terça-feira, 30 de agosto de 2011

Primeiros Estabelecimentos de ensino especial

O  passo  a  passo  no  Brasil  das  escolas  especiais  e  o  que  houve  de  mudanças  no  atendimento  do  alunado  PNEE.

                                            Escola  para  alunado  especial 
                                                                         e
 
Aluno  especial  na rede  regular de  ensino

continuação da monografia...


Instituto Pestalozzi
Criado em 1926 por um casal de professores, em Porto Alegre - RS, este instituto introduziu no Brasil a concepção da ortopedagogia das escolas auxiliares  européias.
 É presente em vários estados brasileiros, tais como Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
 Inspirado na concepção da pedagogia social do educador suíço Henrique Pestalozzi, este instituto foi precursor de um movimento que, ainda que com divergências e variações, se expandiu pelo Brasil, e pela América do Sul.
Em 1956 este instituto foi registrado na Secretaria de Estado da Educação sob o nº 1.920, de 25 de outubro de 1956, e registrado no INPS (Instituto Nacional da Previdência Social) e no Ministério do Trabalho.
Em 1957 celebrou o primeiro convênio com o Governo Federal pelo qual obteve recursos financeiros para iniciar a formação de uma biblioteca.
Instituto de Cegos Padre Chico
Uma escola residencial que atende crianças deficientes visuais em idade escolar, fundada em 27 de maio de 1928, em São Paulo. Funcionando em regime de internato, semi-internato e externato, este instituto mantém uma escola de 1º Grau, Cursos de Artes Industriais, Educação para o Lar, Datilografia, Música, Orientação e Mobilidade, além de prestar serviços de assistência médica dentária e alimentar.
Instituto Santa Terezinha
 Fundado em 15 de abril de 1929, na cidade de Campinas - São Paulo. Em 18 de março de 1933 este instituto foi transferido para a cidade de São Paulo e até o ano de 1970 funcionou em regime de internato para meninas portadoras de deficiência auditiva. No mesmo ano deixou de ser internato feminino e passou a funcionar em regime de externato para meninos e meninas e iniciou um trabalho de integração de alunos deficientes auditivos no ensino regular.
Considerado na área de educação especial como instituição de elevada conceituação, ele oferece aos alunos deficientes auditivos, além do ensino de 1º Grau atendimento médico, fonoaudiológico e social.
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Os registros encontrados indicam que o atendimento especializado a deficientes físicos foi iniciado no período de 01/08/1931 a 10/12/1932.
No mesmo ano de 1932 foi criada outra classe especial Estadual como Escola Mista do Pavilhão Fernandinho. Uma terceira classe foi criada em 1948  intitulada  Francisca   Barbosa   de  Souza.
Duas outras classes especiais para deficientes físicos foram criadas junto ao Pavilhão Fernandinho nos anos de 1950 e 1969. Tecnicamente estas classes configuravam o ensino hospitalar, com atendimento individualizado aos alunos/pacientes do hospital.
Em 1982, já funcionavam dez classes especiais estaduais administradas e classificadas como Escolas Isoladas sob jurisdição da 13ª Delegacia de Ensino da Capital.

Instituto Beijamin Constant
Em 1942 editou em braile a revista brasileira para cegos, primeira do gênero no Brasil. Instalou em 1943 uma imprensa braile.
Em 1947 este Instituto, em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, realizou o primeiro curso de especialização de professores sobre a didática para cegos.
Posteriormente pela Portaria Ministerial nº 504 de 17 de setembro de 1949 passou a distribuir gratuitamente livros em braile para pessoas cegas.
Lar São Francisco
Fundado em 11 de junho de 1943, o Lar-escola São Francisco particular, com sede em São Paulo, foi conhecido como de utilidade pública estadual pela Lei nº 3.354 de 30 de abril de 1956. Importante instituição especializada na reabilitação de deficientes físicos foi fundado por Maria Helena Campos Salgado.
Em 1950, esta instituição tornou-se membro da International Society for Rehabilitation of Cripples.
Desde sua fundação, esta instituição mantém convênio com a Secretaria de Educação do Estado, tendo assegurado sua equipe de professores, mantém, também, convênio com a Escola Paulista de Medicina desde 1964, que a credenciou como seu instituto de reabilitação em nível universitário.
Associação de Assistência à Criança Defeituosa – AACD
Foi fundada em 14 de setembro de 1950, instituição particular especializada no atendimento a deficientes físicos não-sensoriais, de modo especial portadores de paralisia cerebral e pacientes com problemas ortopédicos, mantém convênios com órgãos públicos e privados, nacionais e estrangeiros.
Desde 1966 vem mantendo convênio com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo para prestação de serviços terapêuticos especializado, transporte especial de alunos deficientes físicos  e alimentação.
No ano de 1979, o Serviço de Educação Especial da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas - CENP - da Secretaria da Educação, propôs alteração do referido convênio que dá, aos serviços especializados prestados pela AACD, um caráter de suporte ou suplementação da educação escolar.
 A AACD mantém convênio com a Prefeitura Municipal de São Paulo para atendimento terapêutico e escolar especializados, atendendo crianças e jovens deficientes físicos.
Escola Municipal de Educação Infantil e de 1º Grau para  Deficientes Auditivos Helen Keller
Instituída em São Paulo no ano de 1951 pelo então Prefeito Doutor Armando de Arruda Pereira, esta escola foi instalada no bairro de Santana em 13 de outubro de 1952 como I Núcleo Educacional para Crianças Surdas.
As atividades desenvolvidas por esta escola especial levaram à criação em 1988 de mais quatro Escolas Municipais como esta em São Paulo.
Instituto Educacional São Paulo – IESP
Fundado em 18 de outubro de 1954, esta instituição era especializada no ensino de crianças deficientes da audição.
Iniciou suas atividades no primeiro semestre de 1955, no bairro de Higienópolis em São Paulo, atendendo gratuitamente crianças de 5  até 7 anos.
Em 12 de junho de 1969 este instituto foi doado à Fundação São Paulo, entidade mantenedora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, e nesta nova situação administrativa ficou subordinado ao Centro de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação - CERDIC.
A partir da década de 90 foi denominado Divisão de Educação e Reabilitação do Distúrbios da Comunicação - DERDIC, órgão suplementar da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE
Fundada no Estado do Rio de Janeiro, em 11 de dezembro de 1954, esta associação encabeçou um movimento a fim de despertar os Poderes Executivo e Legislativo para o problema do excepcional, em conseqüência leis foram votadas e alguns governos passaram a conceder ajudas as APAEs.
Em seqüência a fundação da APAE do Rio de Janeiro, muitas outras foram fundadas, tais como Volta Redonda (1956), São Lourenço, Goiânia, Niterói, Jundiaí, João Pessoa e Caxias do Sul (1957), Natal (1959), Muriaé (1960), São Paulo (1961). Contando hoje com uma importante federação das APAEs, com mais de mil entidades associadas.
Sua finalidade é cuidar dos problemas relacionados com excepcional deficiente mental, sendo relevante o seu papel na educação destas pessoas em nível estadual e nacional.
Desta forma, constata-se que entre os séculos XVI e XIX as pessoas com deficiência eram isoladas do resto da sociedade.
No século XX os portadores de deficiência passam a ser visto como cidadãos com direitos e deveres de participação na sociedade, mas sob uma ótica assistencial e caritativa. Em 1948 surge a Declaração Universal do direito Humanos, com a primeira diretriz política desta nova visão “todo ser humano tem direito à educação “.
Por fim, nas décadas de 80 e 90, Declarações e Tratados Mundiais passam a defender a inclusão em larga escala.
“Se as instituições quaisquer que sejam familiares, escolares, sociais ou empresariais quiserem se constituir como espaços que acolham as diferenças, a meta não deve ser necessariamente enquadrar, mas sim ajudar o “diferente” a encontrar respostas por diversas vias, através de outras formas de conhecimento e possibilidades. Entra aqui as Teorias das Inteligências Múltiplas, a flexibilidade, as competências e habilidades        intelectuais      humanas”.   (ALMEIDA,  2004)


Magda Cunha

*Pedagoga, Psicopedagoga, Especialista em prendizagem,
  consultora na rede pública e particular de ensino.
  mag-helen.maravilha@gmail.com
  www.promaravilha.blogspot.com






























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