sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Meta-pensamento

...3ª parte do artigo "Caminhos para uma inclusão humana" de Marina S. R. Almeida, Psicopedagoga.


Neste momento a Escola, o educador e todos nós, precisaremos investir na consciência do nosso meta-pensamento, isto é, saber como se resolve um problema.

Significa pensar em termos de conexões, relações, contexto, interações entre os elementos de um todo; de ver as coisas em termos de redes e comunidades. Como a cadeia alimentar, a cadeia de predadores que inclui o homem como o único que mata sem ter fome, que destrói sem ter motivos, apenas pela satisfação e onipotência de seu domínio sobre as espécies “inferiores”.

Levar o educando a saber pensar amorosamente e sistematicamente envolve capacitá-lo a ver "processos" em qualquer fenômeno, despertar sua sensibilidade afetiva de ver mudanças (reais ou potenciais), crescimento e desenvolvimento, de compreender coisas através do conceito da gestalt (um todo é maior do que a soma das suas partes); de reconhecer que as nossas percepções são condicionadas pelos nossos métodos de questionamento e que a objetividade em ciência é muito mais uma meta do que um fato.

Ver o mundo em termos de sistemas interconectados envolve conhecimento de cibernética (padrões de controle e comando), e de como lidar com complexidade e com estruturas dinâmicas.

As próprias escolas têm que ser convertidas em organizações de
auto-desempenho.

A sobrevivência tanto nas organizações quanto de indivíduos dependerá mais de sua capacidade de funcionar com auto-desempenho do que de outros fatores, como monopólios, patentes, territórios exclusivos, sigilo ou localização.

E as escolas que não se adaptarem a nova realidade serão colocadas à margem do processo.

Todos os especialistas em (construção de equipes) trabalham exclusivamente em nível empresarial, uma empresa em si mesma; necessitamos que as escolas acreditem que o trabalho em grupo não é uma coisa tão natural, espontânea, sendo que isto não é um fato, há necessidade do exercício e propostas para se desenvolverem de forma grupal, solidária, cooperativa e acima de tudo humanística, do contrário nada se modificará.

A capacitação dos professores daqui em diante precisará incluir técnicas que incentivem os alunos para cooperação, sendo o "trabalho em grupo" uma estratégia na sala de aula, o papel do professor como mediador dos alunos.

O próprio educador precisa se tornar um agente de mudança trabalhando em grupo com seus colegas, com outras pessoas da escola.

As novas tecnologias de comunicação nos permitem individualizar a aprendizagem, deixando cada aluno navegar sobre vastos territórios de informação virtual, imagética e sonora, destacando os assuntos que agradam e isolando os que desagradam, aprofundando-se nas categorias de informação que se afinam com o seu "saber" individual de aprendizagem.

Em conseqüência de estarmos vivendo na Era da Informação, um novo espaço de atuação profissional está sendo gerado, colocando de maneira paralela a Comunicação e a Educação.

Magda Cunha



*Pedagoga, Psicopedagoga, Especialista em prendizagem,
  consultora na rede pública e particular de ensino.
  mag-helen.maravilha@gmail.com
  www.promaravilha.blogspot.com












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