiência à educação inclusiva em suas comunidades locais;

• Acomodação razoável das exigências individuais;

• O suporte necessário dentro do sistema de ensino regular para possibilitar a aprendizagem, inclusive medidas eficazes de apoio individualizado.

Barreiras ao ensino Inclusivo.

• Atitudes negativas em relação à deficiência;

• Invisibilidade na comunidade das crianças com deficiência que não frequentam a escola;

• Custo;

• Acesso físico;

• Dimensão das turmas;

• Pobreza;

• Discriminação por gênero;

• Dependência (alto nível de dependência de algumas crianças com deficiência dos que as cuidam).

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O Conhecimento e o Poder.

Para Foucault, o poder é algo que circula pelo social, não permanece em lugar único na sociedade. É relacional, ou seja, está numa relação de forças constante, com diferença de potencial. É dinâmico, pode ser invertido a qualquer momento. Se for uma relação, é preciso haver uma cumplicidade. Onde há saber, há poder.

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As diversas formas de resistência se articulam em rede nas lutas pela auto-determinação pela conquista efetiva da democracia, nas denúncias contra o racismo e o sexismo, nas revoltas contra toda forma de discriminação, exclusão e violência, na preocupação com a ecologia e a reflexão crítica sobre os limites éticos das conquistas científicas e tecnológicas.

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Portanto, de que tempo estamos falando? De que escola? De que currículo? De que avaliação? E para quem? A quem servimos?

O Tempo e o Controle do Homem.

Michel Foucault em sua obra "Vigiar e Punir" (1999) refere-se à organização do tempo como uma forma de controle da atividade humana.

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Segundo o autor, a partir especialmente dos séculos XVII e XVIII, a noção de disciplina passou a adquirir o caráter de dominação.

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Na maioria das nossas escolas esta herança permanece nas rotinas da estrutura escolar, nas atitudes do cotidiano, na perpetuação das práticas pedagógicas sem sentido, na repetência dos alunos, na seriação, nas adaptações curriculares e nas avaliações formatadas. Tudo dentro de um sistema que requer tempo, punição e repetição.

Esta forma de organizar e controlar a utilização do tempo permite um controle detalhado do processo de aprendizagem, assim como dos indivíduos que a ele estão ligados. Desta maneira, a intervenção por parte daquele que dirige o processo torna-se mais precisa; a qualquer momento é possível corrigir e normalizar.

As avaliações, provas graduais, são também mecanismos para marcar e controlar o tempo, distinguindo os diversos níveis de aprendizagem.

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A escola torna-se, no mundo civilizado, um dos mais importantes meios de aprendizagem destes signos temporais. O tempo escolar não é uma estrutura neutra; é um dos instrumentos mais poderosos para generalizar uma ideia de tempo como algo mensurável e objetivo que traz implicitamente determinadas concepções pedagógicas; proporciona uma visão da aprendizagem como processo de seleção e opções, de ganhos e perdas, de avanços e progressos.


O tempo escolar reflete também formas da gestão da escola, ele é percebido de modo diferente pelos membros dos estabelecimentos docentes. As divisões por série, as subcategorizações de classes (recuperação paralela, de apoio, de recursos, de aceleração, de gênero, de etnia, etc), determinam a diversidade de percepção e vivência do tempo e do espaço.

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A ideia de tempo útil apresenta-se nas instituições escolares como um reflexo desta concepção no mundo moderno; o professor deve maximizar a utilização do tempo e recebe uma série de orientações que podem indicar sanções no caso do não cumprimento da boa utilização do tempo.
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Esta organização do tempo reflete determinadas concepções higienistas; assim como o espaço era passível de uma análise que deveria considerar a iluminação, o arejamento, a distribuição equilibrada dos corpos, o tempo deve ser também considerado dentro dos princípios de Higiene e Saúde.

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É pela imposição de um ritmo próprio, escolar, marcado por sinais (como sinetas, gestos e olhares dos/as professores/as etc.) e pela delimitação do que pertence à sala de aula e o que fica fora dela, que se treinam os sujeitos para a aquisição de uma postura e uma disposição vistas como condizentes às atividades intelectuais e reflexivas. (Louro, 2000)

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Conclui-se assim que a escolarização não implica somente a aprendizagem ou de conteúdos específicos principalmente, a aprendizagem de determinadas concepções do tempo e do espaço. Como observa Viñao Frago, "considerar alguém 'alfabetizado' em termos escolares pressupõe a interiorização do sentido imperativo do tempo". Portanto, o artigo se propôs a uma reflexão crítica, um chamamento a realidade do funcionamento da instituição escola, a quem estamos servindo, de que maneira administramos nosso tempo, pensem sobre que tempo estamos falando e nas atitudes que podem ser tomadas no PRESENTE para a escola mudar e atender a TODOS com dignidade!

Marina da Silveira Rodrigues Almeida - Psicóloga e Pedagoga especialista Instituto Inclusão Brasil.


Referências bibliográficas:

Elias, Norbert. Sobre o tempo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.

• Ferreira, Valéria Milena R"hrich e Arco-Verde, Yvelise Freitas de Souza. Chrónos & Kairós: o tempo nos tempos da escola. Educar em revista. Curitiba. N. 17. p.63-78. 2001.

• Foucault, Michel. Vigiar e punir - nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1999.

• Goffman, Erving; Manicômios, Prisões e Conventos. Perspectiva, São Paulo, 1985. __ Estigma: Notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Perspectiva, São Paulo, 1980.

• Louro, Guacira Lopes. A escola e a pluralidade dos tempos e espaços. In: COSTA, Marisa Vorraber (org.) Escola básica na virada do século - cultura, política e currículo. São Paulo: Cortez, 2000.

• Pacheco, José et al. (org.). Caminhos para a inclusão: um guia para aprimoramento da equipe escolar. Porto Alegre: Artmed, 2006.

• Phillippe, Perrenoud. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999.

__ Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999.

__A pedagogia na escola das diferenças: fragmentos de uma sociologia do fracasso. Porto Alegre: Artmed, 2001.

• Souza, Rosa Fátima de. Templos de civilização - a implantação da escola primária graduada no estado de São Paulo (1890-1910). São Paulo: Unesp, 1998.

• Viñao FRAGO, Antonio Del espacio escolar y la escuela como lugar: propuestas e cuestiones. Historia de la educación. vol. XII-XIII, Madri, 1993-94. p. 17-74.

__ Historia de la educación e historia cultural - posibilidades, problemas, cuestiones. Revista Brasileira de Educação. São Paulo, n. 0, set/out./nov./dez., 1995.

• Educação Inclusiva - Wikipédia pt.wikipedia.org/wiki/Educação_inclusiva


Fonte: http://www.bengalalegal.com/seculoxxi

Jogos na aprendizagem

Aprenda brincando com quatro jogos de tabuleiro
Direto do blog  do Profe. Ivanilson, mais um excelente post.
http://www.ivanilson.com/
O jogo Perfil, por exemplo, pode ajudar no aprendizado de história. Foto: Grow/Divulgação... É o que defende Marcus Vinícius Nunes, que escreveu com José Ricardo Martins os livros 100 Jogos Psicomotores - uma prática relacional na escola e 245 Jogos Lúdicos - para brincar como nossos pais brincavam.
De acordo com o mestre em Ciência da Educação, jogos e brincadeiras educativas são tão eficazes como (ou até mais) o modelo vertical, em que o professor fala e o aluno escuta.
"No momento em que o estudante é um sujeito do aprendizado, e não um mero coadjuvante, o conteúdo é melhor absorvido", defende. Além disso, Nunes afirma que a motivação de uma brincadeira - e até mesmo da competição gerada por ela - incentiva o aluno, que passa a se atentar mais no jogo e a desenvolver um maior raciocínio lógico com o objetivo de ganhar.
Apesar de afirmar que a maioria dos professores não costuma fazer uso de jogos como ferramenta de ensino em sala de aula, o professor defende sua adesão. "Não entendo por que não é mais utilizado pelas escolas, não sei se é por falta de conhecimento ou descrença. Mas é extremamente eficaz".
O especialista atenta para o fato de que o educador deve sempre investir em jogos nos quais o fator sorte não interfira nas jogadas, permitindo que vença aquele que descobrir as melhores estratégias, pois é assim que o estudante de fato aprende.
Para tornar suas férias mais interessantes (e educativas), o Terra lista quatro jogos (War, Scrable dos Portugueses, Banco Imobiliário e  Perfil4) que, além de divertidos, desenvolvem seu raciocínio lógico em diversos conteúdos escolares.

Estímulo à leitura

Recomendo esse  post, certamente irá auxiliar  na  prática  de  gostosos momentos de descobertas através da leitura.
Parabéns Pati Alves!

blog

Fonte: http://www.supernanny.com.br/materia_dicas.aspx?id=3



10 dicas para ensinar seus filhos a gostarem e ler

Educomunicação

Excelente material  para leitura  e divulgação, recomendo ...
Nosso país precisa de projetos de incentivo à escrita e leitura, esse é um modelo que deu certo. Parabéns!
Magda  Cunha


Jovens desenvolvem senso crítico por meio da educomunicação
postado por noreply@blogger.com (Professor Ivanilson) em Professor Ivanilson

Upgrade em educação ...

A Tecnologia na Sala de Aula – Por que não aceitá-la a nosso favor?

A Educação vem passando por diversas mudanças importantes, que afetam diretamente todas as crianças. É tanta tecnologia que alunos e professores vivem uma crise de autoafirmação, que ocorre no encontro de gerações em um mesmo ambiente.

A sala de aula, que até então servia para proporcionar o desenvolvimento intelectual, social e cognitivo do aluno, torna-se um espaço onde, na maioria das vezes, ocorrem muitos conflitos.

Por um lado estão professores com uma formação disciplinadora, enfrentando o desafio de se atualizar e se modernizar.

É preciso que eles entendam as novas tecnologias como aliadas, de modo que consigam ganhar a atenção de alunos cada vez mais conectados ao mundo virtual. Eles chegam às escolas cheios de energia e vontade de aprender algo novo, e de uma forma nova.

A maneira como os professores ministravam as aulas já não é mais atrativa. É preciso algo mais, é preciso inovar! Mas como ministrar aulas motivadoras que alcancem diretamente os alunos? A resposta e os recursos já estão em suas mãos; basta se abrir ao que é novo.

Conhecer melhor o outro lado, certamente, auxiliará no pensar a inovação, que nada mais é do que oferecer aos alunos oportunidades de se desenvolverem com autonomia. A tecnologia que já existe dentro de muitas escolas permite, justamente, que isso aconteça.

Não é simplesmente usar o computador, digitar uma frase, mas sim fazer com que aqueles conteúdos aprendidos em sala de aula com o professor sejam desenvolvidos pelos alunos por meio de computadores, notebooks, tablets e smartphones, entre outros.

O que alunos desejam e precisam é que sejam oferecidos a eles desafios que possam ser superados. Isso é possível por meio de aplicativos interessantes e aulas dinâmicas, que promovem a socialização e o desenvolvimento integral do ser humano. Por meio da Informática Educacional, tudo isso é feito com muito entusiasmo e dedicação, buscando sempre a qualidade na Educação brasileira.

Educação X Cinema


26 filmes para assistir com seu filho

 

Foto: Fábio Mangabeira



O cinema é capaz de alimentar o intelecto com diversão 


Um filme não precisa ser didático para ensinar valores importantes na formação dos alunos.

Todos podem se espelhar em exemplos do cinema para descobrir maneiras de aprender e ensinar melhor. Sem deixar de se divertir nem se emocionar. Como explica a professora de Cinema e vice-coordenadora da Cinemateca da PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) Verônica Ferreira Dias, um filme "é sempre algo atrativo, porque traz entretenimento e reflexão também".

Para ela, quando a sétima arte retrata processos de aprendizado bem-sucedidos, é capaz de despertar o espírito crítico da sociedade. "As pessoas acabam repensando o sistema educacional, já que nem sempre têm paciência para ouvir discursos teóricos de especialistas". E Verônica não está sozinha. Arte-educador e doutor em Educação pela USP (Universidade de São Paulo), Marcos Ferreira dos Santos pensa de modo semelhante. "O cinema faz com que a gente tenha um 'olho privilegiado' e consigamos entrever coisas invisíveis em certas situações".

Por outro lado, o professor tem suas ressalvas e não acredita que campeões de bilheteria sejam os mais indicados para falar sobre Ensino. "Blockbusters são direcionados demais para fins comerciais, não saem do lugar-comum, e por isso é difícil alguém acordar para a necessidade de aprender". Será? A professora da PUC acha que os chamados "filmes de arte" não conseguem atingir as massas e acabam sendo um esforço muitas vezes sem grandes resultados.


"Algo como Legalmente Loira contesta o estereótipo da 'patricinha loira e burra', quando ela chega à Harvard e faz o público enxergar que o importante é o esforço pessoal", comenta Verônica. Clássico, cult ou popular, é sempre você quem decide. Conheça melhor abaixo os filmes selecionados pelo Educar que mostram como, de uma forma ou de outra, o importante é aprender uma lição para o resto da vida.

1. Dúvida
2. Ao Mestre com Carinho
3. Billy Elliot
4. O Céu de Outubro
5. Escola do Rock
6. Gênio Indomável
7. O Homem-Elefante
8. Legalmente Loira
9. Mr. Holland: Adorável Professor
10. Pink Floyd: The Wall
11. Sociedade dos Poetas Mortos
12. A Cor Púrpura
13.O Sorriso de Monalisa
14. Uma Mente Brilhante
15. O Clube do Imperador
16. Meu mestre, minha vida
17. Mentes que Brilham
18. A Onda
19. A Prova
20.Pro dia nascer feliz
21. Encontrando Forrester
22. Um Sonho Possível
23. Entre os Muros da Escola
24. O Preço do Desafio
25. Ser e ter
26. Elefante

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Instituto Mara Gabrili


Fonte: Portal Mara Gabrilli: www.maragabrilli.com.br

Mara Gabrilli
Mara Gabrilli, 43 anos, é publicitária, psicóloga, deputada federal pelo PSDB, eleita nas Eleições 2010 com 160.138 votos, para a legislatura 2011-2014.
Ex-vereadora na Câmara Municipal de São Paulo (2007-2010). Nas Eleições 2008, quando reeleita vereadora, foi a mulher mais votada do Brasil com 79.912 votos. Entre 2005 e 2007, foi a primeira titular da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida da Prefeitura de São Paulo.

Fundou, em 1997, o Instituto Mara Gabrilli, OSCIP que apóia atletas com deficiência, promove o Desenho Universal, fomenta pesquisas científicas e projetos culturais.
Mara Gabrilli escreve uma coluna mensal para a revista TPM (Trip Editora) há oito anos, cujas 50 melhores crônicas foram reunidas no livro Íntima Desordem – os melhores textos na TPM (Arx e Versar). Além da TPM, mantém colunas na revista Sentidos (editora Escala) e no portal Vida Mais Livre. Comanda o programa de rádio Derrubando Barreiras: acesso para todos, na Eldorado AM, e o Momento Terceiro Setor, na rádio Trianon AM.

Foi consultora do livro Vai encarar? - A Nação (quase) invisível das pessoas com deficiência (Melhoramentos), de Claudia Matarazzo, e colaborou com o capítulo: “Educação para Todos: uma questão de direitos humanos” no livro Educação 2010 – as mais importantes tendências na visão dos mais importantes educadores (Humana Editorial), entre outras participações em publicações.

Em reconhecimento a sua atuação, foi eleita Paulistana do Ano (2007) pela revista Veja São Paulo, figurou entre os Cem Brasileiros Mais Influentes (2008) das revistas Isto É e Época, e foi finalista do Prêmio Claudia 2008 na categoria Políticas Públicas.

TRAJETÓRIA

Há 16 anos, Mara Gabrilli sofreu um acidente de carro que a deixou tetraplégica. Passou cinco meses internada – dentre os quais dois em respirador artificial – e recebeu uma nova condição para a vida: a impossibilidade de se mexer do pescoço para baixo.

Em 1997, fundou a ONG Projeto Próximo Passo com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência. Hoje, a ONG se expandiu e transformou-se no Instituto Mara Gabrilli. Suas conquistas recentes foram a ida de três atletas foram às Paraolimpíadas de Pequim e a colaboração, por meio do patrocínio para a vinda de uma cientista indiana para trocar experiência com a pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Lygia Pereira, o que resultou na primeira linhagem brasileira de células-tronco embrionárias, a BR-1.

Mara Gabrilli foi a primeira titular da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) criada em abril de 2005.
Desenvolveu dezenas de projetos em diversas áreas: infra-estrutura urbana, educação, saúde, transporte, cultura, lazer, emprego, entre outros.
Isso resultou no aumento de 300 para cerca de 3 mil do número de ônibus acessíveis com bancos largos para obesos e piso baixo; na reforma de 400 quilômetros de calçadas adaptadas, inclusive na Avenida Paulista, que com rampas, piso podo-tátil e semáforos sonoros, se tornou modelo de acessibilidade na América Latina; na criação de 39 núcleos municipais de reabilitação física e saúde auditiva; no emprego de mais de mil trabalhadores com algum tipo de deficiência; nas versões em braile ou áudio de todos os livros das Bibliotecas Municipais (Ler pra Crer); na ida de 14.000 pessoas com deficiência ao cinema, teatro e exposições; entre outros que só vêm crescendo em números nas gestões que a sucederam.

Em atuação na Câmara Municipal de São Paulo desde fevereiro de 2007, protocolou 60 Projetos de Lei que trarão mudanças na cidade para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, mas que, no fim das contas, beneficiarão a toda população.

Sete foram aprovados e são Leis Municipais. Entre eles os que criam os importantes programas para a metrópole:
-  Central de Intérpretes de Libras e Guias-Intérpretes para Surdocegos (Lei 14.441/2007);
-  a que torna Lei o Programa Municipal de Reabilitação da Pessoa com Deficiência Física e Auditiva, determinando a implantação de novos serviços de reabilitação nas 31 subprefeituras da capital (Lei 14.671/2008);
- o Plano Emergencial de Calçadas (PEC), que permite que a Prefeitura reforme e revitalize as calçadas em vias estratégicas onde estão localizados os diversos equipamentos públicos e privados essenciais à população – correios, escolas, hospitais, etc (Lei 14.675/2008)-;
-  e a que cria o Programa Censo Inclusão, que prevê um levantamento detalhado com perfil sócio-econômico dos cerca de 1,5 milhão de pessoas com deficiência na capital paulistana (Lei 15.096/2010).

Com a experiência acumulada de ajudar a melhorar a vida das pessoas com deficiência na cidade de São Paulo, Mara decidiu expandir esse trabalho para todo o País e candidatou-se a deputada Federal, sendo eleita com 160.138 votos.

Ela afirma querer transformar ainda mais, discutindo questões como inclusão educacional, acesso ao SUS, acessibilidade e pesquisas científicas em âmbito nacional: "Como vereadora esbarrava diariamente em questões de legislação nacional. São cerca de 30 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência e é preciso aumentar a conscientização das pessoas e realizar efetivas transformações, através de um trabalho específico nessa legislação."


Concurso X Deficientes

Especialista: deficiente precisa conhecer lei para concursos
30 de janeiro de 2012 16h28

Fonte:  Terra.com.br

Por Marina Pita
Direto de São Paulo

A legislação federal fixa a reserva de 5% a 20% das vagas em concursos públicos para pessoas com deficiência. No entanto, mesmo com a regulamentação, cumprir todas as exigências e se inscrever devidamente pode ser um desafio, na opinião do especialista em concursos públicos José Wilson Granjeiro.
Ele explica que a primeira das dificuldades enfrentadas pelos profissionais com deficiência que pretendem ingressar no serviço público é a quantidade de leis que disciplinam as cotas em concursos públicos.

"Para garantir os seus direitos, é importante que o candidato portador de deficiência consulte toda a legislação antes de fazer a inscrição no concurso", afirma. Entre a legislação que deve ser conhecida pelos candidatos estão o artigo 37, inciso VIII da Constituição, a Lei 7.853/1999 e os Decretos 5.296/2004 e 3.298/1999, especialmente.

O tema também é objeto de uma súmula (377) do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que consagrou o direito de concorrer como deficiente ao candidato com visão monocular. Depois de reiteradas decisões nesse sentido, ficou consignado que "o portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes".

Granjeiro aponta que também é importante o candidato conhecer a Lei Complementar 840/2011, que instituiu o Regime Jurídico único dos servidores do Governo do Distrito Federal (GDF). Em seu artigo 12, a nova lei determina que "o edital de concurso público tem de reservar 20% das vagas para serem preenchidas por pessoas com deficiência, desprezada a parte decimal".

O artigo determina que "a deficiência e a compatibilidade para as atribuições do cargo serão verificadas antes da posse, garantido recurso em caso de decisão denegatória, com suspensão da contagem de prazo para a posse". A regulamentação contém importante restrição para os candidatos que se inscreverem para as quotas de pessoas com deficiência: "Não estão abrangidas pelos benefícios deste artigo a pessoa com deficiência apta para trabalhar normalmente e a inapta para qualquer trabalho."

Mas conhecer a legislação que rege a reserva de vagas em concursos públicos para pessoas com deficiência não é o bastante.

O candidato a uma vaga no serviço público deve estar atento à lista de documentos requeridos para comprovar a deficiência e para isso precisa ler com muita atenção aos editais de concursos. E providenciá-los o quanto antes para não enfrentar problemas com prazos.

Para que o profissional com deficiência tenha ideia da exigências, Granjeiro indica a leitura de exigências do edital para o Senado para os candidatos ao cargo de analista portadores de algum tipo de deficiência:

- A concessão de tempo adicional aos candidatos com deficiência, para a realização das provas, somente será deferida caso tal recomendação seja decorrente de orientação médica específica contida no laudo médico enviado pelo candidato. Em nome da isonomia entre os candidatos, por padrão, será concedida 1 (uma) hora adicional a candidatos nessa situação.

- O fornecimento do laudo médico (original ou cópia autenticada em cartório) e da cópia simples do CPF, por qualquer via, é de responsabilidade exclusiva do candidato. A FGV não se responsabiliza por qualquer tipo de extravio que impeça a chegada dessa documentação a seu destino.

- O laudo médico (original ou cópia autenticada em cartório) e a cópia simples do CPF valerão somente para este concurso e não serão devolvidos, assim como não serão fornecidas cópias dessa documentação.